III - A partida

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— Ok, eu tenho que admitir, esse é o melhor cachorro quente que eu já comi. – Clary falou enquanto ia para o carro com Jace. O garoto só riu, estufando um pouco o peito.

— Eu te disse, você não acredita em mim. – Novamente a porta foi aberta e Clary entrou dentro do carro. Rapidamente Jace já estava ao seu lado, no motorista, mas o carro não foi ligado.

— Vou passar a acreditar a partir de agora.

— Boa garota. – Ele brincou e Clary riu, dando um tapa de leve em seus ombros. – Onde quer ir agora?

— Hm... Não sei.

— Quer ir para a casa? – Jace perguntou. Não queria que a garota fosse, o que era estranho já que não estava nem a 3 horas com ela direito, mas não queria que ela saísse do seu lado de modo algum. Se fosse por ele Clary ficaria ali pela próxima semana seguinte, só ao lado dele, curtindo o momento.

— Sinceramente? Não sei. Tenho que ir, mas ao mesmo tempo... – a frase ficou solta no ar e Jace deu um sorriso de lado, compreendendo o que a garota estava querendo dizer.

— Ao mesmo tempo você quer ficar, eu sei como se sente Clarissa. – O nome dela soava tão sensual em seus lábios, que Clary ficou um pouco perdida, somente observando o garoto. – E agora você está me encarando.

— Desculpe, eu só.... Fiquei um pouco impressionada. Você acabou de completar meu pensamento. E nós mal nos conhecemos. – Ela disse, mentindo em partes. Clary era uma boa mentirosa, tinha de ser. Jace também, de certar forma. Ambos tinham em suas vidas a mentira e o terror, mas já não ligavam mais. Ela também ficou um pouco impressionada por saber que o loiro se sentia da mesma forma que ela.

— Sinto, na verdade, como se te conhecesse a mais tempo. – Jace comentou e Clary assentiu, concordando.

Era um sentimento estranho, esse que ambos estavam experimentando. Clary não estava acostumada a sentir aquelas coisas, pelo menos não mais. Já tinha ficado com outros homens e já tinha tido conversas bastantes interessantes, mas nunca daquele modo como se sentia com Jace. E o loiro também, nunca havia se sentido daquela forma, mesmo com Aline, que era sua garota fixa – por não ter uma especificação melhor – ele não se sentia como estava agora, com Clary.

— Tenho o mesmo sentimento e isso é bem estranho. – A menina se voltou para o loiro sorrindo e foi acompanhada.

— E olha que você nem queria falar comigo no início...

— Confesso. Sabe como é... Esse salto machuca, minha cabeça estava doendo, Simon estava com outra garota e mal estava me dando atenção. Tenho a tendência de ficar mal-humorada quando não estou fazendo o que quero. – Clary confessou e Jace deu um sorriso de lado, charmoso.

— Ainda bem que eu sou insistente então e fiz o seu humor mudar. – Uma piscadela e Clary rolou os olhos. O ego dele era grande, ela já havia percebido, mas não ligava muito para isso. Estava gostado de conversar com o garoto loiro a seu lado e naquele momento queria continuar falando com ele.

— Quantas horas, Jace?

— São quase 4h da manhã.

— MEU DEUS, ISSO TUDO? – O grito que saiu dos lábios de Clary foi inevitável. Estava realmente muito tarde e sua mãe provavelmente a mataria por estar até àquela hora da rua, principalmente se Simon estivesse em casa já. Jace se assustou um pouco com a reação da garota, não estava acostumado com mulheres gritando com ele e sim por ele.

— Sim Clary, isso tudo. Por que?

— Minha mãe vai quebrar minha cara por chegar tão tarde em casa, principalmente sem Simon. – Ela não sabia o porquê tinha sido tão honesta com Jace, mas foi.

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