Namoro de Mentirinha [COMPLETO]

Epílogo | Parte 2

"Como foi na orla anjo?" Caio pergunta enquanto se prepara para entrar debaixo do chuveiro.

"Foi muito bom, pude relaxar bastante e depois passamos na clínica e fiz outra sessão de drenagem linfática, finalmente posso sentir meus pés."

"O que aconteceu com a Milena? Pensei que gostasse dela."

"Ela teve que viajar, mas semana que vem voltarei a recebê-la aqui duas vezes por semana, apesar que ela me irrita um pouco."

"Todos te irritam." Ele revira os olhos.

"Isso é quase verdade." Alice pisca os olhos e avança na direção dele, ignorando pingos que caem sobre seus ombros.

"Sério?" Seus olhos brilham e ele a olha de forma brincalhona. Isso é uma das coisas que Alice mais aprecia no marido, seu jeito de ver tudo com leveza e com uma pintada adolescente, embora anos tenham se passado, ele continua sendo "seu Caio", só que mais maduro e responsável.

"Você não me irrita. Nunca." Ela se junta à ele debaixo do chuveiro com roupa e tudo.

"Eu sei anjo e te agradeço por tudo que você tem feito e principalmente por trabalhar duro na nossa empresa, estamos ganhando nosso próprio dinheiro e garantindo o futuro da nossa filha sem precisar dos nossos pais." Ele suspira todo orgulhoso.

"Não vejo a hora de nos mudarmos para nossa casa, é a casa dos meus sonhos, agora que a Lurdes chegou vou pedir para ela me ajudar na decoração." Ela diz imaginando os três fazendo piquenique na grama do quintal. "Será que nossos pais ficarão magoados quando formos embora? Quero ir depois do resguardo, o mais tardar quando terminarem o andar de cima."

Caio fica pensativo por alguns segundos e abraça sua esposa, apreciando a água quentinha que escorre pelas costas dos dois.

"Acho que não, a gente pode continuar dormindo na casa deles de vez em quando." Alice gosta da ideia de sua sogra por perto, ela é tão amável e compreensível, as duas até se tornaram confidentes, ela sempre desejou que sua mãe fosse como ela, mas Abigail continua tão mandona e rabugenta como sempre.

Alice desgruda suas testas e o beija bem devagar, sugando lentamente as gotas de águas dos lábios de Caio.

"Como está se sentindo? Quer uma massagem?" Ele pergunta de olhos fechados.

"Quero outra coisa." Ela se sente uma pervertida ao segurá-lo naquele lugar.

"Na cama?" Ele sugere com a voz quente.

"Sim e por favor, me prometa que vai ser menos paranoico, não sou de vidro e o bebê está protegido aqui dentro." Ela fala lembrando da última vez que Caio cismou ter lhe machucado e ela dormiu na vontade.

"Tá eu prometo." Ele ri. "Mas avise caso sinta qualquer desconforto."

Ela assente ligeiramente.