Impossible

Prólogo

Ambos estavam perdidos e sabiam disso. O cerco estava se fechando e eles não estavam mais certos do que aconteceria dali para frente. Não pensaram nas consequências de seus atos, não pensaram no que aquilo podia causar, não só a eles, mas as outras pessoas ao seu redor. Eles não pensaram em nada. Foram egoístas e não pensaram que toda ação tem uma reação. Tudo tem uma consequência... E a deles estava chegando agora. Tardiamente, de certa forma, mas chegou.

Eles não queriam mais fugir, não queria mais sofrer. Não queria mais se esconder.

O olhar de ambos transparecia desespero, não conseguiam pensar em uma saída e isso estava nítido. Não havia mais nada que pudessem fazer, a não ser esperar.... Ou morrer, mas ele não era Romeu e muito menos ela era sua Julieta.

O garoto se arrependia de algum dia ter zombado do casal que Shakespeare criou, zombado da saída que eles arrumaram e zombado da forma como eles encontraram para ficar juntos. Estava acontecendo com eles naquele mesmo momento, o mesmo que aconteceu com Romeu e sua Julieta, eles estavam cercados e sem opção.

Sempre haviam julgado a decisão do casal de viver juntos na morte, mas agora, com eles sem saída e sabendo do futuro que os aguardava, era bem mais fácil compreender a atitude do jovem casal. Como seria fácil imitar a mesma atitude...

De uma coisa ambos sabiam: nunca mais iriam criticar Romeu e Julieta.