Hello New York !

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A viagem durou quase um dia inteiro e chegamos exaustos em Nova York, saímos do jatinho e fomos direto para o hotel. Dain alugou um apartamento em frente ao Central Park, assim que entramos demos de cara com uma sala enorme com pouca decoração e cores neutras, próxima à ela havia uma mesa de jantar com 10 lugares e uma porta que dava para a cozinha, que também era espaçosa. A varanda era gigante, com dois sofás e uma vista irreal do Central Park.

Olhamos os quartos, que eram idênticos e tinham duas camas de casal e uma de solteiro. Entramos em um deles, escolhemos nossas camas e arrumamos nossas malas dentro do closet. Como estávamos muito cansados sugeri que pedíssemos a comida no quarto e todos apoiaram a ideia. Depois do jantar fomos direto para nossos quartos dormir.

Acordei com um barulho ensurdecedor vindo da porta, dei um pulo e virei para ver de onde ele estava vindo.

- Bom dia meninas, Nova York espera por vocês. - falou Caleb assim que parou de apertar a corneta.

- É melhor vocês levantarem logo, antes que ele jogue um balde de água fria em vocês. - disse Tyler entrando no quarto todo molhado.

No mesmo instante Lucy levantou e foi para o banheiro. Cerca de uma hora depois todas estávamos prontas e saímos do quarto. Como não tínhamos comprado nada no dia anterior tivemos que tomar café fora de casa.

O dia estava um pouco frio, mas o sol brilhava com intensidade. Paramos no Dunkin Donuts e fizemos nossos pedidos, depois de comer saímos da cafeteria e fomos andar pela cidade. Que saudade que eu estava dessa cidade e das pessoas passando apressadas para o trabalho.

- Até tinha me esquecido de como é andar por essas ruas. - falei para Maggie.

- Verdade, há quanto tempo não vejo minha casa ! - concordou comigo.

- Vocês moravam aqui ? - perguntou Caleb, que estava andando mais atrás com a gente.

Ficamos durante todo o caminho conversando sobre nossa história aqui, mas claro, sem comentar sobre nosso verdadeiro trabalho e o motivo de termos ido para Carson City.

Passamos por alguns pontos turísticos e depois paramos para almoçar. Enquanto eles esperavam a comida decidi ir ao banheiro e poucos minutos depois Maggie apareceu na porta. Ela entrou e travou a porta com um banco que havia na frente de um espelho.

- Aconteceu alguma coisa ? - perguntou Maggie assim que terminou de posicionar o banco.

- Eu tenho que ir no FBI. - falei. - Tem algumas perguntas que eu preciso de resposta.

- Você não, nós, eu também vou. - disse ela.- Mas como a gente vai fazer para eles não ficarem desconfiados ?

Combinamos mais alguns detalhes e voltamos para a mesa. Depois de todos terem comido, saímos do restaurante e seguimos até a esquina. Conversamos com eles e dissemos que queríamos ver nossa família que a gente não via a muito tempo.

Nós nos separamos deles e seguimos para o prédio do FBI. Paramos em frente ao prédio de advocacia e entramos, passamos nossas carteirinhas de identificação no leitor da catraca e fomos para o elevador. Apertei o botão do último andar e esperamos ele chegar. A porta abriu e seguimos o corredor da direita, abri a porta da escada de incêndio e segui o corredor oposto ao das escadas, apertei o botão e o elevador chegou, entramos e subimos mais dois andares.

- Oi Katlyn, oi Melissa, quanto tempo. - falou Elina assim que a porta do elevador abriu. - Algum problema com a missão ?

- Oi Elina. Não, a missão está ocorrendo bem, eu só queria saber se tem como eu falar com meu pai.- perguntei me apoiando no balcão em frente a ela.

- Não querida, ele está ocupado no momento. - respondeu ela checando uns papéis. - Pelo visto hoje ele está ocupado o dia todo.

- O sr. Dyunk está ocupado ? - perguntei.

- Só um minuto. - falou Elina olhando outros papéis. - Não, ele acabou de sair da reunião e está na sala dele.

