Capítulo 30

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   Estou perdida em meus pensamentos, pensando em como foi preciso tão pouco tempo para me apegar demais a uma pessoa. Em como me preocupei em dar uma explicação, quando na verdade o que ele estava fazendo era só drama.

   Ele é muito diferente, mas algo muito forte nele me atrai, é como se as coisas com ele fosse diferentes.

   Então, o dono do peito em que pousei minha cabeça, dar um longo suspiro para me lembrar de que não estou sozinha.

- Hoje, depois que sai do seu quarto, recebi uma mensagem estranha no meu celular. — comentei, levantando minha cabeça para fitá-lo.

- Estranha como? — John me olha, impassível.

- Alguém mandando eu tomar cuidado com quem estou me metendo — balbucio, e de repente alguma coisa me faz ter um arrepio.

   Deito minha cabeça no peito de John, novamente. Ele não falou nada.

- Eu e Rafa achamos que isso é coisa de Andressa. — falo, enquanto ele acaricia meu cabelo.

- Pode ser. — diz, o tom da voz soando fria e distante.

   Está  no conforto da cama e do corpo dele junto ao meu é tão bom, que nem me importo se estou perdendo o dia lindo que está fazendo lá fora.

- Vamos visitar aquele lugar de novo? — John pergunta, e eu entendo de imediato que ele está se referindo daquele lugar da paisagem linda que me levou de olhos vendados.

- Boa idéia. — respondo com entusiasmo.

   Depois de uns cinco minutos se desviando dos galhos de árvores e e escutar o barulho ensurdecedor das aves cantando nas árvores á cima de nós, chegamos no lugar pouco conhecido do colégio.

   A melhor sensação que tive durante todo esse percuso foi de andar segurando a mão dele. Essa é uma sensação que eu desconheço. É algo tão amoroso...

   John se abaixa e toca à água, brincando com os dedos na pouca correnteza existente alí no riacho.

- A água está maravilhosa. — comenta, com o sorriso brincalhão de uma criança, me divirto com a cena. Ele parece tão descontraído.

- Adoraria dar um mergulho aí. — digo, observando dois peixinhos que brincam nas águas limpas.

- E o que impede? — ele se levanta, se juntando a mim.

- E voltar pra o colégio toda molhada? — indago, faço uma cara feia e balanço a cabeça negativamente — De jeito algum.

- Bom — ele faz uma pausa e me analisa por um instante, esfregando o polegar no queixo, a procura de uma solução — Você pode tomar banho de calcinha e sutiã. — sugere, com um olhar de malícia.

- Você não tem jeito mesmo, não é? — reclamo, dando-lhe uma tapa no braço e ele finge uma careta de dor.

   Graças á Deus estou com uma calcinha combinando com o sutiã.

   Tiro minha roupa, um pouco tímida, enquanto ele também tira a dele, ficando apenas de cueca. Percebo o quanto o corte em sua coxa já está cicatrizado e então, ele cai na água, fazendo alguns pingos de água molharem meu corpo.

- Vem. Pula. — me chama, não posso parar de admirar o quanto ele é lindo, os fios de cabelos molhados caindo na testa e aquele sorriso de criança.

    Pulo na água. Não é muito fundo, a água chega a baixo dos meus peitos. Me abraço, sentindo o vento frio sob minha pele agora molhada. Mantenho uma pequena distância dele, ainda envergonhada de está expondo meu corpo.

Meu amor VagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora