Capítulo 13: Incógnita

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Não consigo entender a frieza que é  lançado desses enormes olhos azuis, Alonso Millar nunca pisou os pés na minha casa, e pelo horário só pode indicar que se trata de um assunto extremamente urgente para que ele tenha se abdicado de suas obrigaçõ...

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Não consigo entender a frieza que é  lançado desses enormes olhos azuis, Alonso Millar nunca pisou os pés na minha casa, e pelo horário só pode indicar que se trata de um assunto extremamente urgente para que ele tenha se abdicado de suas obrigações, ao invés de esperar até o outro dia.

“Vou chamar minha mãe.” Abro totalmente a porta, aguardando que ele entre, por educação.

Alonso passa por mim e antes que eu me mova se apressa em dizer de maneira áspera:

“É com você que eu quero falar.” Me observa enquanto eu giro para encará-lo.

“Comigo?” Pergunto desconfiada. “Eu sinto muito, mas não trato assuntos da escola em minha residência diretor.” Replico, usando o mesmo tom grosseiro dele.

Alonso avança alguns passos pela pequena sala, e ainda se atreve indicar o sofá com o dedo, me convidando para sentar.

Nunca fui com a cara do diretor, na verdade não existe ninguém do colégio que goste dele, quando eu digo ninguém me refiro do zelador até o vice-diretor. Alonso é um homem atraente e bem conhecido no país por direcionar a escola com o mais alto padrão acadêmico, apesar das mensalidades serem exorbitantes, a instituição oferece um ensino diferenciado e com qualidade, onde formam alunos aptos para ingressar em qualquer faculdade, tendo o diploma como uma ferramenta valiosa para abrir infinitas oportunidades.

“Não quero sentar.” Respondo irritada.

“Pois muito bem, eu não vim aqui como diretor e sim como pai da garota que você quase matou estrangulada.” Ele folga a gravata no pescoço, estou de queixo caído pela sua insolência.

“Sua filha já é bem grandinha para ficar se queixando com o pai.” Passo a mão pelos meus cabelos, tentando assimilar o que está acontecendo.

“Você realmente é uma vergonha para sociedade.” Do nada o cara me ofende. “E também o que poderia se esperar da criação de uma garota sem pai.” Ri impiedosamente.

“Eu não vou tolerar que me ofenda dessa maneira.” Aviso aos berros.  “Você não tem esse direito.” Pego uma almofada e atiro em direção a cara dele.

Até tentei, mas o cara foi rápido em aparar a almofada ainda no ar.

“Você já está avisada fedelha, não ouse agredir minha filha novamente, ou eu vou ser obrigado a cancelar a bolsa parcial que o colégio te doou.” A voz de Alonso é autoritária e ameaçadora.

“Mas é ela quem sempre me provoca jogando na minha cara que eu não tenho pai, e pelo jeito você não é muito diferente dela.” Luto para não chorar na frente dele.

“Não é crime dizer a verdade.” Alonso olha o relógio no pulso esquerdo tranquilamente, como se não estivéssemos falando sobre uma grande falta em minha vida, sobre a morte do meu pai.

Namoro de Mentirinha [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora