Capítulo 47: Diário da Laila Millar

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Nem sei como cheguei em casa, meus rosto está encharcado de lágrimas e a Lurdes não para de ligar

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Nem sei como cheguei em casa, meus rosto está encharcado de lágrimas e a Lurdes não para de ligar.

"O que é?" Pergunto sem disfarçar a arrogância na voz.

"Calma!" Lurdes percebe que não estou para conversinhas e espera alguns segundos antes de falar. "Como você está? Seu namorado te trouxe em segurança? Eu nem acredito que vi aquilo... Ainda bem que saímos a tempo da polícia chegar no local, apesar que eu ia gostar de ser revistada por um daqueles policiais, pensando bem eu poderia voltar lá. Não conta para o Carlos que te falei isso." Sorrio com os olhos cheios de lágrimas, somente a Lurdinha consegue me fazer achar graça em um momento como esse, não posso culpá-la por ter pedido um favor para o Caio, até porque não contei que terminamos, sei que ela não me deixaria no meio de um fogo cruzado.

"Nós terminamos!" Revelo fungando.

"O quê?" Evidencia surpresa na voz. "Como você está se sentindo?"

"Um lixo!" Me jogo no sofá.

"Até que eu estava começando a gostar da ideia de namorarmos com dois irmãos, íamos ser praticamente parentes, só que no fundo você sabe que eu te avisei." Reviro os olhos, odeio quando me falam isso.

"Afinal você está namorando com quem mesmo?" Não consigo evitar a pergunta.

"Com nenhum dos dois, o Lipe é tudo o que uma mulher precisa para se divertir, a praga sabe beijar bem de língua eu tenho que admitir, não é tão fácil abrir mão disso e quem me garante que com o Carlos as coisas darão certo?" É uma boa pergunta.

"Se eu fosse você não namorava nunca." Passo a mão na minha testa que está oleosa.

"É um bom conselho." Ela ri. "Ei Alice?"

"Sim?" Pergunto desconfiada.

"Acho que o Matias está afim de você." Era só o que faltava.

"Ele quase enfiou aquele taco na minha boca." Conto me lembrando da cena.

"Acho que ele queria te mostrar algo com isso, na verdade era uma demonstração." Gargalha. "Um convite."

"Você é uma guete mesmo." Minha barriga dói do tanto que estou sorrindo.

"Uma guete com estilo." complementa. 'guete' é diminutivo de piriguete, um termo pejorativo que significa que você é uma piranha.

"Vem dormir aqui em casa?" Peço me levantando do sofá.

"Ah não! Não tenho culpa se sua mãe escolheu morar longe da zona urbana, diga para ela que existe algo chamado 'urbanização'. Acho bom você vir pra cá." Boceja. "Vou ficar te esperando."

"Tá bom!" Desligo e me viro para ir na cozinha quando encontro Caio encostado na parede, com as mãos nos bolsos, não sei há quanto tempo ele está aqui e nem o quanto ele ouviu da minha conversa com a Lurdes, no início me senti alegre por vê-lo, mas depois lembrei que ele não veio por mim e sim para buscar seu carro.

Namoro de Mentirinha [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora