A ultima semana tem sido realmente uma chatice. Mas finalmente sairei do hospital e irei direto ao tribunal, hoje finalmente chegou a audiência e eu estava ansiosa. Júlio vestia seu terno de advogado, Luany não estava de vestido como de costume, vestia uma calça jeans escura com uma camisa social branca, em volta de seu pescoço, um lenço de seda na cor cinza e um blazer na cor preta. Me perguntei varias vezes por que desta produção toda, mas ela não me deu uma resposta se quer.
O caminho parecia longo demais, embora fossem apenas dois quilômetros.
Logo estavam Júlio, Luany, Verne e eu a porta da sala onde será feito o julgamento. Aquilo parecia aterrorizante. Meu estomago estava embrulhado, graças a pequena criatura que esta em meu ventre.
Respiro fundo e digo a mim mesma: "Vai dar tudo certo".
Atrás de mim, chega um carro no qual conheço muito bem. Era Alexander. Ao seu lado uma moça loira.
Ele não estava sorridente e brincalhão como sempre, está sério e... incrível dentro daquele terno. Ele veio até mim e senti meu corpo estremecer. Era este o efeito que ele causava em mim.
- Como está? - Disse colocando uma mecha de meus cabelos para trás.
- Bem. Ela? - Pergunto direta e ele entende.
- Ex. - Olho para baixo e ele nota um desconforto. - Insistiu em vir e disse que tem algo importante para dizer.
- Contra?
- A favor. - Ela mesma responde. - Roberta Foster. É um imenso prazer finamente conhece-la.
- Queria poder dizer o mesmo. - Digo e ela da um breve passo para trás. - Não me leve a mal, mas nunca ouvi falar de você, então nem imaginava que existisse.
Ela sorri e pede para conversar comigo a sós. Alexander não permite, o que me deixa irritada.
- Você não decide por mim Alex. Vem Roberta, vamos conversar ali.
Andamos alguns metros e pude sentir a todo instante o peso do olhar desconfiado do Alex sobre nós. Ignoro esta sensação e peço para que ela comece, pois não temos muito tempo.
- Primeiramente, preciso te pedir desculpas. O acidente, fui eu quem causou.
- Pra me tirar de perto do Alexander?
- Não. A mando da mãe dele. - Ela diz e sobe o olhar do chão, para meus olhos. - Ela colocou um explosivo no meu carro, eu acelerei e... depois me joguei do carro.
- Tudo bem. Só isso?
- Não. Sobre o Michael. (Nota da autora: Lê-se Micael)
- Quem? Não conheço ninguém com este nome.
- Sim Deborah. Você conhece, e muito bem. Michael é o menino que hoje te chama de mãe.
- Esta falando do meu filho? - Pergunto.
- Estou falando do meu filho. Meu e do Alexander.
Espera, para o mudo que preciso respirar. Como assim o Alex é filho dela com o meu irmão? Então ele é meu sobrinho?
- Vai querer a guarda dele agora. Certo? - Ela não responde. - Me diz uma coisa. O que te levou a abandonar o garoto? Sabe o que isso causou na vida dele?
- Não foi por que eu quis. Eu juro. Acontece que...
Ela é interrompida por Verne. Ele diz que o juiz irá nos ouvir agora. Digo que conversamos depois e ela concorda.
O momento é tenso. O juiz ouve Helena, a tal moça do orfanato. Ela testemunhou ao meu favor. Contou de como foi minha visita ao orfanato, disse que é nítido o amor pela criança e também, o amor que ele possui por mim.
O próximo foi meu avô, que contou como venho agido desde que o encontrei em uma caixa, e como foi minha vida após a separação minha e do bebê.
Luany pediu para se pronunciar depois. O pedido foi aceito. A testemunha seguinte, fez meu coração disparar, era possivel ouvi-lo a quilômetros de distancia. Amanda Coast.
