De Repente Paixão

♥ CAPITULO 9 ♥

A semana passou voando, eu e Gustavo nos falamos algumas vezes na academia, mas nada demais.

Emile estava animada, pois ia para festa com Rafa, como ele era da família e ela sua namorada, não tinha problema. Mas quem estava mais feliz era eu, pelo menos não ficaria tão só.

- Mi vou aproveitar pra te apresentar a Manu do trabalho, você vai gostar dela. – digo enquanto tomamos café.

- É, pode ser. – diz desanimada.

- Ei, o que foi?

- Ontem à noite eu e o Rafa tivemos uma discussão, e não sei se ainda vou. – seus olhos estão cheios de lágrimas.

- Oh amiga, não fica assim, você não é disso. Sempre foi forte, por que essas lágrimas?

- Eu não sei, só não queria estar brigada com ele.

- Olha! Independente de qual foi o motivo, você tem que resolver isso, pra ontem. – levanto seu rosto e a encaro. – Levanta dai, enxuga essas lagrimas e vá conversar com ele agora!

Ela me olha surpreendida pelo meu tom de voz, mas foi preciso, ela não pode ficar chorando pelos cantos, quando tem solução.

- Tudo bem.

Depois que ela sai arrumo tudo e vou para o trabalho.

-Bom dia Manu- digo assim que a vejo.

- Bom dia, a senhora Parker pediu que ligasse pra ela quando pudesse.

- Está bem. –sorrio e vou para minha sala.

Eu e Alex, um colega que trabalha comigo, estamos fazendo um recrutamento e a seleção será daqui a três dias, então o meu dia foi bastante ocupado, tiveram algumas reuniões com os gerentes para informar os objetivos, cargos, essas coisas.

A noite chegou tão rápido que com a correria nem percebi.

Quando já estava chegando em casa lembro de ligar para senhora Parker. Disco seu número e não demora em atender:

- Alô.

- Alô senhora Parker, quem fala é Catarina, Manuela disse que precisava falar comigo? – pergunto.

- Sim Catarina, mas pode começar me chamando de Clarissa mesmo. Deixa as formalidades para o trabalho. – diz descontraída.

- Tudo bem Clarissa. – sorrio e entro em casa tirando os saltos.

- Bem, queria saber se vem amanha, quero te apresentar uma pessoa.

- Vou sim, quem seria? – pergunto curiosa.

- Meu filho mais velho, mas sem mais delongas, até amanhã.

- Até. – digo desligando o celular.

Suspiro e fico pensando por um tempo. Por que ela quer que eu conheça seu filho? Vou tomar banho com isso martelando na cabeça.

Emile ainda não chegou, deve ter se acertado com o Rafa. Ainda bem, não posso ver minha amiga se lamentando pelos cantos.

Peço comida e fico assistindo umas coisas na TV até pegar no sono.

Acordo na manhã seguinte com um cheiro delicioso de café. Abro os olhos lentamente e vejo Emile fazendo o café e se balançando ao som de "Sia - Chandelier".

- Hoje alguém acordou com disposição. – digo indo ao banheiro.

- E pelo visto alguém ficou assistindo até tarde. – diz quando volto, se referindo por eu ter dormido no sofá.

- Não muito, só estava muito cansada do trabalho, ontem o dia foi cheio. - pego meu danio na geladeira e sento no balcão.

- Desculpa por não ter vindo para a gente ir para academia.

- Não tem problema, eu não ia de todo jeito.

- Ca?

- Hum?

- Pode chegar mais cedo para a gente passar no salão antes da festa?

- Então você vai? – pergunto animada

- Não perderia. – seu sorriso esta enorme.

- Vou falar com Alex, acho que consigo sair mais cedo. – pisco e sorrio.

Chego ao trabalho quase em cima da hora, mas preciso saber uma coisa logo.

- Manu? – a chamo.

- Bom dia Ca, tudo bem?

- Hum rum. Manu ontem a senhora Parker disse que queria me apresentar seu filho mais velho. Sabe por quê? – pergunto baixo para ninguém escutar.

- Não. – diz pensativa.

- Mas você o conhece?

- Sim, ele é o gerente geral do hotel, você deve ter visto o nome dele nas papeladas, mas ainda não o conheceu, porque ele estava em uma viagem internacional com outros gerentes.

- Como é o seu nome?

- Artur.

Penso por um tempo, é eu já vi esse nome.

- Ta certo Manu, pode voltar pro trabalho. – dou um sorriso e vou para minha sala.

Novamente mais um dia cheio, serão cem cargos e para cada cargo precisará de três pessoas para o teste, o que soma trezentas pessoas entrevistada, não será fácil. Não serei apenas eu para fazer as entrevistas, Alex e outros gerentes e diretores estarão presentes.

Saio para almoçar com Manu, ela me conta que esse Artur é o queridinho da família, e que se formou em administração com apenas 22 anos e que lidera o grupo internacionalmente, e que ele esta sendo o "orgulho dos pais", é assim que Clarissa o descreve para as pessoas.

Fico admirada e curiosa, como pode alguém tão novo, liderar algo tão grande?

- Clarissa tem apenas ele de filho?

- Não, mas ela não menciona muito o outro. – Manu diz.

- Entendi. – digo voltando ao meu prato.

Depois de um tempo em silêncio, volto a falar:

- É, acho que vai ser um prazer conhece-lo. – digo e Manu me olha com uma expressão diferente.

- Ele com certeza gostará muito de você. – diz séria e não entendo o por que.