Uma Nova Vida

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"- Harry por favor, isso tudo é uma mentira horrível. Você tem que acreditar em mim...

- Acreditar em ti? Me dê um bom motivo pra isso. Não são fofocas Marissa, são fatos. Agora some da minha frente ou não respondo por mim! - berrou a plenos pulmões.

Corri até ele, pegando pela gola de sua camisa, segurei com força, implorando para que ele me desse uma chance de provar minha inocência. Mas tudo que ele fez foi me jogar na calçada de sua casa. Vizinhos assistiam à toda cena sem saber como agir. Aguentei a dor da queda, a dor em meu coração à superava milhões de vezes mais.

- Você não passa de uma vagabunda. Saia da minha casa, some da minha frente. Eu te odeio. - ele tinha lágrimas nos olhos. Ele mentia, tinha que estar mentindo.

- Eu estou grávida. - consegui falar, ainda no chão frio de cimento.

- Parabéns mamãe. - ironizou. - Agora vai mandar aquele filho da puta assumir. Sua... - seus olhos injetados de sangue transmitiam ódio, ele tinha as mãos fechadas como se para me acertar um soco.

- Se afasta dela Styles. - a voz familiar o cortou.

- O que você vai fazer? Ah, já sei. Deve ser um dos amantes dela também. - ele riu.

- Não. E você não vale nada por pensar isso dela. Não passa de um moleque mimado, espero que um dia o arrependimemto te destrua cara. Vamos Mari. - se voltou pra mim. - Esse idiota não merece suas lágrimas.

Dei minha mão trêmula para o Tom e ele me levou dali, deixando Harry paralisado no lugar. Uma plateia bestificada e uma garota humilhada, carregando todo o amor que tinha por aquele garoto."

- Lana? - mamãe chamou.

Acordei dos meus pensamentos escuros e observei seu rosto. Ela aparentava preocupação, porém, evitava tocar naquele assunto.

- O Tom ligou para o seu celular. Ele está lhe esperando no restaurante. Vais ter que entrar pela porta dos fundos querida, tem muitos fãs e fotógrafos por lá.

- Odeio artistas internacionais. - resmunguei, levantando com ajuda de Alessandra, pois minha barriga estava imensa.

- Aham. Sei... - ela riu e a acompanhei. - Quer que eu lhe leve?

- Não. Não precisa. Ainda falta um mês pra essa criaturinha nascer, está tudo bem.

Ela assentiu uma vez. Já sabendo que não valia a pena teimar comigo.

- Deveria ter comprado um carro mais baixo, essa Hilux é perigosa para grávidas, talvez nós possamos...

- Mãe! Não vejo problema nisso. Nem é tão alto assim, não exagere ok. Volto mais tarde.

- Leve um casaco!

- Estamos no Rio de Janeiro. - revirei os olhos.

- Esqueço que você é acostumada com aquele frio horrendo da Europa.

- Até mais mãe.

Beijei-lhe a face, desconversando sobre aquele lugar. Não voltei e nem pretendo voltar tão cedo para a Europa, tenho as melhores mas também as piores lembranças de lá.

🎬

Entrei pela porta dos fundos do Marine Restô. Fui guiada por um dos seguranças do Tom Parker. Sim, o próprio, da boyband The Wanted. Já disse que odeio boybands? E elas estão fervilhando e explodindo em cada buraco do mundo. Eu evito mesmo uma em particular. A verdade é que evito um cara de uma boyband em particular. Mas precisava afastar aquele assunto de minha mente nesse momento. Parecia que todos os dias era consumida por lembranças e elas insistiam em se repetir em minha mente, como se presa em um looping temporal. 

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