Capítulo Dezesseis

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 Espero que sobrevivam ao final desse capítulo!

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Espero que sobrevivam ao final desse capítulo!

O casamento da Mia e do Enzo seria à noite, mas saímos cedo de San Gimignano para não enfrentarmos engarrafamentos e termos um tempo para curtir as praias de Cinque Terre, afinal, o local era simplesmente lindo.

O povoado era pequeno, mas de uma extrema organização e bom gosto. Em todas as ruelas, havia bistrôs e lojas pequenas que vendiam desde peças de roupas de praia até instrumentos musicais. Os restaurantes, meus principais alvos naquela viagem, eram tipicamente de frutos do mar e tinham um sabor inigualável. Conhecer Cinque Terre não estava nos meus planos, mas aconteceu da forma mais natural possível, com as companhias certas.

Cansados de andar, sentamos na balaustrada e ficamos a admirar o mar. Matteo, Bernardo, Conrado, Valentina, Pietro e eu. O sol estava a pino e eu imediatamente me arrependi por não ter usado um protetor solar. Pietro foi o primeiro a perceber o quanto eu já estava vermelha:

Antonella, você está ficando vermelha. E, dessa vez, não é de vergonha. – ele falou um pouco mais baixo a última frase, tocando nas minhas bochechas.

— Eu me esqueci de passar o protetor solar. – expliquei, observando o quanto ele parecia preocupado comigo.

— Você não quer pegar uma insolação, não é? – ele perguntou num tom cuidadoso e eu neguei com a cabeça. – Pessoal, esperem aqui enquanto eu e Ann vamos comprar algo que a proteja do sol.

Como sempre acontecia, Pietro entrelaçou nossas mãos na maior naturalidade. Eu não protestei e mantive nossas mãos grudadas, afinal, era bom me sentir mais perto do Pietro – embora cada vez mais preocupante. Já de volta ao local em que estávamos, sentei-me na balaustrada e ele sentou-se ao meu lado, me abraçando pela cintura. Estranho, mas estar tão perto dele parecia ser o certo a se fazer no momento.
***
Próximo ao horário do casamento, Valentina dava inúmeras voltas no quarto da pousada, como se isso a deixasse mais calma. O motivo de tudo isso: o Conrado. Acontece que, naquele dia, eu também não estava nas minhas melhores condições para dar conselhos ou acalmá-la porque, por algum motivo, eu sentia meu estômago embrulhar, como se aquelas famosas borboletas passassem a habitá-los depois de tanto tempo. Isso só piorou quando avistei o Pietro.

Talvez eu já tenha dito isso algumas vezes, mas Pietro estava absolutamente encantador naquele dia. Sua pele estava mais bronzeada do sol de mais cedo, contrastando perfeitamente com os seus olhos verdes e ele usava uma camisa branca social dobrada na altura do cotovelo. A surpresa parece ter sido recíproca, pois ficamos um bom tempo nos encarando, como se nada mais ao redor importasse.

— Obrigada por ter vindo. – ele sussurrou assim que todos se afastaram.

— Não precisa me agradecer por isso. – sorri, já indo em direção ao grupo em nossa frente.
***
O local do casamento estava indescritível. Privilegiados pela vista da beira da praia, a decoração do evento foi totalmente pensada de forma que a pousada se transformasse num verdadeiro resort, daqueles existentes no Havaí. Além de cabanas espalhadas entre as mesas e cadeiras brancas de ferro, a grama estava totalmente completa de pétalas de flores brancas, tornando o local ainda mais pacífico. Para deixar o local ainda mais agradável, redes de balanço se espalhavam pelo jardim, combinando perfeitamente com o ambiente criado pela música lenta que tocava ao fundo.

AntonellaOnde histórias criam vida. Descubra agora