Capítulo 18: Agressora?

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Praguejo enquanto saio correndo da farmácia para o estacionamento, como sempre estou desprotegida, embora estejamos na primavera, as temperaturas tendem a cair depois do pôr-do-sol, é típico meu esquecer casacos ou coisa do gênero dentro do carro,...

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Praguejo enquanto saio correndo da farmácia para o estacionamento, como sempre estou desprotegida, embora estejamos na primavera, as temperaturas tendem a cair depois do pôr-do-sol, é típico meu esquecer casacos ou coisa do gênero dentro do carro, imaginei que só passaria no máximo cinco minutos dentro do estabelecimento, só que não esperava encontrar minha madrinha lá dentro, ai mermã, já imaginam o que é colocar as fofocas em dia.

"Eu já tenho que ir, estou congelando aqui fora." Abraço a mim mesma na esperança de comover minha madrinha.

E deu certo.

Depois das despedidas e promessas de entrar em contato, me vejo livre. Não é que a companhia de minha madrinha seja ruim, digamos que no momento prefiro outro tipo de companhia, e se não me apressar perderei a hora.

Felipe!

Repito seu nome mentalmente, eu gosto muito dele. Nós dois andamos trocando mensagens durante toda a parte da tarde. E Lipe realmente é incrível. Não sei como farei para desmarcar o compromisso com a Alice essa noite, talvez ela fique muito puta, mas dependendo do temperamento dela, cancelarei com Lipe no último caso. Mas espero que não!

Como se o universo conspirasse contra minha pessoa, e uma prova de que a noite não será nada fácil, me apavoro com a imagem do meu bebê doente, isso mesmo. Meu bebê está com um dos pneus murcho.

"Você está de sacanagem comigo!" Encaro os céus. Como procurando alguém para culpar.

Não penso duas vezes e disco o número de Felipe, pode parecer um pouco obsessivo mas já até decorei o número dele, isso sempre ocorre uma semana depois de conhecer uma pessoa legal, e quando tudo tem um final trágico, sou assombrada pelos números em minha mente por um período longo.

A ligação cai na caixa postal.

Prefiro não deixar recado no seu correio de voz e a única coisa sensata que me vem na cabeça é chutar o carro com violência.

Será que é muito difícil trocar um pneu? Ou melhor, reformulando a pergunta: Onde diabos vou arrumar um macaco? Doei o meu por ser idiota!

Começo puxar meus cabelos desesperada quando um carro estaciona na vaga ao lado, torço para que seja um homem, ou melhor qualquer um que saiba trocar pneus.

A porta se abre e como se o gatão estivesse ouvindo minhas preces ele fala:

"Algum problema senhorita?" Ele endireita a gravata. Como se fosse uma espécie de hábito, já que ela não precisava de ajustes.

Nunca fui de reparar em roupas masculinas, quem dirá uma gravata, só que essa chamou minha atenção, não pelo fato de achá-la bonita, mas por combinar com o azul intenso dos olhos desse homem! Meu Deus! Para tudo! O tom azul deles acaba de colocar as águas azuis do mar de Perro Chico no chinelo!

Namoro de Mentirinha [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora