A queda de um miserável chamado Max Constantine

946 82 9
                                    

-Não,é perigoso demais Novattely,sabe que não pode ir para Riun Tay ferido dessa maneira. Você não suportaria. Já esperou tanto tempo meu amigo,custa esperar mais algumas semanas até que esteja recuperado o suficiente para ir?

-Mas Trins não suporto mais ficar longe delas,elas estão prestes a fazer quatro anos e eu nunca as vi,não vi seus primeiros passos,não escutei suas primeiras palavras. Eu não sei nada sobre elas,além das fotos que me traz.

-Sei que é difícil meu amigo,mas não posso te colocar em risco,a viagem é difícil e a descida mais ainda. Espere mais três semanas,é tudo que te peço. Depois eu mesma te levarei Riun Tay.

Mesmo contrafeito Novattely aceita minha proposta,não que ele tivesse outra escolha afinal sou a única que conheço o caminho para o templo,mas o que ele não sabia era que eu estava preparando uma surpresa para ele. Ele estaria com as filhas mais cedo do que imaginava.  

Pouco antes das 10 horas da noite,dei um ''boa noite'' aos rapazes que ficaram na sala e fui para meu quarto,afinal,eu tinha um velho ''amigo'' para visitar no hospital. Acordo as cinco horas da manhã e saio para correr,volto tomo um banho e vou fazer o café da manhã.Enquanto o faço cantarolo uma música qualquer,meu pai e Novattely entram na sala e estranham meu bom humor,mas nada dizem.

Tomo meu café da manhã e deixo a louça suja para os rapazes,volto para o quarto,coloco meu uniforme,pego as chaves da moto e o capacete. Volto para a sala e meu pai esta lavando a louça,enquanto Novattely a seca.

-Vou sair. Não sei que hora volto.

-Vai sair durante o dia Trinna? É perigoso.

-Eu sei pai,mas vou apenas visitar um conhecido,não vou correr atrás de briga.

Novattely olha para mim e quando entende o que eu quis dizer,fica surpreso,mas logo diz.

-Claro que não va correr atrás de briga,vai de frente a ela.

-É isso aí,Ian. Digo sorrindo e saio da sala,sei que meu pai não entendeu nada,mas por hora é melhor assim.

Enquanto no elevador ligo para a pessoa que me mandou o e-mail,confirmo a hora com ele,sigo meu caminho. Cruzo a cidade direto ao meu destino,pego meu crachá de visitante e subo para o quarto. Posso ver duas muralhas paradas em frente a porta,mas foi fácil tira-los da jogada,entrei no quarto.

Constantine lia algo no jornal,parecia concentrado nem sequer levantou a cabeça para ver quem havia entrado no quarto,quando ouviu a porta se abrir.

-Você esta atrasado Galileu. Eu disse que queria meu café as oito horas e agora já são quase oito e dez. Diz Constantine com os olhos ainda no jornal.

-Desculpe,mas não trouxe seu café Max. Digo e ele logo ergue os olhos assustado.

-Você tem muita coragem de vir aqui,sua puta,ou esta querendo morrer.   Constantine tenta pegar a arma que esta na mesa de cabeceira,mas eu digo.

-Não se de ao trabalho Constantine,você nunca iria conseguir me atingir,nem mesmo estando em perfeitas condições,ferido então,nem se fale,além disso eu não vim aqui brigar,vim apenas apreciar o show. E de adianta tentar chamar seus gorilas eles nesse momento dormem feito bebês.

Na próxima maia hora fico ali no quarto ouvidno os xingamentos proferidos contra mim,mas ainda sim mantenho minha expressão neutra,sei que ele vai pagar por cada palavra que me disse,assim como por todos os crimes que cometeu.

Então eu olho no relógio,e interrompo seu monólogo de palavrões:

-Diga-me Max,você gosta de xadrez?

-Sim,mas o que isso tem a ver com sua presença aqui,desgraçada?

-Nossa quanta educação. Bem como eu ia dizendo nosso embate foi uma batalha de xadrez,mas como tudo tem seu fim,aqui é o nosso. Xeque Mate. Digo jogando para ele o rei do xadrez.

No momento seguinte o quarto é invadido por policias federais,vindos de todos os lados,um deles vem acompanhada de um médico que logo dá alta médica a Constantine que sai sendo arrastado pela policia.

Na mídia não existe outro assunto,apenas os crimes que Constantine cometeu. Mas como tudo isso?

Simples antes de ir atrás dele na noite anterior,eu mandei todos os arquivos para a mídia,e também estava trabalhando a quase um ano em conjunto com a policia federal,em uma tentativa de pegar o nosso peixe grande. Ao que parece alguns federais tem inteligência e fizeram bom uso das informações do pen drive que entreguei a eles.

Me despeço da chefe da operação, a Sargento Benson,agradeço pelo apoio e rumo para casa,eu já havia visto o espetáculo,e já sabia quis seriam as próximas cenas.No meio do caminho encontrei Zeo e juntos todos nós rumamos para casa.

Eu sorria como nunca mais havia feito depois da morte de meu amigo,mas naquele momento,com a prisão de Constantine,eu havia tirado um peso enorme das minhas costas.

A filha do Batman:GothamOnde histórias criam vida. Descubra agora