Epílogo.

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Alguns meses se passaram. Alex completara um ano e a pequena Alice está para nascer. Alexander segura minha mão e pede para que eu faça força para que não durma. 

O cansaço é inevitável, muita força e energia em menos de um dia. 

Alice esta dando muito trabalho, parece que  bonequinha segurou nas paredes do meu ventre e bateu o pé dizendo que não quer sair. 

- Vamos princesa. Ajuda a mamãe. - Digo e faço força novamente. Nada.

- Alice, vem com o papai amor. - Continuo fazendo força. - Vem princesa.

Como num passe de magica, sinto algo escorregar por entre as minhas pernas, seguido de um choro. Alexander se emocionou tanto, que foi a ponto de chorar. Eram lagrimas verdadeiras. Sinceras.

- Alice. - Ele disse ao pega-la. - Você é feia igual sua mãe. 

- Na verdade.- O enfermeiro o cortou. - Ele é a cara do pai.

Damos risadas juntos. Os enfermeiros garantiram que em uma semana, poderia andar e fazer tudo o que quisesse como se não houvesse passado por um parto. O que me aliviou muito, já que meu casamento será em duas semanas.

Júlio me prometeu uma surpresa hoje. Disse que será inesquecível. Rebecca disse que o avô a prometeu a mesma coisa. Agora, o que será?

A casa que antes era de Amanda, passou a ser de Alexander legalmente. Dois meses depois do julgamento, Amanda fugiu em um carro da policia e perdeu o controle ao levar um tiro no pneu. Sua morte foi instantânea. 

Luany continua presente em todos os cantos da casa. Fotos, perfumes e as coisas que ela adorava comer, eram rotina estar presente em casa. Júlio esta triste, não conseguiu ainda superar a perda da esposa. 

- Filha. - Júlio me chama. - Precisamos conversar.

Seguro as mãos de Rebecca, e ouço atentamente o que meu avô tem a dizer.

- Sua avó deixou isso para vocês. Eu abri e sei o que tem ai. E acho que essa é a hora certa de entregar a vocês. - Pego o envelope vermelho de suas mãos. - Luany me escondeu isso durante tantos anos. Seu pai ainda não a perdoou. Espero que vocês a perdoem.

Fiquei calada diante a foto que estava a minha frente. Era ela, minha mãe. Linda e deslumbrante mesmo que em um leito de hospital. Ao seu lado esquerdo, uma garotinha dormia feliz, já do outro, uma menina permanecia acordada e brincando com algo imaginário.

Atrás da fotografia, um endereço escrito a pulso.  Próximo a ele, a palavra SORRY. 

*** 

Rebecca e eu fomos ansiosa até o endereço da fotografia. Chegando lá, encontrei um lindo campo florido que fazia parte de um abrigo. Ou talvez uma clinica. 

Mostro a foto que esta em minhas mãos a uma moça que pergunta se estou procurando algo. Ela me pergunta o que sou da moça da foto.

- Somos filhas.  

- Talvez tenha algo aqui neste lugar, relacionado a minha mãe - Becca pergunta. - Já que ela faleceu no parto.

- Sua mãe não esta morta. Ela está aqui. - Fico pálida e sem reação. - Por conta da parada cardíaca durante o parto ocorreu  a perda de memória. Não é comum, mas, dependendo do tempo em que alguém levou para ser socorrido e, consequentemente o tempo em que o cérebro ficou sem oxigenação, podem haver sequelas, pois o cérebro é lesado.  

- Mas.. Ela foi dada como morta. 

- Não sei explicar isso querida. - Ela começa a caminhar e eu a acompanho. - Pelo que sei, o prontuario dela foi trocado.

- Como ela está?

- Chama pela mãe. Pergunta se ela não ira mais visita-la. E pergunta quando as filhas virão.

- Ela sabe de nós? - Como resposta recebo um aceno de cabeça. Ela aponta para uma moça de cabelos longos brincando com uma criança próximo as flores. - Ali esta ela. Por favor, espere aqui.

Ela caminha até minha mãe, diz algo que a faz ficar agitada, procurando alguém por todos os lados. 

Começo a me aproximar aos poucos, e sorrio.

- Filha? - Ela me olha. 

- Mãe. - Começo a correr para abraça-la. - MÃE!

Becca faz o mesmo e minha mãe nos recebe com um abraço apertado e carinhoso,

- Eu esperei tanto por esse momento. - Ela me abraça com lagrimas no olhos.


Resolvo pedir para tira-la de lá passa passear, leventão para casa, onde apresento seu futuro lar, seu futuro genro e seus netos. O pequeno Alex de um ano e cinco meses, e a minha princesa de três dias. 

Seus olhos lagrimejavam, o meus então nem se fala. Resolvemos por fim, que minha mãe e meu pai me levariam juntos até o altar. E assim foi feito. 

***

A pesar de não ter Luany ao meu lado, minha família esta completa. Meus pais estão juntos novamente. Estou casada com o homem que eu amo. Tenho dois lindos filhos. E uma irmã babona. Júlio parecia um crianção por ter os dois filhos novamente em casa. Mesmo que como um casal. 

Agora sim... estou plenamente feliz.


( FIM )


Gente.. desculpe esse final pequeno... chorei muito escrevendo ele. E vocês o que acharam??

Não  queria terminar este livro... Ele é meu bebê.... :( 

Já estou com saudades dessa turma... snif.. 

BEIJOS AMORES. :'( 

Fruto De Uma Paixão [Em Revisão] Onde histórias criam vida. Descubra agora