Capítulo 21: Trégua? Eu chamaria de pausa

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“Você é um miserável e eu te odeio

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“Você é um miserável e eu te odeio.” Sussurro com a boca próxima de seu pescoço, a voz embargada.

“Odeia porra nenhuma.” Protesta apressadamente e me pega no colo, apertando-me, como uma prece para que eu me cale. “Não fala essas coisas pra mim. Nunca mais.” O tom de voz dele sai ressentido.

Faço um esforço tremendo para me lembrar o momento exato em que fraquejei nos braços dele, será que foi quando seus olhos brilharam de excitação? Ou quando prendeu a bolinha do piercing entre os dentes? Bom, não consigo me decidir, é bem difícil pensar quando se está mordiscando a barba de alguém sabe, a única frase coerente que consigo formular em minha mente não tem nada a ver com querer bancar a difícil, é mais ou menos uma súplica para que Caio deixe de ser um ogro e nós dois possamos tentar continuar com o relacionamento, só que as coisas não são tão simples assim, e para o bem do meu amor-próprio vou tentar analisar a situação amanhã... É impossível raciocinar com ele por perto, me distrai muito fácil.

Caio se concentra nos dentes, mas sua barba também faz o serviço de pinicar-me. E eu? Estou amando.

“Do que você está rindo?” Balanço um pouco as pernas no ar. Não sei como ele suporta meu peso nos braços por tanto tempo.

“Algo que envolve minha barba e você.” O sorriso dele se escancara diante de sua fala imprudente, mas finjo ingenuidade para interpretar sua intenção maliciosa.

“Hum." Ainda sim enrubesço com a resposta dele. “Eu gosto dela me arranhando, dela ralinha.”

“Você já me perdoou anjo?” Odeio sua pressa, que queira controlar até a forma que levo para digerir as coisas em minha volta e no meu próprio interior.

“Ainda estou muito machucada Caio e não vamos estragar tudo de novo por favor.” Beijo o pescoço dele de leve. “Eu tive um dia muito longo do qual não quero me recordar.” Percebo que só parte disso é verdade. “Pensando bem algumas partes eu quero muito me lembrar.”

“Como aquela que a gente tirou foto se beijando? Ou aquela que eu roubei suas batatinhas?” Rio ao lembrar da cara que fiz quando ele comeu a última batatinha do prato.

Meu rosto se ilumina ao perceber que nós também tivemos momentos felizes e que quando Caio quer ele consegue ser um amorzinho, mesmo que tenha esse jeito durão de querer mostrar que não está nem aí pra nada.

Ele dá alguns passos e se senta no sofá, ainda continuo no seu colo, pouso minha cabeça em seu peito.

“Olha pra mim.” Vira meu rosto delicadamente para que eu possa vê-lo. “Eu não quis dizer aquilo da gravidez. Sei que você não seria capaz de fazer aquilo. Eu estava fora de mim e juro que nunca pensei isso de você Alice.” Respira fundo para continuar. “Desde a primeira vez que eu te vi te achei diferente das outras garotas.”

“Mas você disse e aquilo quase acabou comigo.” Reúno forças para deixar claro que não aceitarei ser ofendida daquela maneira novamente. “As palavras ditas sem pensar pode destruir uma pessoa Caio e você deveria saber que assim como não se recupera uma pedra depois de atirada, também não está em seu alcance retirar uma palavra proferida, porque ela vai permanecer lá, mesmo que você tenha dito em um momento de fúria, eu não vou permitir que você me humilhe dessa forma, eu nunca me importei com o fato de você ser podre de rico, eu cresci vendo minha mãe batalhar pra ter as coisas e me orgulho disso, não querendo desmerecer seus pais, só não trocaria minha vida pela de ninguém.”

Namoro de Mentirinha [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora