Capítulo 28

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Acordei toda dolorida, em meu corpo havia algumas marcas de garras e unhas, o chão estava frio, e um corpo quente repousava sobre o meu. Olhei kyle dormir, parecia tão calmo, nada comparado ao animal da noite passada. Não conseguia me mexer, estava tudo doendo, e minhas costas parecuam ter sido partidas ao meio.

Me mexe para o lado e ele saiu de cima de mim, sente um alívio. Me sentei com dificuldade e tentei me levantar, não deu muito certo.

Fiquei em pé de frente pro espelho e vê o quanto estava machucada, pernas arranhadas, pulsos roxos pelo forte aperto de kyle. Suspirei.

Ele não podia ver essas marcas ou iria se culpar. E não queria que ele ficasse longe de novo, não ia suportar.

Entrei no banheiro e tomei um banho, a água em contato com a minha pele fez doer mais ainda, parecia facas cortando tudo. Gemi de dor e me lavei.

Passei uma pomada em alguns ferimentos, ao menos ia cobrir a roxedao dos meus pulsos. Veste um vestido e desce. Hope estava quieta demais.

Estava tudo arrumado, do jeito que havia deixado ontem, e hope não estava na sala, muito menos na cozinha.

Estranhei, olhei pela cortina da janela e vê ela no jardim, dançava em volta de varias folhas que voavam em sua cabeça, ela estava rindo.

Sorri e fui ate a cozinha comer alguma coisa. Preparei o que podia, um bom café e algumas torradas. Come mesmo sem vontade.

Hope entrou pela porta da cozinha saltitando, toda sorridente os olhinhos brilhantes mais os cabelos todos dessarumados.

_bum dia mama.

_bom dia minha pequena, estava brincando lá fora?

_xim, peguei algumas borboletas olha.

Ela abriu a mão e havia algumas borboletas mortas em suas mãozinhas. Ela sorria mexendo nelas, e riu ao ver uma se mexer.

_você matou elas filha?

_num mama, oia tum mexendo.

Sorri e a peguei no meu colo, hope era criança não sabia a diferença de certo e errado, talvez matar uma simples borboleta fosse uma brincadeira para ela, mais não queria que ela levasse isso pra vida lá fora.

Nem sei que vida, tudo ainda estava um caos, nossa vida seria aqui, por tempo indeterminado.

_não pode matar elas filha, elas são seres vivos, não matamos nada que esta vivo.

_papa mato pexe, eie tava vivu.

_é diferente hope, borboletas são livres, não podemos mata-las, é errado, você só tem que brincar com elas. Peixe é nosso alimento, assim como alguns animais.

_eies pudemos matar?

_sim pois precisamos deles pra nos alimentar, um dia você vai entender filha.

_tum fome mama, tete..

Disse ela procurando em meu vestido, a abracei sentindo seu cheiro de rosas, abaixei a alça de meu vestido e a coloquei em meu seio, sente seus dentes tocarem de leve o meu mamilo, mais ela sabia que não podia morder.

_hope, não pode morder a mamãe.

_dicupa..

Pediu ela abocanhando meu seio de novo, continuei comendo enquanto ela mamava. Estava enorme, mal cabia mais em meu colo, sentia saudades daquele bebê pequeno que cabia e se escondia em meus braços.

Mais ela iria crescer mais, e ver ela crescendo feliz e saudável me deixava em êxtase.

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