Capítulo Doze

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Abaixem que esse capítulo é tiro! 

Obs.: sem revisão por motivos de: não tive tempo.

Óbvio que, no dia seguinte, todas as atenções foram dedicadas a saber o que aconteceu com Conrado e Valentina na noite anterior. Bernardo não passou uma hora sequer sem investigar a irmã, enquanto Matteo tentava arrancar alguma informação do Conrado – sem sucesso.

Aparentemente, os dois estavam bem e apenas isso. Digo, não percebi nada de diferente na relação entre os dois que caracterizasse um casal recém-formado, até porque, a troca intensa de olhares e o carinho entre os dois continuavam acontecendo, mas isso era típico dos meus amigos. Preferi não comentar nada acerca do fato perto dos garotos, mas dava para perceber o quanto a Valentina estava louca para me contar tudo que havia acontecido.

Logo no início da tarde, mamma e babbo me ligaram e mataram as saudades de mim. Mamãe me contou que havia almoçado com Lexie na semana passada e que a minha amiga só sabia falar o quanto estava com saudades de mim. Papai, como sempre, queixou-se do quanto era difícil administrar o Cesare's sem mim, mas fez questão de dizer o quanto estava feliz em me ver feliz. Nonno Enrico e nonna Francesca também fizeram o mesmo. Já no fim da tarde, Bernardo e Matteo reclamavam incessantemente do que eles consideravam ser o Tédio da Casa de Campo:

— Acho que já estamos velhos para essa viagem... – Bernardo murmurou.

— Que tal se a gente der uma passada no centro da cidade? – Conrado sugeriu, brincando com uma garrafa de refrigerante.

— Você só pode estar pazzo, Conrado. – Valentina revirou os olhos, chamando o seu amor de louco, enquanto Pietro ria ao meu lado.

— Mia e Enzo me mandaram uma mensagem dizendo que vai estar animado. Em menos de duas horas, se o trânsito ajudar, estaremos lá. – deu de ombros.

— O que você acha, Ann? – Pietro perguntou, fazendo todos direcionarem o olhar a mim.

— Eu acho que pode ser legal. – sorri e ele sorriu junto comigo.

— Só falta você concordar, Valen. – Matteo comentou.

Tutto bene. Vamos! – a ruiva disse, me puxando em direção ao quarto.

A noite estava bem mais quente naquele dia e assim pudemos optar por roupas mais leves. Durante o tempo que nos arrumamos, tentei ver formas de perguntar a Valentina sobre a conversa com o Conrado, mas eu não sabia se tinha intimidade suficiente para isso. De qualquer jeito, resolvi arriscar:

— Você não voltou ontem... – falei despretensiosamente, prendendo a lateral do meu cabelo numa trança.

— Tenho certeza que Pietro foi uma ótima companhia. – declarou gargalhando e eu semicerrei os olhos.

— Eu estava tentando ser sutil e esperar você entrar no assunto sobre sua conversa com o Conrado, mas já que você não me deu alternativas... E aí, já se declararam? – perguntei, analisando como havia ficado a trança.

— Já. – respondeu, desviando a atenção para a sapatilha em seu pé.

Naquele momento, não entendi porque Valentina estava sendo tão corajosa e respondendo a minha pergunta com a maior naturalidade, mas logo ela me explicou o motivo de tudo isso: Conrado estava indeciso. Valentina me contou ter exposto todos os sentimentos e salientou ter encontrado força até onde ela não sabia que existia e, bom, Conrado havia feito o mesmo, mas se mostrou extremamente indeciso quanto a assumir tais sentimentos.

AntonellaOnde histórias criam vida. Descubra agora