Minha vida não é um conto de fadas

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15/04

Lory:

Depois da escola e depois de ter falado com a Tatah. Fui para minha casa, tomei um banho me arrumei, arrumei a casa e saí indo para a casa do Henrique. Eu tinha decidido que falaria com ele. Só não sabia o que nós íamos falar. O Henrique morava um pouco longe da minha casa, más consegui chegar bem rápido, toquei a campainha e fiquei esperando. Quando a porta abriu ele me olhou surpreso, até eu ficaria surpresa se alguma coisa assim acontecesse comigo.

- Lory! - ele disse - Entra.

Então eu entrei.

- Oi - falei

- Tá tudo bem? Porque desde daquele dia você não fala mais comigo, não manda mensagem, nem nada.

- É que eu não achei certo te mandar mensagens depois do nosso término, por que se fosse para terminar tinha que ser pra valer, e você sabe que eu não tive escolha.

- Mas Lory, eu podia muito bem ser um bom pai e ao mesmo tempo namorar com quem eu gosto de verdade, eu ia conseguir..

- Não Henrique, não ia não, você não ia conseguir, como eu poderia, como eu seria tão cruel a esse ponto? Como eu poderia tirar um pai de um filho? - perguntei.

- É, você tem razão Lory, eu não ia conseguir, se já é difícil mesmo estando com a Taís, imagina ter que me dividir, você nem ia ter minha atenção direito, - disse com a voz falha e triste.

Me sentei no sofá, e ele sentou do meu lado. Ficou um silêncio quase insuportável, então resolvi falar alguma coisa.

- Eu fiquei sabendo sobre a Taís. Eu... sinto muito - disse.

Ele me olhou e depois olhou para baixo.

- Eu penso mais no Luca, porque ele vai sentir bastante falta da mãe - ele disse e olhou para mim, - sabe Lory, - ele continuou - desde que nós terminamos a única coisa que me faz feliz é meu filho, eu sinto muito sua falta, sei que eu e a Taís fomos imaturos, e erramos, mas mesmo assim, depois do que passámos juntos eu não consegui mais te esquecer, eu acordo todo dia do lado de uma mulher que eu não amo, não que eu não esteja feliz por ter tido o Luca, pelo contrário, estou muito feliz e ser pai é uma coisa muito maravilhosa, só fico triste por não te ter por perto, seria tão bom eu ter as duas pessoas que eu mais amo do meu lado.

Quando ele terminou eu estava chorando. Foi lindo o que ele falou. Mas mesmo assim não poderia dar esperanças para ele.

- Henrique, eu fui muito apaixonada por você, o que a gente viveu juntos foi lindo, maravilhoso eu nunca apagaria o que vivemos um com o outro, mas mesmo assim nós não estávamos preparados para lidar com esse amor, você tinha seu filho para cuidar, e então no tempo em que ficámos longe, eu tentei, me esforcei, fiz o máximo para eu consegui te esquecer, e te falo que eu consegui, de verdade, eu te esqueci, mas o que não estava me deixando seguir totalmente em frente era o fato de eu e você ainda ter muito para conversar, por isso eu vim, para nós colocar um ponto final de vez, e seguirmos nossas vidas em caminhos opostos. Mas eu quero sua amizade, quero que a gente seja amigos como no começo - disse. E olhei para ele.

- Não Lory, a sua amizade não é o suficiente para mim, eu quero mais, quero ser bem mais que um amigo e se não for assim eu não quero, não quero olhar para o lado e ver a pessoa que eu amo, amando outro, isso seria demais para mim, então se não posso ter seu amor, não quero nada - quando ele disse fiquei meio chateada, porque eu queria muito a amizade dele, como antes, mais eu sabia que nada seria como antes. Então eu ouvi um choro, um choro de nenê. Henrique levantou e subiu as escadas correndo, quando ele voltou ele estava com o Luca, achei muito fofo.

- Ele é lindo - falei olhando para o Luca.

- É, ele é lindo - Henrique disse concordando.

- Bom, eu já vou Henrique, só vim para nós conversar, tchau, tchau pequeno - falei e dei um beijinho na bochecha do Luca e dei um abraço meio de lado no Henrique. Fechei a porta atrás de mim e dei um suspiro bem longo.

Narrador:

A pequena não sabia mais após sua saída, o menino falou um "tchau meu amor", por mais que Henrique tentasse não seria fácil esquecer a loira, eles viveram muita coisa juntos, não seria fácil deixar tudo para trás. E o que os dois não sabiam era que Lorena não gostava mesmo de Henrique ela havia conseguido esquecer ele há um bom tempo, a pequena não estava falando da boca pra fora, ela falará a verdade mesmo ele não acreditando.

E bem longe dali, João estava deitado em sua cama, pensando na conversa que tinha ouvido sem querer da Tatah e da Lory, e ele não sabia o motivo, mais algo crescia dentro do peito dele só de pensar que a loira iria falar com o Henrique, era um sentimento bem ruim, um sentimento do qual ele não desejava a ninguém. Mas uma pergunta que não quer se calar é: séria possível alguém se apaixonar por apenas alguns meses de ter conhecido a pessoa amada? Seria capaz de ser amor a primeira vista? Bom, isso eu não sei, e mesmo se soubesse não seria fácil explicar, na verdade só vamos saber a verdade com o tempo. O tempo que as vezes passa rápido, as vezes lento demais, e quando se trata de amor, aí que ele demora mais ainda, e quanto mais ansioso você fica, mais lento ainda ele passa, mas quando você não está ligando, ou quando você saber esperar ele passa bem rápido, tão rápido que você nem vê, mais as vezes o tempo pode ser traiçoeiro.

Lory:

Demorei o mesmo tempo para chegar em casa, e por sorte quando cheguei minha mãe ainda não tinha chegado. Então fiquei assistindo enquanto ela não chegava.

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Minha mãe chegou à, exatamente 19:00, ela fez o que sempre fazia quando chegava, tomava banho e ia fazer a janta, depois nós comia e eu ia tomar banho e me deitar. E foi o que fizemos. Mas hoje não estava muito afim de ficar conversando no celular, só falei um pouquinho com a Tatah mas logo ela foi dormir e eu também.