Capítulo 52: Felipe

1.6K 188 126
                                    

O cheiro de batatinha frita e churrasquinho se prendem no ar, esvoaçando fumaça em toda parte por conta do vento, apesar de não ter me alimentado nas últimas quatro horas não estou com fome

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O cheiro de batatinha frita e churrasquinho se prendem no ar, esvoaçando fumaça em toda parte por conta do vento, apesar de não ter me alimentado nas últimas quatro horas não estou com fome. Já faz uma hora que a banda parou de tocar e apenas as caixas de som fazem o trabalho de manter os jovens dançando entre eles.

"Vou comprar cachorro-quente quer um?" Armando se levanta esfregando a bermuda que está cheia de areia.

"Estou bem, obrigada." Agradeço me ajeitando na espreguiçadeira.

Observo um grupo de longe brincando de pular na água e arrastando uma garota contra sua vontade, as ondas estão agitadas e vejo quando elas se quebram na costa. Vendo o mar assim na companhia da noite ele não parece nada aconchegante, o brilho da lua distorce um pouco a escuridão sinistra que o envolve.

Matias discute no telefone com sua mãe há quase vinte minutos e o quase-namorado da Lurdes está em estado de coma debruçado na areia, ele pegou um porre daqueles, o vendo assim dormindo consigo observá-lo melhor.

Ele é realmente muito bonito, talvez o mais bonito do grupo, lembro-me que sempre o achava metidinho e nunca imaginei que um dia estaríamos no mesmo ambiente, muitas meninas tem uma quedinha de leve por ele no colégio, não sabendo elas que ele tem a mente vazia, isso apaga qualquer beleza, apesar que é difícil imaginar algo que distorça nossa visão do seu corpo musculoso.

Finalmente Matias encerra a chamada.

"Eu fiquei de ir na missa com ela hoje." Me explica. "Realmente não quero ficar ouvindo as pessoas murmurarem que agora sou o filhinho em apuros que precisa de libertação."

"Eu preciso de grana." Falo rindo. "Preciso urgentemente encontrar um trabalho."

"Talvez minha mãe saiba de algum." Fala naturalmente. "Ela arrumou para duas vizinhas de auxiliar numa creche."

"Sério?" Me viro na cadeira para encará-lo.

"Se quiser posso perguntar." Matias é tão bonzinho que não sei como pude cometer a burrice de beijá-lo, eu realmente estava desesperada.

"Nossa eu ia te agradecer o resto da minha vida." Eu quero muito poder ocupar minha mente, nem que seja cuidando de crianças.

"Falo com ela amanhã e te ligo." Ele olha no relógio e em seguida sacode o Lipe com os pés.

"O que foi?" Felipe pergunta sonolento.

"Se não quiser que sua mãe tenha um ataque do coração é melhor irmos logo para a sua casa." Felipe se levanta depois do que Matias falou.

"Droga! Você pode ligar para todo mundo e cancelar a festa?".Felipe luta para se equilibrar.

"Você convidou mais de setenta pessoas e ainda entregou uma das chaves para o Gustavo." Ele o lembra e vejo um rastro de frustração passar pelo rosto de Felipe.

Namoro de Mentirinha [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora