Capítulo 67: Boas notícias?

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"Então me avise quando você ouvir meu coração parar, Você é o único que conhece, Me avise quando ouvir meu silêncio, há uma possibilidade de eu não saber." (Possibility - Lykke Li)

"Me tirem daqui!" Esbravejo possuído  quando três policiais me jogam atrás das grades

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"Me tirem daqui!" Esbravejo possuído  quando três policiais me jogam atrás das grades. "Vocês vão se arrependerem de terem feito isso comigo seus fodidos," grito ainda mais alto, "todos vocês!"

"É melhor você ponderar suas palavras garoto." Um deles ameaça trancando a cela. "Você já está sendo acusado de agressão física e verbal, nós também podemos meter um processo no seu rabo." Sinto vontade de cuspir na cara dele mas me controlo.

"Melhor assim." Ele fala quando não rebato, olha pela última vez e desaparece.

"Você precisa manter a calma." Meu pai altera o tom. Até ele que sempre mantém frieza em meio a situações difíceis está desesperado.

"Faça alguma coisa Léon." Minha mãe grita estapeando ele. "Vou pedir que me prendam no lugar dele."

"Não seja estúpida Clarice." Meu pai perde a cabeça, é a primeira vez que o vejo usando um tom mais elevado com ela. "As coisas não funcionam assim."

"Dê um jeito." Ela o pressiona novamente. "Se meu filho tiver que ficar aqui eu juro que não resisto." Fico impressionado por alguns instantes pelo desespero da minha mãe, como um dia eu pude achar que ela amara o Carlos mais do que eu? Como Alice mesmo havia me dito: uma mãe jamais escolheria entre um filho e outro.

Alice! É o suficiente para eu começar perder o controle e sacudir as grades com violência.

"Continue." Ele gesticula brevemente para mim. "Se comporte como um louco e você jamais saíra daqui, nem eu mesmo vou poder te livrar dessa. Já está sendo acusado de agredir um enfermeiro e fazer uma cena na frente de todos e agora você faz a mesma coisa aqui, parece que nem vamos precisar da versão dele."

"Estou pouco me importando." Sacudo as grades mais algumas vezes. "Eu vou acabar com essa merda toda se não me deixarem sair daqui, a Alice precisa de mim e aquele enfermeiro fica se metendo onde não é chamado, um pau no rabo daquele, merecia pior."

Meu pai me conhecendo como a palma da mão dele não diz nada, absolutamente nada, apenas se afasta e fica sentado em um banco próximo, aguardando que eu descarregue toda minha raiva, que fique me debatendo como uma criança sem juízo, e ele como sempre está certo, quando meus braços começam arder do tanto que eu sacudi as grades e minha garganta protestar, eu resolvo parar, com a raiva contida e a mente mais limpa, finalmente começo pensar com clareza, me xingar por ser tão descontrolado e impulsivo.

Respiro algumas vezes antes de prometer para mim mesmo que vou colaborar, eu preciso dar o fora daqui o quanto antes.

Meu pai se aproxima depois de alguns minutos.

"Pensei que não fosse se acalmar nunca." Ele diz olhando para o relógio no pulso. "Já mandei minha secretária entrar em contato com o advogado da nossa família." Observa minha mãe se aproximando e então lhe abraça. "Você precisa pelo menos prometer que vai me ajudar, não adianta eu colocar o melhor advogado do país se você ficar dando a certeza para eles que é totalmente desequilibrado e que pode agredir qualquer um sem mais nem menos."

Namoro de Mentirinha [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora