Jimmy stop!

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  (Beatriz) 

  Entro no black mirror como um raio. Corro para o final da cela, não falo com ninguém. Eu só preciso o ver e entender o que ele é olhando em seus olhos.

 -Malik. -o chamo. 

-Sim, doutora? -ainda não o vejo. Ele está no fundo da cela escura e fria.

-Precisamos conversar. 

-Mas ainda não é o meu horário.

-Não importa! Você sabe que nós precisamos conversar.

-Então diga...diz o que quer dizer, doutora. -ele sai do fundo da cela e caminha até a grade, onde a segura firme enquanto me encara com um mínimo sorriso de canto.

-Você não tem um arquivo. 

-É pecado? -ele sorri.

-Eu estou falando sério. 

-E eu também. 

-Você não deveria estar aqui. Você pode não estar aqui. -seguro firme a grade enquanto aproximo o meu corpo da grade.

-Nem tudo é como nós pensamos, não é? -ele continua me encarando sem ao menos piscar.

-O que você quer me dizer? -franzo o cenho.

-Dê-me sua mão. -ele estica a sua mão. Eu nego dando um passo para trás.

-O que pretende fazer? -entorto a boca.

-Bem, você não vai querer testar? -ele balança os dedos.

-Malik..

-Vou ter que pedir para que confie em mim, doutora? -seu sorriso só aumenta.

 -Eu não confio em você. -travo os dentes.

-Sabia escolha, Beatriz. Agora, dê-me sua mão. -ele insiste sem muito demonstrar.

  Me amaldiçoo, mas o obedeço. Eu toco a minha mão na sua. Ele segura a minha mão com certa força, mas não me machuca. Seus olhos encaram os meus, e então minha visão vai embaçando até ficar completamente branca.

  "-Corra, criatura. -ele diz para o coelho branco de olhos vermelhos. 

-Eu te darei dez segundos até o seu coração estar em minha mãos. -o garoto continua falando com o pobre coelho assustado. O animal tão inocente corre para longe do garoto. Ele sorri e roda a pedra em sua mão. Continuando no lugar o garoto levanta o seu olhar, ele dá um longo suspiro e levanta os noves dedos de sua mão.

-Eu disse para você correr, coelho. -então ele aponta para algo atrás de mim. Há um homem com vestimenta antiga e olhos arregalados. O menino com a pedra na mão sorri largo e atira a pedra na cabeça do homem assustado, que logo em seguida cai no chão morto. Sem ao menos ter dito (Por favor)." 

  Eu me afasto de Malik e acabo caindo no chão. Eu tento controlar a minha respiração, mas é quase impossível. Meu peito sobe e desce, eu espero que o segundo sintoma apareça. E ele vem, mas não é dor...é prazer e orgulho. 

   Ao me acalmar, eu levanto-me do chão aos poucos e o olho indignada. 

-Por que? 

-Eu dei a chance para ele. -seu rosto agora é sério.

-Você o enganou! -grito.

-É o que você está fazendo agora. 

The Killer/ EM CORREÇÃO/Onde histórias criam vida. Descubra agora