Capítulo 78: Bebê a bordo

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Escovei meus cabelos e tentei baixar o máximo possível do volume com a chapinha, depois passei uma maquiagem leve e joguei o cabelo para trás, o mantendo assim com ajuda de duas presilhas

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Escovei meus cabelos e tentei baixar o máximo possível do volume com a chapinha, depois passei uma maquiagem leve e joguei o cabelo para trás, o mantendo assim com ajuda de duas presilhas. Sou loira de nascença, mas devo ter sido amaldiçoada pela natureza, só pode, o tempo não pode ficar seco demais que ele fica indomável.

Fico na dúvida entre dois shorts e acabo dentro de um vestido rosa com renda nas costas, coloco minhas sapatilhas brancas e dou mais uma arrumadinha no cabelo antes de sair.

Quando chego na sala vejo Alonso passando apressado para área da cozinha, onde ele improvisou uma churrasqueira, nós continuamos apenas trocando algumas palavras quando é extremamente necessário, ele até tenta se aproximar, mas sempre faço questão de ser rude e grossa com ele, e depois do escândalo que a filhinha dele fez aqui em casa, o clima piorou entre nós dois, minha mãe nunca comentou nada, mas sei o quanto ela ficou magoada com as palavras de Laila.

Ainda lembro exatamente as palavras que ela usou: "Eu sabia que vocês duas eram o segredinho podre do banana do meu pai, sempre desconfiei que você andava dando mole para ele, e não se contentou até tirá-lo da minha mãe, espero que faça bom proveito dele, nós duas estamos ótimas sem ele, não precisamos de nada dele, afinal, foi minha mãe que tirou ele da miséria, agora divorciado dela ele é apenas mais sujeito mendigando migalhas do governo..."

Laila saiu totalmente transtornada de casa e sua mãe parecia em choque, acho que no fundo ela tinha esperança que ele voltasse para ela, consigo criar a imagem do seu rosto em minha cabeça, exatamente como ela olhou para gente, estávamos os três assistindo a série The 100 na Netflix e comendo pipoca, acho que foi um golpe muito grande para ela, não esperava que ele estivesse tão bem.

Empurro essas péssimas lembranças para longe e fico olhando para porta, quando inesperadamente alguém bate, não sei se é essa coisa de ligação, mas sei que é ele.

Corro para abrir e meu coração se aquece, vejo Caio com as mãos enfiadas dentro do bolso, ele está usando boné novamente, apesar do grande volume de fios que caem para fora, ficou ainda mais lindo assim, eu esperava vê-lo todo de preto, mas parece que ele resolveu sair do tradicional, está usando uma camiseta branca e calça escura, mas amei o contraste que o branco causou em sua pele bronzeada, destacou seus olhos castanhos assim como os olhos e seu rosto parece mais corado, não sei exatamente o que mais gosto nele, talvez cada pedacinho...

"Oi!" Ele é o primeiro a falar. "Trouxe refrigerante." Avisa e depois se vira para pegá-lo na cadeira. Meu coração perde uma batida, a tatuagem, ela está totalmente visível através da camiseta branca, só agora notei o quanto ela é transparente, poder ver meu nome assim marcado na sua pele de forma tão possessiva e definitiva me faz sentir a mulher mais feliz do mundo.

"Obrigada." Agradeço quando ele entrega o refrigerante.

Ficamos nos olhando sem jeito, nunca sabemos o que fazer quando falta palavras, sei que ele está indo devagar por causa de mim e eu o amo ainda mais por isso. Me inclino em sua direção, ficando na ponta dos pés, e o beijo rapidamente na boca, ele pode ser qualquer coisa para mim, mas o tempo fez questão de mostrar que amigo ele nunca será. E já faz praticamente duas semanas que ficamos, meu corpo grita de saudade, pela falta do contato pele a pele.

Namoro de Mentirinha [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora