Capítulo 22

260 39 21
                                    

Não acredito que depois de tudo que aconteceu, ele Voltou a me procurar. Tenho sofrido tanto com a falta que ele me faz, seus carinhos, seus amores, seu cheiro, sua pele, seus olhos, seu sorriso, tudo nele me faz falta.

E tenho que confessar que vê-lo na minha frente me faz sofrer. Minhas pernas estão um pouco bambas e meu coração está acelerado. Respiro fundo, retomou a concentração e falo:

- O que fazes aqui, Andrew? - digo, porem não consigo olhar dentro de seus olhos.

- Ester nós precisamos conversar. - ele diz olhando-me fixamente, quase sem piscar os olhos.

- Eu não tenho nada para conversar com você, então, delicadamente peço que você se retire da minha casa. - Puxa, como dói dizer isso, mas é o necessário a se fazer.

- Ester, por favor me dá uma chance só de explicar o que houve. Desde o acontecido, você não me ouviu, não me quis por perto, não me deixou explicar. - ele chega um pouco mais perto de mim.

- Você não precisa me explicar nada, eu vi tudo, não foi ninguém que me falou. Nunca achei que você fosse capaz de fazer isso não comigo - estou começando a fechar a porta.

- Não!! - ele pressiona a porta contra mim, sem permitir que eu possa fecha-la. Então, deixo que ele fale. - Pelo nosso amor, me escuta, eu sei que aí dentro de você ainda existe amor por mim. Então deixa essa parte de você falar mais alto, por favor, não desiste de mim.

Meus pensamentos me dizem uma coisa, mas o meu coração me fala outra. Então resolvo dar-lhe outra chance não porque sou trouxa, disso eu sei, mas resolvo ouvi-lo porque ainda o amo.

- Tudo bem, amanhã eu te encontro no parque do centro às 17:00 da tarde e você que vai pagar . - digo, e arranco um sorriso dos lábios carnudos dele.

- Isso! Eu sabia que você iria me perdoar. - ele exclama.

- Espera ai! Não disse que iria te perdoar, só resolvi que você merece contar seu lado da história.

- Amor, você não me perdoou ainda. Quando as coisas são feitas uma para a outra, não há ninguém no mundo que consiga separar. - de repente ele para de falar, olha nos meus olhos e retoma a fala. - Eu te amo Ester Lancaster.

- Boa noite, Andrew. - digo e em seguida fecho a porta. Por um momento olho nos olhos dele e vejo sinceridade.

Escuto o carro dele dando partida e indo embora, dando lugar à barulhos de grilos.

Não estou me sentindo muito bem, estou com frio na barriga. Acho que isso é sono.

Vou para o quarto e despejo-me em cima da cama, mas antes de fechar os olhos, falo mentalmente:

Eu também te amo, Andrew.

(...)

Acordo 12:23 da tarde, pois minha barriga precisa alentar-se de algo, e ela já esta gritando.

Levanto-me, tomo um banho e troco de roupa. Depois desço e ligo pro restaurante daqui perto de casa. Não demora muito pra eles chegarem trazendo minha comida.

Depois de comer eu vou para a sala assistir TV. O resto da tarde é extremamente tediosa, já que não tem nada pra fazer.

Dou um pulo do sofá quando vejo que o relógio já marcam 16:20. Não acredito que eu fiquei esse tempo todo sem fazer nada! Agora só tenho 40 minutos pra me arrumar. Vou correndo para o quarto, passo uma chapinha no cabelo, faço uma maquiagem simple e boto minha melhor roupa. Um vestido, bem vintage que eu nunca usei, branco e uma sapatilha cor de creme. Não que eu queira impressionar Andrew, mas preciso mostrar pra ele que não estou sofrendo e que ele não me faz falta.

Estrela NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora