Capítulo 63: Disputa de racha

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"Alice eu posso explicar

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"Alice eu posso explicar." Ela tenta tocar-me mas pego minha bolsa e saio correndo, desejando sumir, me jogar nos braços de Caio e chorar até não aguentar mais, agradeço tanto que ele esteja comigo, que o tenha como meu porto seguro, minha âncora, a única coisa que me impede de não naufragar.

Corro o máximo que posso e não viro-me para pedir desculpas no estacionamento por ter tombado com alguém, estou quase decidindo para que lado correr quando alguém me segura por trás.

"O que deu em você?" Alonso pergunta evidentemente furioso. "O que Mason te contou para você ter aquela reação lá dentro?"

Rio ironicamente, que tremendo cara de pau.

"Você realmente é um homem sem escrúpulos." Falo azeda.

"Cuidado com o que fala." Apesar da confiança em sua voz, não me amedrontei, não recuei quando ele diminui a distância entre nós e nem quando sua mão apertou ainda mais em volta do meu pulso.

"Não precisa fazer isso, fingir que não sabe." Cuspo as palavras em cima dele. "Eu também não espero que faça algo a respeito."

"Se importa em explicar?" Perde a paciência aumentando o tom da voz.

"Eu não sou tão burra quanto você pensa." Falo jorrando de raiva. "Eu sei que era você, eu sempre soube, que era você."

"Estive onde?" Ri fazendo pouco. "Você realmente está fora de si hoje."

"Eu lembro de você Alonso." Declaro com firmeza, tendo a certeza de que era ele. No passado eu imaginava que era coisa da minha cabeça, havia formado um rosto para o meu amigo sem nome, já que ele vivia escondido atrás de um capuz, mas quanto mais eu o via nos corredores da escola, mas o rosto que eu criara virava fumaça, desvanecia, no fundo minha mente queria trair-me, me enganar e tudo não passava de um truque, eu mesma alimentava minha mente com a ideia de que a semelhança era apenas uma coincidência, até que eu tive aquele sonho e o vi perfeitamente lá, resgatei aquelas lembranças frágeis e quebradas. Resgatei o rosto de Alonso de algum lugar dentro de mim.

Ele permaneceu calado, fingindo não compreender.

"Você era o meu amigo do parque." Disparo em cima dele. "Você podia até cobrir o rosto, tentar camuflar, mas eu sabia desde o início que era você."

Quando sua ficha finalmente caiu ele começou negar com a cabeça inutilmente.

"Não sei do que você está falando." Faz esforço para manter a voz firme e só deixou que ela falhasse na última palavra.

"Por que fez aquilo se me rejeita como filha? Eu não entendo." Agradeço quando ele frouxa a mão ao redor do meu pulso e aos poucos vou me sentindo mais corajosa, encarando os antigos fantasmas.

"Eu não rejeito." Tenta corrigir. "Só não consigo separar as coisas, eu falhei como pai com a Laila, e você... Apesar de ter tido apenas Abby é mil vezes mais corajosa do que ela." Ele fala com convicção. "Meu pai não foi um dos melhores, apanhei duro para aprender mijar só de medo daquele homem, só de receber uma bronca com o olhar. Não tive no que me basear, desculpa, eu tentei. Mas conforme você crescia eu lembrava dele."

Namoro de Mentirinha [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora