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12/04

Lory:

Acordei no mesmo horário no dia seguinte, e apesar de ser já o segundo mês de aula, hoje, justo hoje, eu não estava nem um pouco afim de ir para aquela escola. Mas mesmo assim fui, nem comi, só acordei minha mãe e saí, já arrumada.

- Ei? - Uma voz havia falado e pensando que era comigo me virei e vi o João correndo em minha direção.

- Não acha muito cedo para já estar correndo? - Disse.

- Acho - falou, e me comprimentou com um beijo no rosto, no qual eu retribui. - Mas, e então... - continuou - Está melhor? - perguntou.

Acho que ele estava se referindo à conversa no grupo ontem. Será que os meninos contaram para ele?

- Estou.

- E... ainda é muito cedo para mim saber quem é esse tal de Henrique e o que ele te fez de tão ruim assim?

Só de ter ouvido o nome dele me deu vontade de chorar. Fiquei quieta por um momento.

- Mas, se não quiser contar tudo bem, vou entender.

- Promete não ficar chateado comigo se eu não quiser contar? E... promete também me dar um tempo para mim pegar confiança em você?

- Prometo as duas coisas, se bem que sou confiável, mas sei que cada um tem o seu tempo - falou ele, e deu um sorriso de lado.

- Obrigada - e sorri também, não foi um sorriso de alegria e sim um sorriso forçado.

Chegamos a escola, entramos e fomos na direção dos outros.

- Oi gente - falei.

- Oii - João.

- Oii - todos responderam em coro.

- Lory?

- Oi - respondi e me virei para ver o que o Matheus queria.

- Foi mal, eu...

- Não precisa pedir desculpas - falei o interrompendo - você não tem culpa nenhuma do que ele fez.

- Meninas, vamos no banheiro comigo? - A nara perguntou.

- Ah, eu não vou, não. - Reh.

- Tatah?

- Vai com a Lory, enquanto eu e a Reh espera a Jack. Ok?

- Ok.

Fui com ela até o banheiro. Fez o que tinha que fazer (no caso dela, passar maquiagem) - nós era o tipo de garotas que levavam maquiagem na escola para passar lá - E resolvi perguntar do Beto.

O Beto era o menino que ela gostava, eles haviam se conhecido no parque de diversões. Ela se apaixonou por ele, pelo jeito dele o sorriso, - pelo menos foi o que ela disse - mas se ele gostava dela do mesmo jeito que ela, eu não sabia. E na minha opinião sim ele gostava mas não era responsável o suficiente para assumir ela e muito menos falar com o pai dela - A mãe dela já sabia dele, e vivia falando para chamar ele para jantar lá, mas ele nunca ia, - e imaturo de mais para levar um relacionamento tão à sério.

- Ah, amiga, tá na mesma.

Quando ela falava isso significava que estava péssimo.

- O que houve dessa vez?

- Nada, justamente isso nada, ele nunca faz nada, nem tenta, não da nem um passo pra gente ficar juntos.

- Você gosta muito dele né amiga?

- Muito amiga, muito.

O sinal tocou e fomos para a sala. Falei com a Jack, pois ela chegou na hora em que eu estava no banheiro com a Nara.

As aulas passaram voando. Não sei que milagre foi esse, por que nunca na vida que as aulas passam de presa.

O sinal para o intervalo tocou, e fomos todos lá para fora. Fui para a cantina com as meninas comer alguma coisa, pois estava morrendo de fome. E acabei por pegar uma coxinha de frango. Depois de comer e esperar o pessoal comer, fomos para a quadra. E vocês devem saber que como sempre eu fiquei na escadas e os outros jogando futebol e ping-pong. Dessa vez o João também foi jogar. E meu Deus do céu que tanquinho era aquele. Comecei a ouvir música até que alguém da uma cutucada em meu ombro, me viro para trás e vejo a Taís. A ex/atual do Henrique. É incrível como só basta você falar no nome da pessoa (Henrique) que tudo ao redor dele me faz o favor de me atazanar.

- O que você quer? - perguntei. Eu sabia que ela não tinha culpa de nada. E na verdade quem terminou foi eu, eu não iria aguentar ver uma criança longe do pai. Então achei melhor terminar.

- Lorena! Não sei por que, mas eu sinto que te devo desculpas.

- Não, Taís você não me deve desculpas. Eu sei que isso foi uma escolha dos dois, e não seria justo com o seu filho ou filha não sei, ficar longe do pai, por causa de uma namorada.

- Mas, mesmo assim. Me desculpa. E se serve de consolo, ele não te esqueceu. Na verdade ele nunca tentou esquecer.

- Azar o dele. Porque eu consegui esquece-lo - O que era verdade, por que eu não gosto mais do Henrique como antes. A única coisa que sinto é mágoa, mas sei que vai passar.

Depois de eu ter falado aquilo ela foi embora. E o sinal avisando que o intervalo havia acabado tocou e fui para a sala sem esperar ninguém.

As aulas passaram de presa também. E,hoje eu não estava com tanta presa para ir embora - igual ontem-, então eu fui com as meninas. na verdade fui com a Tatah e a Reh. É que é assim a Jack e a Nara desce, e eu e as outras sobe.

- Lory o que a Taís queria com você?

- Também quero saber em - falou a Reh do meu lado direito.

Então contei para elas o que a Taís queria. E o que eu falei depois.

- Nossa!

- Por que você falou "nossa" Tatah? - perguntei.

- Ah. Por que eu não imaginava que ele nunca tentou te esquecer.

- Nem eu - falou a Reh.

- Mas para falar a verdade... Eu não ligo tanto para isso.

- De verdade? - Perguntou Reh, sem acreditar muito.

- Sim. De verdade.

Eu havia chegado na esquina da minha casa, dei tchau para as meninas e virei minha rua. Em poucos minutos já estava em casa.

Tomei banho, me arrumei, arrumei a casa de novo. E fiquei assistindo uma séries de filmes de todas as categorias.

1. O grito.

2. O som do coração.

3. Esse é meu garoto.

4. Monte Carlo.

5. Uma prova de amor.

6. Gritos de horror O renascimento.

Quando acabei de ver o último filme minha mãe chega.

- Oi.

- Oi mãe.

- Faz tempo que está assistindo?

- Sim. Desde das 14:30.

- Nossa!

Depois da nossa segunda longa/curta conversa ela foi tomar banho e depois foi fazer comida.

Depois de uma hora mais ou menos. Nós jantamos e eu fui para o meu quarto ler um pouco.

Eu estava lendo: Como eu era antes de você da JOJO MOYES. eu estava na parte em que a Louse foi falar com a Camilla Traynor sobre o Advogado que Will havia chamado para conversar.

Depois que eu li tomei um banho. Coloquei a minha blusa para dormir e me deitei, hoje não havia chegado nenhuma mensagem, nem dos meninos e muito menos das meninas. Então eu adormeci.

Minha vida não é um conto de fadas Onde histórias criam vida. Descubra agora