fire ;; taekook

❊ i need help ❊

Acordei com meu celular vibrando no criado-mudo. Esfreguei os olhos antes de o pegar e atendi a ligação, sem ao menos ver o nome do contato.

-Preciso de ajuda-a voz familiar disse no outro lado da linha.

Jungkook.

-Vá pedir para Jimin-eu digo, provocando-o.

-Tae, por favor!-o mesmo pede, manhoso.

-O que aconteceu?-pergunto enquanto levanto-me da cama.

-Só venha o mais rápido possível-ele desliga.

Bufando, vou até meu armário. Troco de roupa e faço minha higiene matinal. Após, vou até a cozinha, encontrando meu pai sentado à mesa enquanto lia o jornal. Pego uma fruta e vou até a sala, juntando minhas chaves de cima da mesa de centro. Guardo-as no meu bolso, pego minha mochila, ponho-a nas costas e saio correndo para a casa de Jungkook.

Quando chego, percebo que a casa continua igual: apenas a tintura das paredes estavam diferente. Bato à porta e fico esperando por longos minutos, sem nenhum sinal de Jungkook. Bufei e, quando estava prestes a dar meia volta para voltar para casa, ele abriu a porta.

E ele estava horrível.

Seus cabelos estavam encharcados e grudando em sua testa por conta do suor. Um de seus olhos estava fechado, já o outro estava avermelho. Sua boca entreaberta, por conta do inchaço de seu rosto, deixava um pouco de saliva sair da mesma. E seus ombros estavam curvados.

-É, você não está nada bem.

↞↠

-Conte-me o que aconteceu-peço, cruzando as pernas. Ele suspira e anda até a cama, sentando-se ao meu lado. Seus cabelos ainda estavam encharcados, mas agora por conta do banho que à recém tomara. 

Felizmente, ele não cheirava mais a sangue.

-Eu estava dormindo quando Yoongi chegou. Ao abrir a porta, ele pulou em cima de mim e me atacou. Ele me socou e me chutou, e parecia estar com muita raiva. Ele gritava e falava algo sobre nossos pais. Depois, ele bagunçou a sala de estar e foi embora-ele fez uma longa pausa antes de continuar-Você foi a primeira pessoa que veio à minha cabeça para pedir ajuda.

Yoongi estava bêbado, pensei.

Jungkook boceja.

-Acho melhor você ir dormir-digo, dando um sorriso pequeno para ele.

-Você vai embora?-o mesmo pergunta, puxando o cobertor da cama.

-Tenho que ir trabalhar-digo enquanto olho as horas em meu relógio-Mas volto mais tarde para ver você. E trago comida, pode ser?

-Por favor-ele sorri.

Ele se cobre com as cobertas e vira para o lado, apagando a luz do abajur. O quarto fica escuro e eu me levanto, indo até ele. Ajoelho-me ao seu lado e sinto seus braços envolverem meu pescoço.

Solto um sorriso bobo.

-Tenha bons sonhos-sorri e saí de seu quarto, cuidando para não fazer barulho ao fechar a porta. Pego minha mochila e vou embora de sua casa, indo para a antiga loja de gibis e discos, localizada na rua comercial da cidade.