♥ CAPITULO 37 ♥

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♥ CATARINA WALKER ♥

Chegamos a enorme casa e Gustavo parecia tenso, não falou o caminho todo, talvez esteja assim por ter que almoçar com seu pai. O que eles precisam é se resolverem logo.

Fomos recebidos pela Clarissa, que estava muito feliz em ver o filho em pleno domingo à tarde.

- Obrigada. - fala no meu ouvido, quando me abraça.

- Não foi nada. - sorrio e entramos.

A casa por dentro era tão linda quanto por fora. Moveis modernos e elegantes, com um clima aconchegante.

Fico aliviada quando vejo meus amigos todos lá, Rafa, Emile, Bia, Manu e Artur, que também são da família, tenho certeza que a ideia foi da Clarissa para que o clima não ficasse tão tenso. Manu estava sorridente e sentava ao lado de Artur, os dois pareciam estar se dando bem, pelos olhares que trocavam.

Fiquei surpresa ao ver Emile.

- Por que você não falou nada que viria? - cochicho no ouvido dela.

- Decidi de ultima hora.

Estávamos conversando descontraidamente que nem reparei que Gustavo não estava mais ao meu lado. Olho ao redor, á procura dele, mas não o vejo.

- Catarina, eu jurava que você se daria bem com Artur. - Clarissa diz chamando a atenção de todos e fazendo Manu se engasgar. Ficaram todos em silêncio, deixando o clima desconfortável.

- Eu já conhecia Gustavo, não teria nem chance. - digo sem graça.

- Mas eu vi de cara que você seria uma ótima nora. - sorrio e digo olhando para Manu e Artur.

- A Manu também. - ela me encara, e sei que vai querer me matar.

- Eu o que? - pergunta ainda me encarando morta de vergonha, sua cor demonstra isso.

- Seria uma ótima nora.

Clarissa parece surpresa.

- Sério? Não sabia que ela gostava do meu filho.

Gustavo e seu pai aparecem, tirando o foco da minha amiga que depois vai querer me estrangular viva.

- O almoço está servido. - Fortunato diz com a voz dura e todos seguem para cozinha.

Espero todos irem na frente e pergunto a Gustavo.

- Vocês não discutiram não né?

- Claro que não loirinha. - me abraça e seu corpo está tenso. - Vamos?

O almoço foi agradável, todos conversavam civilizadamente. O assunto eram negócios, passeios, lugares e coisas aleatórias.

Fortunato quase não abriu a boca, apenas observava. De vez em quando, sentia seu olhar me observando, me deixando sem jeito.

◊◊◊◊◊

- Ca você precisa conhecer o resort da família, é maravilhoso. - Bia diz toda animada, enquanto íamos para sala, depois de almoçarmos.

- Podemos marcar. - respondo, mas meu pensamento está em Gustavo que entrou lá pra dentro novamente e já faz um tempão.


♥ GUSTAVO PARKER ♥

Eu aproveitei que Catarina estava conversando e fui até o escritório conversar com Fortunato.

Chego em frente a enorme porta e respiro fundo. Não queria fazer isso, mas é pelo bem da minha loirinha.

Bato na porta e escuto uma voz fria e grossa mandando entrar.

Abro a porta devagar, entro e a fecho em seguida.

-Será que podemos conversar? - falo, enquanto ele me olha friamente.

- Sente- se.

Sento na poltrona de frente para ele e respiro antes de começar a falar.

- Eu sei que não deveria estar aqui, afinal você deixou claro que eu não precisasse mais de você se eu saísse de casa... - abaixo a cabeça e penso na minha loirinha para me dar forças. - Mas estou precisando muito e queria saber se você pode me ajudar?

- Do que se trata? - sua voz soa como sempre, autoritária, sem nenhuma emoção.

- Há alguns dias atrás, o ex-namorado de Catarina a ameaçou e antes disso ele a vinha perseguindo. Está tudo calmo, mas ele quando foi a casa dela estava completamente fora de controle e parecia perturbado, não acredito que tenha desistido tão fácil...

- E onde eu entro nessa história? - me interrompe e o modo como ele fala me fez querer desistir dessa palhaçada e eu mesmo ir atrás desse cretino.

Olho no fundo dos olhos dele e não percebo que passaram longos minutos, até eu voltar à realidade e terminar.

- Queria algum tipo de empréstimo para que eu pudesse contratar um segurança e um detetive para procurar esse canalha e quem sabe denunciar ele por perseguição.

- Olha Gustavo eu entendo sua preocupação, mas eu não vejo o porquê para tanto medo, se você diz que está tudo calmo... - me levanto, interrompendo o que estava falando.

- Eu sabia que não devia contar com você. - dou as costas para ir embora, quando ouço sua voz.

- Eu não terminei. - viro e espero ele terminar. - Vou pensar no caso e te dou a resposta até o fim do almoço. - concordo e saio do escritório.

◊◊◊◊◊

Depois do almoço, ele faz sinal para que eu fosse para escritório novamente.

- Eu já tenho uma resposta. - meu coração palpita de nervoso. - Vi o quanto vocês se gostam e ela aparenta ser uma moça muito boa.

- Ela é. - digo orgulhoso da minha namorada.

- Eu tenho seguranças contratados, vou falar com dois para reversar e proteger sua namorada, enquanto o detetive, entrarei em contato com um de minha confiança e passo o contato dele para que você explique toda situação.

Fico tão feliz e grato que não consigo esconder o sorriso.

- Obrigado, isso é muito importante pra mim!

De Repente PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora