De Repente Paixão

♥ CAPITULO 38 ♥

Não consegui esconder minha alegria e Catarina percebeu. Quando chegamos ao seu apartamento ela perguntou:

- O que você conversou com seu pai que o deixou assim?

- Senta aqui. - a chamo para o sofá. Ela me olha confusa e preocupava, mas logo a tranquilizo. - Meu pai vai ceder dois seguranças e um detetive pra te proteger e encontrar o seu ex. - ela se levanta chateada.

- Não acredito que você foi pedir isso a ele. Gustavo eu já te falei pra deixar esse assunto de lado. Eu não vou me sentir bem com dois seguranças na minha cola o dia todo.

- Meu amor é para sua segurança.

- Por que você insiste que ele vai me fazer mal?

- Por que ele gosta muito de você e é um doente, eu não quero que nada te aconteça. - ela fica calada e eu olho para ela decepcionado por não ver que eu estou tentando protege-la.

Vou para o banheiro deixando ela na sala e tranco a porta. Passo um tempo razoável e saio tomado banho, apenas com uma toalha enrolada na cintura.

Ela esta sentada na beira da cama e quando me ver, vem ate a mim.

- Desculpa meu amor, eu sei que você quer meu bem. Obrigada por isso. - não falo nada, apenas a abraço. Eu senti ela tensa, eu acho que no fundo ela tinha medo de reviver essa história, mas eu não quero que aquele doente chegue perto dela.

- O que você acha de um banho pra relaxar. - sussurro em seu pescoço, e sinto seu corpo tremer com minhas palavras.

Ela levanta o rosto e me dar um sorriso maroto lindo, que tanto amo.

Passamos o resto da tarde nos acariciando e fazendo amor no banheiro.

◊◊◊◊◊

Na manha seguinte, Fortunado já tinha enviado o segurança Marcos e o detetive tinha entrado em contato comigo, depois da conserva que tivemos, ele falou que ia fazer de tudo para conseguir uma liminar contra ele para se manter afastado dela, o que me deixou mais aliviado.

Catarina vai para o trabalho com o segurança e eu passo em casa para trocar de roupa e ir para meu trabalho.

Quando chego ao trabalho, sou avisado que Albert quer falar comigo.

- Bom dia! Queria falar comigo?

- Sim, sente-se. - sento em frente ao meu chefe e meu tio. Ele é pai do Rafa. - Como já te falei diversas vezes, você é muito bom para trabalhar nessa empresa...

- Eu amo trabalhar aqui, amo mexer com carros. - digo meio apreensivo, porque ele tocou nesse assunto.

- Eu sei da sua paixão, por isso conversei com um amigo meu e ele quer muito te contratar.

- Sério? - fico surpreso.

- Sim, ele disse que assim que concluir sua faculdade e puder atuar, já pode se mudar.

- Se mudar?

- Sim, infelizmente a empresa dele fica em São Paulo. - fico calado, pensativo, não sei se Catarina vai querer se mudar para lá e eu também não quero ter que deixa-la. - Mas não precisa pensar nisso agora, você vai ter tempo pra isso. Só te falei pra você pensar no assunto. O cargo lá é muito bom e o salario também.

- Não sei nem como te agradecer.

- Agradeça pensando no assunto e quem sabe aceitar a proposta e se tornar um dos maiores engenheiros de São Paulo. Você tem muita capacidade para isso.

◊◊◊◊◊

Passo o expediente todo pensando na proposta de me mudar. La é muito mais fácil de me dar bem, e tem a área que eu quero.

Não vou falar nada com a Catarina agora, não quero que ela tome decisões precipitadas. Ela esta muito bem trabalhando na empresa da minha família.

Mando uma mensagem para ela dizendo que só iria para casa dela, depois da faculdade.

Chego em casa e conto ao Rafa o que o pai dele tinha me proposto.

- Cara essa oportunidade é muito boa, você não pode negar. Meu pai já me falou sobre esse amigo e o cara é fera, está entre os melhores do país.

- Eu reconheço isso, mas a questão é a Catarina. Eu sei que tenho tempo para pensar e conversar com ela, mas isso me deixa nervoso, vai que ela não concorde com a ideia.

- Essas mulheres são nosso ponto fraco. - ele fala, mas não diretamente para mim. Fica muito pensativo.

- O que esta acontecendo? A pé no saco da Emile já começou a te infernizar também foi? - digo e rio da reação dele.

- Eu amo aquela mulher cara, mas às vezes tenho vontade de manda-la pra China. - diz sério e eu não consigo segurar a gargalhada.

- Se ela te pega falando isso, ta ferrado!

- Nem pense em contar a ela.

- Relaxa, eu também já pensei em fazer isso. - ele sorrir. - Mas o que foi?

- Sei lá, ela veio esses dias com história de casamento.

- Sério? - pergunto surpreso, não achei que ela gostasse desse tipo de compromisso mais sério, como casamento.

- To com cara de quem ta brincando? - rio ainda mais que antes, mas tento segurar o riso pra que ele termine. - Eu amo muito ela, mas não tinha pensado sobre isso ainda, mas agora isso martela na minha cabeça dia e noite. Todo dia sonho com um tipo de casamento. - depois dessa, segurar o riso é missão impossível.

Rio tanto, que minha barriga começa a doer e meus olhos a lacrimejar.

Levo uma almofadada no rosto e devolvo.

-É serio cara não brinca.

- Realmente essa mulher é seu ponto fraco.

- Vai brincando, depois seja você nessa situação.

- Eu ia amar a ideia de casar com minha loirinha. - dou de ombros.

- Então vamos ver o que ela acha. - ele diz pegando o celular.

Puxo da sua mão antes que ele ligue para ela.

- Mas só depois de formado.

-Mudou rápido de opinião primo. - vou para meu quarto rindo.

◊◊◊◊◊

Quando saio da faculdade encontro Samantha, nós já ficamos algumas vezes e ela malha na academia do Rafa.

- Oi lindo. - diz sedutoramente.

- Samantha!

- Podemos marcar algum dia para irmos jantar quem sabe.

- Felizmente não posso, estou comprometido e minha namorada não gostaria de ir a esse jantar.

- Ah eu não sabia. Mas fica o convite. - diz e me dar um beijo no rosto antes de sair.

◊◊◊◊◊

Entro no apartamento com minhas chaves reserva e ele está vazio.

- Ca?

Acendo a luz e avisto um bilhete com meu nome chamativo.

GUSTAVO

Te espero no endereço abaixo.

P.S. Não demore! ♥

Ligo para o celular dela e cai na caixa postal. O segurança a mesma coisa.

O que ela esta aprontando?