Lua de mel no Rio

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    Eu gostava muito do Rio de Janeiro, e o mar era muito importante para nós, casamos na praia, não em copacabana,  uma praia só nossa, a cerimônia consistia em uma noiva (eu), um noivo ( Thiago), um padre de colar havaiano, duas mulheres e um homem completamente desconhecidos, eles eram donos do hotel a beira mar em que estávamos, e estavam muitíssimos felizes com nosso casamento.
     Após a cerimônia, Thiago me pegou no colo e me jogou no mar, e foi junto, todos, inclusive o padre nadamos naquele imenso mar. Mais tarde o homem, uma das mulheres e o padre, pegaram um barco e voltaram para a cidade. Ficando na minúscula ilha apenas nos e uma das mulheres, que mais tarde soube se chamar Maria.
    Nosso quarto tão lindo quanto a própria ilha, a cama bem de frente para uma porta de vidro enorme que ia do chão ao teto, bem de frente pro mar, um banheiro aberto dentro do quarto, com uma banheira de duas pessoas. Fizemos amor com a lua nos observando através da porta de vidro aberta, foi a melhor parte de tudo aquilo,  éramos uma família, agora sim, tenho que admitir que a banheira de duas pessoas ficou muito pequena para o que estávamos fazendo, tudo maravilhoso, eu estava me sentindo uma diva.
     Na manhã seguinte acordei com o café da manhã bem ao meu lado no criado mudo, Thiago não estava na cama, estava na varanda, bem a frente de nossa cama, a brisa marítima balançando meus cabelos sujos e bagunçados,  só pra perturbar,  levantei e andei na ponta dos pés sem fazer um único rangido,  e pulei em cima dele que tomou um susto, quase morri de tanto rir, e só então vi o que ele tinha na mão, uma aliança ( no dia do casamento não tínhamos aliança ), não era de ouro, com um diamante enorme e nem nada, era tecida, com algum cipó fino como folha, trançado que cabia perfeitamente em meu dedo anelar,  era linda demais, ele sorriu e mostrou a mão que possuía um igual.
    Caminhamos pela praia, mergulhamos no mar e curtimos aquela ilha só nossa. No dia de irmos embora, fomos fazer um pequenique,  vimos golfinhos visitar o litoral e voltamos pro quarto, arrumar nossas coisas e esperamos o barco.
    Quando voltamos pro Rio de Janeiro, após passar 1 semana de lua de mel,  estávamos andando pela praia e vimos um grupo considerável de hippies,  eles sorriam, dançavam e trançavam os dreads uns dos outros, ouvindo uma música que mal podíamos ouvir, no meio daquela festa vimos um garotinho,  de aproximadamente 5 anos correr completamente pelado, seu cabelo era bem longo e estava metade normal e metade em dreads, vimos um casal de hippies rir do garotinho que fugia da mãe que estava tentando terminar os dreads do filho, ele corria e sorria para eles com cara de " vocês não me pegam", não pude evitar um sorriso, imaginei nosso próprio filho, com essa vida, de nunca parar em um canto, sempre viajando. Olhei para Thiago e ele também sorria, decidi fazer dreads, meu cabelo agora era loiro, completamente loiro, loiro queimado de sol, e eu adorei isso, Thiago gostou dos dreads, fizemos amizade com os hippies.
     Continuamos com eles até o dia seguinte, eles ficaram na praia, à noite tivemos um luau,  com fogueira e violão, todos eram maravilhosos, não fumamos nada e nem eles, no fim, dormimos na praia com eles, Thiago também fez dreads, mas ficou bem curto, seus cabelos não estavam tão longos assim, na manhã seguinte,  compramos várias coisas deles, como cordões, pulseiras e tudo mais, ganhamos umas coisinhas também,  eu ganhei uma manta colorida, bem hippie e Thiago ganhou pote de creme para dreads e um totem,  eles nos contaram uma lenda sobre aquele totem,  que sempre trouxe sorte, paz e amor ao relacionamento deles..... eu acreditei, nunca vi um casal tão feliz,  e uma criança tão saudável.

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