Sister

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            (Beatriz)

     Como meus amigos estão? Será que eles estão bem? Oh Deus, e a Ariana? Onde Ariana deve estar a uma hora dessas? Deus queira que bem. 

    Que saudade da Perrie, do Louis, do Harry...meus meninos precisam estar bem para fugir desse lugar. A pior ideia que tivemos foi ter vindo para este lugar, esta floresta maldita.

   Se eu pudesse voltar no tempo...

-Você não pode. -saio de meus devaneios. Ao ouvir a voz do Malik. Meus pelos do corpo se arrepiam.

-O que disse? -Ajeito-me na cadeira.

-Não há como voltar no tempo, é impossível. -ele diz então. Abro a boca, mas não falo nada.

-Como? Você lê mentes agora?-Eu zombo.

-Engraçado que a sua é a única que eu não posso desfrutar. -ele me olha sério como se realmente estivesse tentando ler os meus pensamentos.

-Me diz como...

-É óbvio. Sua expressão, seus devaneios, o modo como você batucava o dedo na mesa. E além do mais, todos pensam desta maneira...se eu pudesse voltar no tempo. -ele continua sério. Eu concordo mesmo não querendo. Ele está correto em questão.

-Você me disse que conhece essa floresta melhor do que qualquer um aqui. Então me diga a quanto tempo você anda por aqui. -ele se remexe desconfortável na cadeira.

    Eu me levanto em um ato rápido, caminho até um pequeno armário que há atrás de mim. Abro a terceira gaveta, tiro de lá o bolo de chaves. Eu pego-as e vou em direção dele. 

   Temo, mas preciso tentar. Não o posso deixar desta maneira, ele não é um animal que marece ficar preso. 

-O que vai fazer, Dra.Colis? -Mesmo que a sua voz contenha um pingo de ironia, eu não me importo. Apenas abaixo em sua frente, vejo a corrente em suas pernas que chegam até o seus pés onde no final tem um cadeado.

    Levanto a cabeça e encaro seus olhos tão bonitos. 

-Estou retribuindo o seu favor. - lembro-me da floresta, ele me deixou ir. 

   Malik não diz nada, apenas me continua olhando em meus olhos com certa intensidade e precisão. 

   Enfio a chave dentro do cadeado, e puxo com cuidado as correntes que vão caindo pelo chão. 

  Ele mexe suas pernas; me levanto, vou para trás dele, toco as suas mãos e subo para a camisa de força. Depois de um tempo tentando soltá-lo, eu finalmente consigo. 

   Mas deixo suas mãos com as algemas presas, é mais seguro assim. 

   Volto a me sentar de frente para ele. O silêncio nos tomou conta, não me importo com isso. 

-Acredite ou não, mas são muitos anos que venho morando na floresta.

-Quando tempo? Consegue se lembrar?

-Talvez.

-Gostaria de me contar?

-Apenas saiba que são muitos anos. -concordo.

-Por que você saiu da cidade e veio para cá, Malik? 

-Nunca estive na cidade. 

-Nunca? 

-Nasci aqui e fui criado aqui. Não haviam motivos para eu sair da floresta.

The Killer/ EM CORREÇÃO/Onde histórias criam vida. Descubra agora