- Então podemos ir falar com ele ?

- Claro. - falou colocando o telefone na orelha. - Pode ir que vou avisar.

Seguimos o corredor da esquerda e chegamos na porta do sr. Dyunk, Maggie levantou a mão para tocar na porta e então ela foi aberta.

- Oi meninas, entrem. - disse ele dado espaço para entrarmos. - Em que posso ajudar ? Aconteceu algum problema na missão ?

- Não, não tem haver com a missão. Na verdade a gente veio para tirar algumas dúvidas. - respondi.

Maggie e eu sentamos nas cadeiras de frente para a mesa dele e eu peguei o papel que estava na minha bolsa. Olhei para o papel e vi novamente o número que estava escrito nele, era aquele mesmo papel que tinha aparecido na sacola minha antes da viagem. Estendi o papel para o sr. Dyunk e ele observou atentamente a sequencia de números.

- Esse papel apareceu na minha sacola antes de começarmos a viagem. - expliquei para ele.

Ele pensou por um tempo e foi para o computador e começou a digitar.

- Nós tentamos associar o número a alguma data ou código e não achamos nada. - falei.

- Tentamos até procurar relação com algum dos suspeitos mas nada foi encontrado. - completou Maggie.

Conversamos mais um pouco com ele e falamos nossas teorias. Ele fez mais algumas anotações e disse que iria falar com outros agentes e avisaria se encontrasse algo.

Voltamos para o apartamento mas eles ainda não tinham voltado. Fomos para o quarto e eu liguei meu computador. Pesquisei algumas coisas enquanto Maggie tomava banho mas não encontrei nada. Peguei meu celular e fui falar com o Bill, contei o que tinha acontecido e ficamos conversando por um tempo.

Assim que Maggie saiu do banheiro eu entrei e fui tomar meu banho, enquanto eu me molhava no chuveiro fiquei pensando sobre mais teorias mas não obtive nada. Saí do banheiro já vestida e Maggie estava mexendo no computador.

- Jenn ... - começou ela. - Acho que encontrei algo relacionado àqueles números.

Olhei para a tela do computador e vi o mesmo número escrito em uma porta desgastada.

- Então quer dizer que não era um endereço, mas sim o número de uma identificação de alguma casa.

Liguei para a secretaria do FBI e uma mulher atendeu e disse que o sr. Dyunk já havia ido embora. Peguei o telefone dele com a secretária e liguei. Disquei o número algumas vezes mas ninguém atendeu.

Ouvimos um barulho vindo da sala e guardamos nossos computadores o mais rápido possível, eles tinham chegado. Saímos do quarto e fomos falar com eles, ficamos conversando na mesa de jantar e depois fomos dormir. Fiquei deitada por um bom tempo mas o sono não vinha, saí do quarto e fui beber um pouco de água.

Estava voltando para o quarto quando olhei para a varanda e vi uma silhueta apoiada no parapeito. Segui em direção à varanda e abri a porta de vidro.

- Pelo visto eu não sou a única que não está conseguindo dormir. - falei fazendo-o virar.

- Pois é. - respondeu ele. - Pelo menos tem essa vista para nos distrair.

Coloquei meu copo na mesinha e me apoiei no parapeito também.

- Meu pai sempre dizia que quando não se consegue dormir é porque tem muitas coisas passando pela cabeça ao mesmo tempo. - falei relembrando as vezes que meu pai me encontrava na sala no meio da noite ainda acordada.

- Acho que seu pai está certo. - disse meio pensativo.

- E se eu te disser que você é um dos motivos de eu não estar conseguindo dormir ? - falou depois de um tempo olhando para mim.

Encarei-o perplexa com o que ele havia acabado de falar. E eu não consegui falar nada, fiquei apenas olhando-o, sem reação. Ele levantou a mão, segurou meu rosto e foi chegando mais perto até que consegui sentir seu nariz encostando no meu. E então ele me beijou, e a lembrança no nosso beijo na piscina voltou à minha mente.

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