Minha vida não é um conto de fadas

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24/06

Apesar de ser sexta-feira, o clima não é muito de alegria, o clima está meio pesado aqui em casa, por conta do que aconteceu ontem. E estou nervosa, pois irei conhecer o pai do João.

6:39

Hora de ir para a escola.

- Mãe, estou indo - digo entrando na cozinha e depositando um beijo na sua bochecha.

Saio de casa sem ao menos dizer um "Bom dia" para o Rogério.

Ele não merece.

E minha mãe não merece isso.

E eu não mereço isso.

O cupido deu mancada dessa vez, foi atirar uma flecha justo no Rogério. Fala sério, não tinha alguém melhor perto não? Porque, a gente está falando de um lugar público, havia vários outros homens no local, e, justo o Rogério?

Eu tenho que dar um jeito dele sair das nossas vidas. Não dá mais para ver minha mãe vivendo desse jeito, ela parece um robô, com suas mesmas funções. Ela parou de viver por ela, para viver por mim, e sinceramente, ela já fez o bastante, e da melhor forma possível.

Agora é minha vez de retribuir.

Isso!

Irei fazer com que minha mãe termine com o Rogério, e volte a se divertir como antes.

Agora preciso de um plano.

- LORENA!

- Ai que susto João!

- Você está surda?

- Não, se eu estivesse surda não estaria respondendo você, pois eu não iria entender nada do que v...

- Ok, já entendi.

- Mas porque a pergunta?

- Por que faz cinco minutos que estou te chamando e você nem ai.

- Ata, estava pensando.

- Pensando no que?

- Planos!

- Planos para o que?

- Resumindo, destruição do casal Rogério e dona Vânia!

- Como você acha que vai "destruir" esses dois?

- Não sei, e é por isso, que meu namorado vai me ajudar.

- Ah sim... peraí, o que você disse?

- Qual parte?

- A parte em que você disse que eu vou ajudar, sendo que eu nem fui informado disso ainda.

- Acabou de ser informado.

- Muito engraçada você!

- Obrigada!

- Mas enfim, não me mete nos teus rolos. 

- Ué! Porque?

- Acabei de conhecer a sogrona, não quero encrenca pro meu lado.

- Aí, cagão.

- Cala a boca vai.

- Relaxa, depois nois resolve isso, vamos entrar nessa bagaça logo - falei indo procurar a turma.

- Você é tão bipolar - ele disse me seguindo.

- Vou levar isso como um elogio.

- Mas não é um elogio.