XXXI - Consequências

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xoxoxo

O coração de Jace havia parado de bater, ele tinha certeza. No momento em que colocou os olhos naquela criatura pequena e ruiva de olhos verdes, que estava com uma arma apontada diretamente para ele, sentiu aquele órgão vital parar de bombear sangue para o seu corpo.

Foi a primeira vez que ficou sem reação em uma situação como aquela, de vida ou morte. A primeira vez que falhou em apertar o gatilho primeiro e perguntar depois... E mesmo confuso, uma pequena parte de seu cérebro agradeceu por aquilo, por não ter atirado em Clary ali, naquela delegacia imunda.

A ruiva também parecia completamente sem reação, parada, com olhos arregalados, sem tremer sequer um músculo. Jace não conseguia dizer quantos segundos, minutos ou horas haviam se passado enquanto os dois se encaravam naquele momento, tentando entender o que estava acontecendo.

O loiro sabia que os Morgenstern estavam naquela droga de delegacia e não Jordan, já que havia dado de cara com Valentim quando entrou, ladeado por Izzy. Eles estavam bons em cair nas armadilhas do policial, mas pelo menos poderiam tentar acabar com uns números consideráveis do inimigo...

Mas nunca em sua mente havia surgido a possibilidade de encontrar sua garota ali... Afinal, que porra Clarissa estava fazendo naquele lugar? Ainda mais armada? Seu cérebro se negava a entender o que estava acontecendo e pelo que parecia a garota também não estava compreendendo merda nenhuma.

O conflito continuava ao redor deles e quando Jace piscou os olhos, conseguiu sair daquele transe em que se colocou, analisando Clary de cima a baixo. A garota estava muito bem armada, com uma roupa de couro que a protegia, bem como um colete a prova de balas – deixando a bem sexy, uma parte louca do cérebro do loiro pensou. Ele havia sido o primeiro a piscar, mas Clary foi a primeira a abrir a boca para falar algo.

— Que merd... – ela começou, mas foi interrompida por alguém.

Jace rapidamente notou a aproximação pela sua visão periférica, virando-se rapidamente, dando uma coronhada na cabeça de quem quer que estivesse se aproximando por trás dele. Somente após a pessoa cair desmaiada que reparou quem era...

— Que porra o namoradinho de Alec está fazendo aqui? – desviou os olhos do asiático. – Que porra a minha namorada está fazendo nessa merda de lugar?

Os tiros agora podiam ser ouvidos em um voluma ainda mais alto, deixando claro que o lugar estava se infestando de gente rapidamente. Alguém passou pelo corredor, mas antes que pudesse ver do que se tratava, Clary desviou os olhos de Magnus e atirou, certeiramente, na pessoa que ameaçava entrar no lugar.

Sua Clary, a artista, havia acabado de atirar em alguém... E estava agora com a merda da arma apontada para ele novamente.

— Eu é que pergunto, que merda é essa, Jace? – perguntou ainda mirando nele. O loiro avaliou a janela para ver se conseguia pular ou sair pela porta. A segunda saída seria a melhor, mas estaria entrando em mais fogo cruzado... E corria o risco de ser alvejado pelas costas pela ruiva...

Isso significava que Clary era o inimigo agora?

— Estudante de artes, uh? – foi a única coisa que ele conseguiu formular diante do choque que ainda estava tomando de seu corpo, impedindo-o de raciocinar direito. – Ele está vivo, Clarissa, só desacordado. – Completou ao ver, pela terceira vez, os olhos verdes indo até Magnus.

— Achei que você trabalhava para a empresa do seu pai. – A ruiva voltou aquelas duas esmeraldas para ele, realmente dando-se conta do que estava acontecendo ali.

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