Sentia algo pesado em cima do meu corpo.
Alguém estava em cima de mim.
Abro os olhos e vejo um Rian dormindo lindamente. Seu seu peito se mexia ao ritmo da sua respiração. Tirei com delicadeza seu braço e a perna que estava apoiados em meu corpo. E fui tomar banho.
Rafa estava dormindo. Não vi a hora exata em que ela chegou no quarto na noite anterior.
Ainda faltava quarenta minutos para que a primeira aula começasse. Então apenas relaxei no banho.
A água escorria pelo meu corpo e depois pelo ralo. E eu desejava que todo aquele peso no meu corpo fosse embora junto com a água.
Vou deixar que o tempo resolva tudo pra mim. Quero que ele me mostre quem vale a pena e quem não. Eu sei que com o tempo essa resposta aparecerá. E eu vou ser grata por isso.
Sai do banheiro já vestida com o uniforme e Rian já estava acordado ainda deitado na cama.
- Bom dia Belo adormecido. — falei sorrindo.
- Bom dia Princesa. — falou esfregando os olhos — Dormiu bem ?
- Dormi. Mas agora me sinto doída por que enquanto eu acordava, alguém dormia tranquilamente em cima de mim. — falei, e ele logo riu sabendo de quem eu estava falando.
- É que essa cama já é pequena, e pra duas pessoas então... — se explicou. E eu sorri.
- Sem prolemas. — comentei.
***
As cadeiras estava em forma de círculo na sala.
- Quero que se unam em grupo de quatro pessoas para fazer um trabalho sobre o tema que irei colocar no quadro. — disse o professor de religião para a turma e indo até seu birô para pegar seu lápis piloto.
- Podemos fazer o trabalho com vocês meninas ? — perguntou John, que estava ao meu lado no círculo e a seu lado estava o amigo dele que se apresentou como Bryan. Olhei para Rafa e ela assentiu balançando a cabeça.
- Tudo bem. Mas saibam que não é só por que vão fazer com meninas inteligentes, que não vão precisar fazer nada. — informei-os.
- Nada como uns cinco copos de chocolates quentes para ela mudar de opnião. — Rafa falou, e eles riram.
O professor já havia colocado o tema no quadro, "Adolescente e seus comportamentos"
- Hum, nesse assunto você manja né chefão ? — falou Bryan todo empolgado para John, que logo deu uma cotovelada no amigo e cochichou algo que não deu para eu ouvir. Mas percebi que John ficou estranho.
- Espero que vocês se expressem bem quanto a esse tema. — falou o sr. Hidler. — Os trabalhos deverão ser entregues Segunda-Feira da semana que vem. Ou seja, vocês teram tempo o suficiente para me apresentar uma coisa boa. — concluiu.
Assistimos o resto da aula em silêncio. Já que o sr. Hidler não gosta de interromper suas aulas para dar sermão ou explusar alunos da sala.
Rafa não tinha tocado no assunto a respeito de Rian. E como melhores amigas que somos, me senti na necessidade de contar a ela tudo. Mesmo não tendo chegado ao finalmente — que foi o nome que ela colocou —.
- Rafa, preciso te contar uma coisa. — comecei um tanto mistériosa.
- Conte.
- Ontem, eu e Rian... — falei meia sem jeito, ainda procurando as palavras — Quase que rolou. — confessei e pude ver sua expressão de susto.
- Como assim, quase ?
- É que eu o interrompi. Falando que eu não estava preparada. — falei mais sem jeito ainda.
Talvez pelo fato dela já ter tido sua primeira relação sexual. E poderia achar meu jeito meio cafona.
- Alicinha, eu poderia te dizer que você agiu como uma idiota. Mas não, isso é um assunto muito pessoal seu. Acredito que cada uma tem seu tempo, e talvez ainda não seja o seu. Mas acredite, quando ele chegar, você saberá. — aconselhou, ela. E eu a abracei.
- Obrigada meu pingo amarelinho. — agradeci — Não sei o que seria de mim sem você.
Rafaela para mim, era uma irmã. Irmã essa que eu nunca tive. Que infelizmente, minha mãe não poderia me dar, por causa de complicações nas suas duas gravidez.
Para sermos irmãs, não é obrigada ter nascido da mesma barriga ou ter os mesmos tipos de sangue. E sim, respeita, cuidar e amar aquela que chamamos de amiga.
- Vamos de lanche monstruoso ? — ela me pergunta toda animada.
- É pra já. — respondi.
Enchemos nossas bandejas de tudo — que não é saudável —. Fomos para nossa mesa preferida no refeitório, perto da janela.
- Vejo que alguém está com fome hoje. — disse John se aproximando da mesa com Bryan.
- Vejo que estão nos perseguindo. — falei, forçando um sorriso irônico.
- Sentem-se, meninos. — Pediu, Rafa. E eles sentaram, colocando seus lanches em cima da mesa.
- Iae Rafaela. Tem namorado ? — Bryan perguntou. Sendo direto.
- Por enquanto não. — respondeu educada.
E eu só observando a troca de olhares entre os dois durante o lanche. Ele realmente estava interessado nela.
Enquanto John estava quieto. Quieto até demais. Ele não se insinuou para mim. Como tem feito durante todo o tempo, desde qie nos esbarramos pela primeira vez.
Ele estava estranho. E isso era perceptível.
- Está tudo bem com você John ? — perguntei, resolvendo quebrar aquele clima tenso. E senti Bryan olhando de relance para mim.
- Está sim. — respondeu ligeiro.
E foi só isso. Não quis tentar puxar mais nenhum assunto com ele. Mas ainda assim. Continuou estranho.
Ou estaria eu, vendo coisas demais ?
- Vocês são amigos a muito tempo ? — Rafa perguntou. Não sabia para quem estava perguntando, até por que qualquer um dos dois poderia responder aquela pergunta.
- Faz cinco anos que somos amigos. — Bryan respondeu — Viemos juntos para o colégio.
- Eu e a Alice também viemos juntas pra aqui. — comentou Rafa. Impressionante como ela tem assunto com os meninos.
John permanecia calado em sua cadeira. Não parava de olhar para um grupo de garotos que estava sentados na mesa ao nosso lado. Os garotos conversa entre si e olhava para nossa mesa.
Intrigado, John levantou da mesa e saiu do refeitório.
- Por que ele está estranho assim Bryan ? — perguntei.
- Ele não se dar muito bem com esses moleques ai não. — respondeu — Na verdade, eu e ele. — completou.
Não perguntei o por quê, não quis ser atrevida.
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♚ Se arrisque. Algumas loucuras valem a pena. ♚
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Meu amor Vagabundo
RomansAlice Collin uma adolescente de 17 anos de idade que não gostava de se envolver com perigo ou pessoas perigosas. Acreditava ter encontra o amor da sua vida, seu primo Rian. Mas foi no colégio interno que alguém despertou seus profundos sentimentos...