Namoro de Mentirinha [COMPLETO]

Capítulo 83: Caso definido!

JANEIRO

"Casa comigo?" Caio cochicha no meu ouvido debaixo do edredom.

Reviro os olhos sabendo que ele não pode ver.

"Já é a milésima vez que me pedes." Rio morrendo de tanta felicidade. "Pediu no natal, na passagem de ano..." Tento inutilmente domar os risos, ao menos falar sem dar risada, mas é uma tentativa fracassada. "Isso é maçante."

Ele respira fundo.

"E estou pedindo novamente, você sabe que sempre acontece alguma coisa ruim e atrapalha tudo." ele ri gostosamente, depois continua. "na maior parte do tempo sou eu quem atrapalha tudo."

"Relaxa, eu já aceitei e você sabe disso." Rolo para cima dele na cama.

"Hum." Sussura sedutoramente e então começa cantarolar: Se você quiser, a gente casa ou namora;
A gente fica ou enrola; O que eu mais quero é que você me queira uoh; Por um momento ou pra vida inteira." Sua voz rouca cantando para mim faz meu mundo ruir sob meus pés, sem condições. Amo essa música.

"Nosso caso é indefinido?" Provoco, mais apaixonada do que nunca.

"Não se você quiser deixá-lo definido." Aperta minha cintura e eu me sinto amada pela sua insistência e me tornar sua esposa."

"Hum." Abafo uma risada.

"Está fazendo um frio do caralho lá fora." Ele comenta.

"Adoro o frio, assim podemos ficar agarradinhos." Falo baixinho e quase pegando no sono com a carícia que ele está fazendo em meus cabelos. Amo sua mão grande.

"Sabe... Preciso te contar uma coisa." Seu tom muda um pouco, talvez seja algo realmente importante.

"Por favor, que não seja algo ruim." Lamento esperando sua resposta e nada... Seu silêncio além de me apavorar, me faz ter certeza que não vou gostar nadinha de saber.

Ele permanece calado, como se ponderasse a ideia de me contar ou talvez apenas procurando a melhor maneira de fazer isso.

"Ah não Caio!" Saio de cima dele irritada. "Por que está fazendo isso? Acabando com nosso momento mágico? Deixa o passado pra lá."

"Não é isso." Percebo sua aflição na voz. "Aconteceu algo quando você estava no hospital e eu preciso te contar, para o bem da minha própria consciência eu sinto que você merece saber, eu no seu lugar iria querer."

Sinto medo no mesmo instante, e se for algo... imperdoável? Irei suportar mais uma bomba? E se for algo que esteja relacionado à Sandra?

"Não quero saber." Levanto da cama imediatamente e caminho em direção a cozinha.

Ele me segue claro.

"Deixa de ser infantil, nem me deixou falar. Pensei que as mulheres gostassem desse lance dos homens serem sinceros." Ele fala alterando a voz.