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23/04

Lory:

Meu sábado amanheceu lindo, com um sol insuportavelmente quente, um belo dia para tomar banho de piscina, só faltava a piscina mesmo. Em dia de sábado eu me permitia dormir até tarde, e depois ia arrumar a casa com minha mãe. E foi exatamente o que eu fiz. Depois da faxina, tomei um banho e fiquei na sala com minha mãe, eu com meu celular e ela com o dela, um silêncio reinava entre nós, até ela falar:

- Lorena, vamos na tia?

A tia que ela quis dizer foi a minha tia, irmã dela. Acho que pelo fato de eu chamar ela de tia, minha mãe acostumou a falar assim, não que ela chamasse a irmã de tia, não, nada disso ela à chamava pelo nome: Cristina.

- Vamos - falei, - deixa só eu arrumar meu cabelo.

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Eu e minha mãe já haviamos chegado na casa da minha tia, ela morava na rua de cima da minha casa.

- Oi tia - falei entrando sem bater.

Nossa família é assim, tudo de casa, somos bem unidos.

- Oi - ela disse.

Minha mãe e ela ficaram na cozinha conversando. Parecia uma reunião de família, pois quase todos os membros dela estava lá. Falei com todos e depois fiquei mexendo em meu celular, até minha prima pergunta:

- então Lo, namorando?

- Não - disse, essa era sempre minha resposta.

- sei.

Nas típicas reuniões de família, sempre acontecia as mesmas coisas, era sempre assim, uma vez ou outra minhas primas que já eram casadas e com filhos, aparecia por aqui, minha vó mais saía com seu namorado/marido, ela tinha se "casado" de novo, era muito raro o Juliano meu primo aparecer por lá, já o Júlio César (primo também) sempre estava na casa da minha tia apesar de já ser casado, minha tia só tinha um filho que ainda morava com ela o Jefferson de 20 anos, já os outros 4 já eram casados, tinham casa própria e filhos. Minha outra tia, a mais nova, só tinha um filho, o Guilherme de 4 anos, e ela só aparecia aqui quando minha vó estava, a Angélica, nome dela, era casada com o Felipe. Os meus tios, Alexandre e João, eram os que mais vínham aqui. Nem preciso comentar que minha família é MEGA gigante, né? É.

Depois de três horas conversando, voltamos para casa, jantamos, arrumamos a bagunça da cozinha e fiquei assistindo filme, enquanto minha mãe jogava no celular dela, ela é super viciada em um jogo de doces, cujo o nome não me recordo. Estava assistindo A órfã. Puro suspense. Depois fui para o meu quarto e adormeci.

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24/04
Domingo:

Não sei o porque mais nunca gostei do domingo, eles são sempre chatos, calmos, nunca acontece algo de interessante neles. Então sempre ficava até mais tarde na cama, então me levantei as 14:00. Sim, eu sei, muito tarde, mais era uma forma de faltar menos tempo para o domingo acabar. tomei banho e desci, almocei, e fiquei no celular.

Minha mãe estava no sofá maior conversando com o Rogério, (meu padrasto) pelo celular. Ele estava viajando à trabalho, por isso não estava em casa, ele trabalha como vendedor de óculos, e o patrão dele quis ir para a outra cidade até o Rogério terminar a dívida, o que resultava em ficar bastante tempo, tipo uns seis meses ou mais. Meu celular começou apitar. Abri correndo para ver se era mensagem de alguém, em uma pessoa em especial "João", mas eram apenas notificações do facebook, solicitações de amizade, mensagens de gente que eu mau conhecia, comentários em minhas fotos, mas o que mais me chamou atenção foi uma reportagem falando sobre a Taís.

" a jovem Taís de apenas 17 anos teve alta do hospital, Mas tem pouco tempo de vida, o médico e nem a família quis dizer o tamanho desse tempo, mas avisou que o filho dela não tem nenhum tumor no corpo ou terá quando crescer, o que já é um alívio para o pai e os avós, nenhum dos parentes quis dar entrevistas. Voltamos depois com mais informações. "

Mas à verdade era que eles só voltariam com mais informações quando ela viesse a falecer, confesso que fiquei com dó dela, porque por mais raiva ou arrependimento que ela sentisse por mim eu ainda tenho pena dela. Ela não merecia morrer, por mais que não seja uma mãe presente e dedicada, ainda assim ela seria mãe do Luca, e ele com certeza iria sentir falta da mãe que mal conheceu. Fiquei pensando no quanto Henrique vai sofrer ainda mais, em cuidar de um filho sozinho, se bem que ele pode se apaixonar de novo, e a nova namorada dele irá poder ajudá-lo, mas a verdade era que não séria fácil arrumar uma namorada quando mal se pode sair para caminhar sem ter que levar o filho junto.

A vida estava sendo injusta com ele, logo ele que sempre foi uma pessoa de bem, exemplar, (tudo bem que as vezes cometia um erro, mas quem nunca errou que atire a primeira pedra) estudioso, competente, um menino de juízo mesmo quando tinha apenas 17 anos, que é a idade em que mais dão trabalho.

*****
Eu e minha mãe estávamos jantando quando tocaram a campainha. Olhei para ela e falei:

- quem será que é?

- não sei, vai lá vê.

- mas mãe....

- mas nada, vai logo! - disse sem paciência alguma.

Então fui atender e vi que era meu tio o João, ele e mais a esposa e os dois filhos Ana Júlia e Lucas. Eles acabaram jantando com nós, a Deise (esposa do meu tio) ajudou minha mãe a arrumar a cozinha, o que eu, claro, não reclamei. E depois ficamos na sala, assistindo e conversando.

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Depois fui para meu quarto ler Depois de você que é a continuação de Como eu era antes de você. Confesso que no começo não é muito legal, mais depois começa a ficar mais interessante.

Quanto mais eu lia, mais interessante ficava, e mais com sono ficava, acabei deixando o sono falar mais alto do que a vontade de ler, então acabei dormindo.

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É eu sei, estou um pouco atrasada com a postagem.

É que tive que fazer um trabalho e nem deu tempo de eu postar, mas em compensação vou postar dois capítulos hoje.

Me desculpem mesmo unicórnios fumantes 🚬😍

- Vick.

Minha vida não é um conto de fadas Onde histórias criam vida. Descubra agora