XVI - A exposição

976 65 25
                                    

Clary estava ansiosa... E ficou a semana toda assim. Na sexta feira a noite foi o pico de seu estresse e Sebastian quase deu a irmã todos os calmantes que conseguia para que ela calasse a boca e fosse dormir. A pequena ruiva estava testando a paciência de todos com aquela ansiedade e, felizmente, a única coisa que a estava acalmando era falar com Jace. E ele não pareia nem um pouco impaciente com ela.

Havia ligado para o loiro a semana toda buscando algum tipo de acalento para seus nervos que estavam à flor da pele. E ele, graciosamente, havia dado todo o apoio e calma que ela precisava, mesmo não estando daquele jeito.

Jordan continuava enrolando e não falando, e Jace continuava torturando ele. Na verdade, se fosse pelo loiro e por Alec, Jordan já teria passado dessa para uma melhor há muito tempo, mas o pai e o tio discordavam dele. Queriam Jordan vivo e falando... E era isso que eles estavam tentando fazer todos os dias daquela semana... De alguma forma, Clary era a única coisa que o impedia de matar aquele desgraçado de pancada todos os dias.

— Então hoje você vai a tal exposição? – Alec perguntou e Jace assentiu analisando a arma que estava em sua mão. – E onde é?

— Na academia de artes mesmo, no Brooklyn, por quê?

— Nada... Só curiosidade. Você tem falado muito com ela e pouco comigo sobre ela.

— Porque você é fofoqueiro e vai contar para Isabelle. E eu não quero sua irmã enxerida vasculhando a vida de Clary. – Jace comentou olhando para o melhor amigo com as sobrancelhas arqueadas.

— Bom... Eu não ou contar para minha irmã enxerida que por um acaso é sua prima. Só queria saber mais sobre essa garota porque você está diferente.

— Estou?

— Claro que está Jace! Até sua mãe está percebendo.

— Não estou diferente. – o loiro disse tirando os olhos da AK-47 que ele segurava. O pai sabia que ele detestava aquele tipo, mas sempre comprava mais. – E eu não vou querer essa coisa. – completou apontando para a arma de fogo que estava segurando há segundos.

— Está diferente sim e ninguém liga para o fato de você não querer essa droga. Eu sei, e você também sabe que vai acabar escolhendo as mais caras e as mais complicadas de mexer, e claro, as mais letais também. – Jace somente rolou os olhos, ignorando os comentários do melhor amigo.

O carregamento que o pai havia pedido de armas havia chegado e ele estava lá, renovando seu estoque, como sempre. Jace odiava quando o pai pedia somente as armas que ele gostava, em vez de consultar o filho e o sobrinho para saber quais eles também queriam, porque tecnicamente eram eles que mais usavam aquelas drogas. Ele realmente estava esperando o pai comprasse o rifle que ele tinha pedido, mas como sempre... Seu pedido não tinha sido realizado.

— Não tem o meu rifle. – Jace resmungou para o primo, depois de um tempo em silêncio analisando as mercadorias.

— Eu ainda estou me perguntando o que você vai fazer com DSR 50 Sniper.

— Atirar em você. Quem sabe assim você cala a boca. – Alec arqueou as sobrancelhas, olhando para o primo como quem diz "sério?".

Jace pegou o celular, olhando as horas. Ele estava atrasado para a exposição, como sempre... Suspirou e pegou duas pistolas que ali estavam, porque sabia que era burrice andar desarmado. Mesmo que fosse a uma exposição de artes que a garota que ele gostava estivesse. A regra era sempre essa: tenha uma arma com você onde for.

— Já vai?

— Sim. Tenho que me arrumar e comprar alguma coisa para Clary.

— Flores? – Alec questionou e Jace fez uma expressão de que poderia ser...

ImpossibleOnde histórias criam vida. Descubra agora