♥ CAPITULO 18 ♥

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Hoje vim para a empresa sem nenhum pingo de vontade de trabalhar. Ontem mal consegui dormir pensando em Gustavo e na não consideração que ele teve por mim.

Estou lendo uns contratos quando escuto a batida na porta e peço que entre.

- Oi. – a voz suave de Artur invade a sala.

- Oi. – levanto e cumprimento.

- Vim te parabenizar, os funcionários que contratou ontem são excelentes, possuem um belo currículo.

- O mérito é de todos, eu só ajudei.

Aponto a cadeira para que ele sente e faço o mesmo.

- Eu sei.

- Não creio que esse tenha sido o motivo pelo o qual te trouxe aqui.

Ele me encara com seus lindos olhos me fazendo lembrar a saudade que estou de Gustavo.

- Também, mas o principal motivo é o convite que queria te fazer.

- Que convite?

- De jantar comigo hoje, topa? – seus lábios abrem em um sorriso desconcertante.

Seria bom me distrair um pouco, tirar Gustavo da cabeça, se bem que com as semelhanças fica difícil, mas não custa tentar.

- Topo! – sorrio para ele.

- Perfeito, passo no seu apartamento para te buscar, certo?

- Certo.

Passo meu endereço a ele e volto ao trabalho.


◊◊◊


Chego em casa e conto a Emile sobre o jantar:

- Tem certeza Ca?

- Não vamos fazer nada Mi, apenas conversar, e vai ser bom para eu esquecer ele, sabe...

- Entendo. Se cuida então.

Dito isso me dar um beijo e vai para faculdade.

Tomo banho e escovo os cabelos deixando eles ondulados, coloco um vestido preto com salto preto, faço uma maquiagem leve e estou pronta.

A campainha toca e vou abrir.

- Como você consegue ser mais linda do que já é?- diz depois de me analisar.

- Obrigada, você também não está nada mal. – sorrio constrangida.

- Vamos?

- Vamos!

Descemos e um carro nos esperava, me ajudou a entrar e o motorista nos levou até o restaurante.

Ele havia reservado uma mesa em um dos melhores restaurantes em tão pouco tempo que fiquei impressionada.

- Como conseguiu? – perguntei quando me sentei.

- O que?

- Uma reserva aqui.

- Tenho meus contatos Catarina, isso não é nada. – piscou pra mim.

Pedimos "A loco$rdquo pouco", um prato italiano bastante famoso e um vinho para acompanhar.

- Me conte sobre você.

- Não tem muito que contar. O que você quer saber?

- O que fez pra conquistar minha mãe já é um começo. – sorrio e fico encarando seus olhos, percebo um sorriso bobo brotar em seus lábios e fico morta de vergonha por ser pega o admirando.

- Não fiz nada, sua mãe que foi muito gentil comigo. – digo sem jeito e olho para minhas mãos em meu colo.

Ele toca em meu queixo, para que eu levante o rosto.

- Catarina você não sai da minha cabeça... – olho para ele assustada com o que acabara de falar. – Seu jeito, seu sorriso me conquistou, e não consigo pensar em outra coisa que não tenha você. – diz parecendo sincero, mas ele não pode sentir isso, não por mim.

- Artur, nós não... - me interrompe

- Por que não?

- É um erro você sentir isso.

- Você tem namorado? – pergunta com a voz carregada de decepção.

- Não...

- E por que não podemos?

Olho para ele, mas só vem Gustavo na minha cabeça. Eu não posso engana-lo eu não posso me enganar.

- Preciso ir Artur. - me levanto para ir embora.

- Tudo bem.

Ele deixa o dinheiro na mesa e me leva para casa.

- Desculpa, eu não pensei que você fosse reagir assim. – diz quando saímos do carro.

- Vocês sempre pensam assim. – penso alto e ele me olha sem entender nada. - Esquece. Obrigada pelo jantar.

- Eu que agradeço por ter aceitado.

Me despeço dele com um abraço e subo para meu apartamento.

De Repente PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora