Capítulo Dezoito [Parte Dois]

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No dia seguinte tomamos café juntos.

Inclusive, Octávio estava entre nós.

Hora ou outra Klaus e eu trocávamos olhares, mas apenas isso já que ele nem se deu ao trabalho de responder ao meu bom dia.

Não estou feliz com o que estou fazendo, mas sinto que é preciso, sabe?
Acho que pode nos fortalecer... Não sei.

Marquei hoje cedo com Jofrey para passarmos a tarde juntos. Até separei um dinheiro que Klaus me pagou para comprar um celular baratinho.

Observo Kath e Octávio na mesa. Eulina faz o mesmo e então nós duas nos entreolhamos.

Há algo errado.

Respiro fundo e abandono a mesa, pegando June em seguida.

É um saco estar apaixonada.

Me jogo na cama com June e dou a ela uma boneca para se entreter um pouco.



— O que eu faço, June? Seu pai é um homem muito difícil de lidar. — Murmuro alguns minutos depois. Ela apenas continua brincando com a boneca. — Não se apaixone. É roubada. — Alerto-a e ouço a sua risadinha.

— Aria? — Chama-me Klaus, dando leves batidas na porta aberta, só para chamar a minha atenção.

— Pode entrar. — Digo, sentando-me na cama.

— Podemos jantar hoje à noite? Chegarei mais cedo. — Pergunta. Parece até meio sem jeito.

— Klaus...

— Acho que precisamos conversar. — Interrompe-me.

— Não sei se chegarei à tempo.

— À tempo de quê, exatamente?

— Tenho um compromisso. — Digo, sem mais nem menos.

Vejo-o franzir o cenho e fechar os pulsos, como se estivesse pronto para esmurrar alguém.

— Com o Jofrey? — Pergunta, um tanto irritado.

— Si.. — Ele sai do quarto antes que eu termine de completar a frase.

Suspiro.

Se ele souber que tudo isso é uma farsa...

...

— Não vou levar esse, Jofrey! Custa a minha vida, você andou se drogando? — Falo, apontando para um celular caríssimo na vitrine.

Um iPhone 6.

— Seu bofe vai pagar!

— Não. Eu vou pagar com o dinheiro que ele me pagou. Portanto, será uma coisa baratinha. — Aponto para outro aparelho, um bem mais simples.

— Mas isso não pega nem whatsapp! — Fala abismado.

— Whats... O quê?

— De que planeta você veio? Parece até a minha mãe quando não sabia o que era um celular, só falta mexer no aparelho com o dedo indicador.

— Argh, Jofrey, vamos logo com isso!

— Apressadinha, né. Me conta t-u-d-o.

— Contar o quê? Já te falei tudo o que aconteceu desde que voltei à mansão.

— Quer enganar a quem, meu bem? — Pergunta, olhando para mim e cruzando os braços.

— Ele me convidou para jantar. — Desembucho. Jofrey praticamente grita, alegre.

MEU AMOR SÓ TEU [em revisão]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora