Charlotte

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(Beatriz)

-Escute, Perrie. Você precisa acreditar em mim. -estamos as duas atrás de uma rocha.

-E-eu acredito em você, Bia. O que quer me falar? -Seus olhos azuis estão enormes.

-Eu sei que vai parecer loucura, mas essa mulher é ruim. Quero dizer, pelo menos quem está dentro dela.

-O que? 

-Zayn havia me contado uma história completamente antiga. Era algo sobre "a maldição" deste lugar. E eu tenho certeza que isso é real.

-Mas o que é real, Bia? Ela é só uma mulher estranha, procurando por seu filho. -nego.

-Não! Essa mulher não é quem parece ser, Perrie. Não é fácil de entender e nem de explicar, mas eu quero que me ouça atentamente. -falo e ela concorda.

-Sim, eu ouvirei. 

-Corra para longe daqui. Encontre a minha irmã e o resto do grupo e se salvem. -falo.

-Certo, mas e você? O que fará? 

-Eu encontrarei o filho dela. -digo. Um raio brilhante, faz-se no céu escuro. O trovão soa tão alto, que o chão treme. 

-Prometa ficar segura? Prometa voltar para nós. -ela tem os olhos cheios de lágrimas. 

-Eu prometo. -beijo as costas de sua mão.

-Ótimo. E por onde eu começo? -pergunta a loira.

-Por lá. -aponto para a grande árvore.

-Siga ela, pois ela te guiará até eles. Agora vá. -Perrie me abraça forte e se levanta.

-Eu te amo. -a loira diz.

-Eu te amo, Pezz. -ela sorri e corre para longe de mim. 

   Suspiro tomando coragem para levantar. Fecho os olhos e conto até três mentalmente. Eu estou pronta para enfrentá-la. 

  Levanto-me e logo dou de cara com a figura ruiva, em minha frente. Seus olhos são brilhantes, mas ao olhá-los com mais intensidade, é possível ver a escuridão.

-Achou que fugiria de mim? -ela pergunta.

-Eu ao menos tentei. -respondo sem nenhuma dificuldade.

-Sabe, senhorita Colis. Enquanto todos estavam atrás de você. Eu fiquei apenas observando o seu comportamento, as suas falhas, os seus acertos. -ela me rodeia. 

-A troco do que? - continuo parada. 

-Gostaria de te entender melhor. Mas eu honestamente não compreendi muita coisa. -Ela franze o cenho.

-E o que você quer comigo? Por que está aqui? Por que não entrou de uma vez e me matou lá dentro? -viro-me para ela. Nos encaramos.

-Porque eu não podia entrar. Angelina lá estava e se ela entra, eu fico fora. -Explica.

-Ainda  não me contou o porquê de estar me perseguindo. -falo.

-Tem coisas que você não precisa saber. E não é para evitar algo ao seu respeito. Mas sim, ao nosso. -ela se põe a minha frente.

-Então acabe com isso de uma vez. -falo e ela concorda.

-Caminhe. -sua voz soa firme. 

   Eu começo a caminhar e ela continua atrás de mim.

 -Eu sei seu nome. -falo, mas mantenho o meu caminho.

The Killer/ EM CORREÇÃO/Onde histórias criam vida. Descubra agora