Júlio D'Lauren
Ouvir tudo o que Deborah disse a avó, doeu no fundo do peito.
No fundo senti pena dela, não esperava que a dor que sentia pela perda era tão grande.Sei perfeitamente quanto machuca perder quem mais amamos. Sei como é ver a vida se perfazer diante dos olhos.
Ela mesmo tão jovem, sofre a separação da "família", e a perda de um grande amigo. Sabe bem quão forte é a dor da culpa, assim como eu.Rebecca, minha filha, que hoje está ao lado de Deus, ela sim foi a maior perda da minha vida.
A dor nem se compara a da perda de meus pais.Será Deus, que estou sendo injusto com ela? Será que o que ela mais precisa no momento é de carinho e apoio? O mesmo que os pais não a deram.
Os pensamentos tomam conta da minha mente sem que eu perceba. Deito-me e ao fechar os olhos, sinto uma leve lágrima escorrer pela minha face.
Não! Eu não me permito isso. Sou homem e homem não chora.
A noite foi longa, imagens e lembranças percorrem um caminho de ida e volta constantemente.
Lembro-me do dia em que Rebecca nasceu, do dia em que segurei Richard em meus braços pela primeira vez, das brincadeiras e risadas que meus filhos me fizeram ter.
Assim como também me lembro dos momentos ruins que tive. As brigas com Richard, o pecado que cometi contra minha própria esposa. Não me perdoo por isso, e jamais me perdoarei.
A dor me consome ao lembrar do mal que causei a Luany e a Richard. Ele, mesmo sendo tão pequeno na época, ainda se lembra de todo o sofrimento, e culpa sua mãe por isso.
Olho para a linda mulher que descansa ao meu lado, e mentalmente imploro o teu perdão pelo mal que a fiz. Jamais devia tê-la obrigado a abandonar Richard em um orfanato. O mesmo que é sangue do meu sangue. Fruto de um amor tão bonito quanto o nosso.
Adormeço sentindo a forte dor em meu peito me consumir. Sinceramente, seria melhor ter permanecido acordado, pois o pesadelo assombra minha noite, perturbando minha alma.
" - Um filho? Poxa Luany você não tem juízo não?
- A culpa não é minha Júlio. Quer dizer... Eu tomei cuidado.
- Ca***e mulher! Suma da minha frente.
Ela sai chorando, dane-se. Sou muito novo. Não cuidarei de filho nenhum aos 23 anos.
Não a obrigarei a fazer um aborto, sou totalmente contra isso. Mas em minha casa, esta criança não vive.
- Júlio. Estou indo embora. - Luany me surpreende.
- Para onde vai? Tua família não te aceitara gravida aos 17 anos.
- Darei um jeito. Mas... eu amo esta criança e não vou abandona-la.
Então ela se foi. Desde aquele momento, passei os piores momentos da minha vida. Meses se passaram e então ela finalmente o tão esperado dia (por ela) chegou.
Não me contive e fui ao hospital.
Ao chegar lá, dou de cara com Luany em uma cadeira de rodas. Apesar de estar enorme devido ao inchaço e ao bebê (que presumo ser menino, pois ela segura uma bolsa azul), continua linda da mesma forma.Horas se passaram e ouço o choro melódico e estridente e sei que é meu filho, pois a maternidade está vazia. Este é o poder da poderosa família Stanford.
- Quer pega-lo? - Luany me pergunta assim que entro no quarto.
- C-Claro.
Tão pequeno e indefeso. Como um ser deste tamanho consegue arruinar a vida de alguém?
- Vamos para nossa casa querida. E ele irá conosco. - Finalmente digo. Perdi o juízo? Oque aconteceu?
Minha mulher sorri e assim fizemos. Meses se passaram e Richard completara um ano, desde então minha vida mudou. Oportunidades surgiram, viagens, e com um filho, não poderia fazer isso. Então começaram as brigas, e facilmente consigo convencer Luany entregar Richard para a adoção. O que meses depois, causou nossa separação. "
Acordo confuso e eufórico, preciso urgente de um bom banho gelado. Mesmo estando frio, a baixa temperatura da água não me afeta. Talvez devido ao aquecedor.
Após minha higiene matinal, visto-me e então penso em descer para o café, mas algo me impede. Meus pensamentos.
- Preciso esquecer isso. Tenho que esquecer isso.
Algo me diz que será um longo dia. Céus. Senhor me ajude.
Desço e encontro minha "família" e Rebecca sentadas a mesa. Fiquei as encarando por um bom tempo e então tomo coragem de finalmente entrar na sala de jantar.
" Força Júlio, não deve ser tão difícil ser bonzinho com ela. "
Estas palavras eram como um mantra em minha mente. As repetia constantemente na esperança de acreditar que fosse verdade.
Bom. Seja o que Deus quiser.
~♡~
Olá amores.
Vim dar só un recadinho rápido. O nome do livro mudará a partir do próximo capítulo e agora, será uma série de 4 (ou mais...talvez) livros. To tão empolgada em continuar.(Quero ver onde arrumarei tempo ne?! Estudo, casa, namorido...)
Não estranhe se aparecer como "Fruto De Uma Paixão" pois esse é o nome "novo".
Em sequência vem:
- "Fruto De Um Romance (Secret- não contarei pois é continuação, as outras são complementos do passado.) "
- "Fruto De Um Amor (Conta sobre a gravidez da Luany até o primeiro aninho do Rich)"
- "Fruto De Um Desejo. (Infância do Richard até o segundo aniversário de Deborah)"
Beijos amores. Até o próximo capítulo. :*
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Fruto De Uma Paixão [Em Revisão]
Romance[Em Revisão} Após a separação dos seus pais, Deborah é obrigada a passar três longos meses na casa se seus avós em Brighton, onde conhece diversas pessoas, dentre elas, seu verdadeiro amor. Plágio é crime! Todos os direitos reservados.