A filha do Batman:Gotham

Cara a cara com a Liga da Justiça

Eram cinco heróis  ao todo, um cara com uma roupa vermelha com um raio amarelo no peito, uma mulher com asas e um olhar assassino para mim, um cara com roupa preta e verde com  um anel brilhante, uma morena vestida com um maiô e um homem verde. Logicamente eu conhecia eles, era da Liga da Justiça, eu via eles na tv quando não estava dormindo depois de uma patrulha.

Muitos ficariam intimidados com o olhar que eles me davam naquele momento, mas eu não, vocês sabem que sou louca e se não soubessem ficaram sabendo agora. Me levantei cambaleante, saía muito sangue pelo corte na testa e doía muito também.

- Então é assim que me agradecem por ter salvado seu amigo? Mandando o ligeirinho aí me lançar contra uma pedra?

- Ajudar? Você estava indo matá-lo. Diz o Lanterna Verde. - Essa Kriptonita em sua mão já diz tudo.

- É idiota ou o quê? Essa pedrinha aqui eu tirei das costas de seu amigo, por acaso não notou que ele esta com um curativo ao redor do peito não?

Eles entreolharam-se com uma expressão culpada.

- Espera aí então vocês vêm para salvar seu amigo e ao invés de ver como ele esta vocês me atacam? Que tipo de super heróis são vocês?

Então a Mulher Maravilha vai até onde está o herói ferido e depois de examina-lo diz:

- Ela esta falando a verdade, ele tem um curativo muito bem feito na realidade.

Dou um olhar assassino para eles e saio de entre eles e vou para meu carro, o sangue ainda corre pelo meu rosto, então assim que chego no carro pego uma das faixas que sobrou no kit e enrolo firmemente na minha cabeça, estancado momentaneamente o sangramento.

Estou um pouco tonta pela perda de sangue, tanto pelo corte na mão que fiz durante a retirada da pedra, quanto pelo ferimento na minha cabeça, alguns pontos negros estão girando em frente aos meus olhos, mas ainda sim ligo o carro e o coloco em movimento, pelo retrovisor,vejo que o Marciano e a Mulher Maravilha olham em minha direção mas não me importo. Acelero e em 40 minutos chego a minha casa.

Assim que entro na sala percebo que estou encrencada, meu pai e Oliver andam de um lado para o outro, enquanto Alfred esta sentado em um dos sofás, mas assim que me veem correm até mim.

- Onde você estava? Pergunta ele praticamente gritando.

- Fui dar uma volta. Respondo - Vocês estavam ocupados e não quis atrapalhar. Finalizo olhando diretamente para o chão, mas sinto a mão de Oliver, que estava no meu braço me dando apoio, estremecer.

- Vou para meu quarto descansar. Digo e faço questão de ir até a escada, mas então a escuridão me envolve e não consigo ver mais nada, minha última imagem é um par de mãos aparando minha queda.

Acordo e vejo que estou outra vez na enfermaria, mas nenhuma agulha está ligada ao meu braço, pelo menos isso, significa que não estou tão mal assim.

- Droga, detesto enfermarias. Resmungo e logo depois meu pai esta ao meu lado.

- Finalmente acordou, meu amor. Estive preocupado, você perdeu muito sangue, tive que fazer uma transfusão de urgência. 

- Eu tô bem pai. Me sento na cama e o puxo para um abraço que ele logo retribui.

Depois de alguns minutos ele me afasta o suficiente para poder olhar em meus olhos e diz:

- Filha como você se machucou desse vez? Não me diga que vestiu aquela sua fantasia outra vez. Diz ele preocupado.

- Não papai, ainda não voltei a vestir minha fantasia, talvez nunca mais volte a vesti-lá, - digo ao ver sua expressão se fechar - Foi o seguinte: Eu realmente saí para dar uma volta, conhecer a cidade, mas depois de um tempo me lembrei que não tinha te avisado que iria sair e você estaria preocupado, fiz então um retorno para casa, foi quando uma bola de fogo passou raspando por mim, quase me acertando. Curiosa eu saí do carro e fui até a cratera que se formou esperando encontrar um meteorito, mas em vez disso encontrei o Superman ferido, com uma pedra verde cravada nas costas, eu ajudei ele, fiz o curativo e o tirei da cratera, quando voltei para mesma para buscar o Kit de primeiros socorros e a pedra, a Liga chegou e entendeu que eu que tinha ferido o amigo deles, então o ligeirinho deles me atingiu, agindo sob as ordens do Lanterna Verde e me jogou contra uma pedra onde eu bati a cabeça.

Enquanto eu contava pude notar que o seu semblante mudou de preocupado para raiva, não entendi o motivo, mas então ele perguntou:

- Mas e o ferimento na mão?

- Esse foi quando eu tirei a tal Kriptonita das costas do Superman, o idiota com o anel me disse o nome da pedra, antes que pergunte. Depois que me levantei, discuti com eles, pois em ao invés de ver como o amigo estava eles me atacaram, depois disso mesmo ferida eu vim embora, foi isso que aconteceu pai. Trinity nada teve a ver com meus ferimentos  dessa vez.

Depois dessa conversa, meu pai me levou pro meu quarto e disse que Al traria meu jantar, depois saiu arrastando Oliver para o escritório e eu não vi mais eles.

Fui tomar um banho para tirar aquele sangue seco do meu cabelo, depois vesti uma calça de moletom, um top de ginástica e uma blusa enorme que peguei no quarto do papai, calcei um par de meias fofas e fui para meu escritório.

Assim que sentei na minha cadeira muito confortável, liguei meu computador e acionei o sistema espião, a cidade estava virando um caos, mas percebi que ainda não era hora de voltar, ela tinha que provar um pouco o gosto amargo que minha falta tinha, decidi que apenas voltaria para lá quando as coisas se alastrassem para fora da cidade.

Depois disso vou falar com Tiago conto tudo o que aconteceu desde a última vez que conversamos, conto sobre minha briga com Richard, treinos com Oliver, e mais recentemente meu encontro com a Liga da Justiça, ele ficou embasbacado com o comportamento deles comigo, mas eu disse que já era passado e de nada adiantaria falar sobre isso.

Falamos então sobre minha festa meu aniversário no próximo fim de semana, ele confirmou que viria dois dias antes para me ajudar com a organização, enquanto conversávamos, Alfred chegou com meu jantar, agradeci e ele e me despedi de Tiago, logo depois jantei, escovei os dentes e caí na cama, dormindo imediatamente.