- Presenciei Deborah com o menino inúmeras vezes. Posso afirmar aos senhores, que esta garota não esta apta a cuidar de uma criança. Sua mentalidade, pode ser facilmente comparada a de uma criança de sete anos, com nenhuma noção do que fazer ou não. Quem realmente cuidou desta criança durante todo o tempo, foram seus avós e meu filho. Esta menina não tem o menor controle metal, não tem discernimento sobre o certo ou errado. É explosiva e pode facilmente machucar esta criança a qualquer momento.
- Protesto. - Verne se levanta. - Meritíssimo, a senhora Amanda não teve nenhum contato mais intimo com minha cliente. Esteve em estadia em sua casa apenas uma vez, e a mesma a expulsou e a agrediu. Peço que a declaração dela neste caso seja nula a partir de o momento em que uma testemunha a favor de minha cliente dê sua declaração.
- Protesto aceito. Entre a testemunha.
Neste momento Roberta aparece e Amanda parece perder a cor. Em sua mãos, uma pasta contendo alguns papeis dentro. Alexander entra ao seu lado, e isso me faz me sentir mal. Talvez ele tivesse voltado com ela em troca deste depoimento, ou algo do tipo.
- Seu nome? - Verne pergunta.
- Roberta Foster.
- Roberta Foster, por favor coloque sua mão sobre o livro e levante a outra para cima. - Assim ele faz. - Jura dizer a verdade, somente a verdade e nada mais que a verdade?
- Eu juro.
Pronto. A merda ta feita. O que será que ela dirá? Qual será seu testemunho? Olho para Alexander que parece estar completamente tranquilo com isso. Mas nervoso por querer que isso acabe logo.
- O que tem a dizer perante este tribunal?
- Minha declaração a respeito do caso.
- Comece então.
- Venho acompanhando Deborah com a criança a um bom tempo. Sempre mantendo a devida distancia. Desde que ela o pegou da caixa próximo ao aquário. Eu estava lá. Queria ter certeza se Amanda faria o que disse que iria fazer.
- Amanda? - Verne pergunta. - Refere-se a senhora Amanda Coas?
- Sim, a própria. Ela roubou meu filho. Foi até a minha casa e o tirou de mim. Me ameaçou e o levou contra meu consentimento. Ela me trancou no banheiro de minha casa e o levou. Quando a encontrei, ela estava com o bebê, e o colocava em uma caixa, esperei ela sair para tentar pega-lo, mas Deborah o encontrou antes. Eu a segui, e vi a preocupação dela com a criança. Ali eu vi que ela o amaria e que ele teria tudo. Tudo aquilo que eu não poderia dar.
- E por qual razão desapareceu se estava grávida? - Verne pergunta e pelo visto, Alexander sabia de tudo.
- Foi ameaçada. Amanda descobriu minha gravidez e começou com a ideia idiota na cabeça de me obrigar a abortar. Foi quando descobri um segredo dela e a ameacei. Disse que se ela tentasse algo contra mim, eu contaria a todos. Então como "aviso", ela mandou que matassem meu irmão.
- Então você tinha um irmão, e Amanda mandou que matassem?
- Sim, tenho provas concretas. A confissão do homem que dirigia o carro. Eu o encontrei e ele me deu o retrato da mulher que o pagou para isso. - Ela entrega uma fita ao juiz que coloca no televisor próximo a ele.
O vídeo começa. Quanto mais ele roda, mais tonta eu fico... Aquele rosto, eu o conhecia. Sabia bem de onde. Meu Deus... Victor!
OLHAAAAA EU DE NOVO!
REVELAÇÕES... REVELAÇÕES.... REVELAÇÕES...
TA FICANDO TENSO PARA AMANDA AGORA EM. KKKK
ALGUÉM TEM NOÇÃO DE O PORQUE O VICTOR ESTA METIDO NESTE ROLO?
PALPITES?!
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Fruto De Uma Paixão [Em Revisão]
Romance[Em Revisão} Após a separação dos seus pais, Deborah é obrigada a passar três longos meses na casa se seus avós em Brighton, onde conhece diversas pessoas, dentre elas, seu verdadeiro amor. Plágio é crime! Todos os direitos reservados.