capitulo 36

207 18 3
                                    

Os dias estavam se tornando melhores. Esperei joan sair do hospital para poder voltar para nossa casa.

Eu tinha certeza que ela iria querer voltar, assim como hope que não parava de falar em seus brinquedos que deixou por lá.

Quando fui buscar joan pela manhã. Ela estava sentada na cama, o semblante sorridente acariciando a protuberância em seu ventre.

Nosso menino crescia rápido assim como a irmã. Já poderia sentir seus chutes. E sentir seus movimentos dentro de joan, eram uma emoção sem palavras.

Não consegui ter essas emoções com hope, agora teria com nosso pequeno.

_podemos ir pra casa agora.

_você falou com o governador?

_falei, fizemos uma acordo assinado em papel.

_que acordo?

_eles faram estudos com o dna de hope para achar a cura, mais ela não sofrera nenhum dano.

Joan me olhou desconfiada, com o pé atrás em relação aos humanos. Apesar de ser uma ela não confiava mais na sua própria espécie. Pois eles a fizeram mal, a ela e ao nossos filhos.

Eu a entendia, também fiquei receoso, mais tinhamos que nos aliar, para viver em paz.

_eles não vão tocar nela de novo.

_não vão amor fique tranquila..

A abracei a barriga no nosso meio, ela se agarrou em mim, a cabeça em meu peito, beijei seus cabelos me embriaguei no seu cheiro.

Peguei hope no colo e ela deitou a cabeça em meu ombro. Joan segurou minha mão e descemos.

Kate estava a nossa espera. Ela abraçou joan, as duas tinham um vínculo que não se desfez nessa querra toda.

_vem com agente kate.

Pediu joan, já com lagrimas nos olhos, kate já tinha um emprego no hospital, todos estavam se acertando, as coisas estavam mudando.

_irei ver vocês logo, e esse bebezinho também.

Disse ela acariciando a barriga de joan, as duas sorriram, ao sentir o bebê mexer. Hope ficou olhando pra ela ainda era uma novidade o novo status da mãe.

Mais não cansava de falar sobre o irmãozinho que iria chegar, seu jeito doce me cativava.

_vem sim, não demore.

Elas se abraçam de novo e se despedem, entro com hope no carro, teríamos sossego em fim.

....

As coisas continuavam no mesmo lugar, hope correu pro seu quarto com saudades dos brinquedos.

Joan sentou no sofá estava cansada.

_vou fazer um chá pra você relaxar.

Ela assentiu. Fui na cozinha e coloquei a água no fogo. Quando voltei pra sala ela não estava mais lá. Fui ate a varanda e ela estava deitada no balanço.

_esta frio amor, vem pra dentro.

_acabou kyle, estamos livres.

Disse ela, me deitei do seu lado e a puxei pro meu peito, ela abraçou meu torax se aninhando mais em mim.

_sim, enfim estamos livres. Podemos fazer tudo que planejamos.

_sim, mais eu ainda continuo com medo.

_seu medo é natural diante do que passamos, eu nunca vou esquecer tudo que tive que fazer contra você. ..

_isso é passado, se não tivesse passado pelo inferno não teria conhecido você.

_sim...

_temos uma nova vida agora, quero aproveitar tudo com você e com nossos filhos...

Beijei sua testa e ouve a chaleira apitar.

_nosso chá.

Ela me soltou e voltei pra cozinha. Enche duas xícaras e voltei pra fora. Joan estava acariciando a barriga exposta. Podia ver o bebê mexendo sobre sua pele.

Meus olhos encheram de lagrimas.

_isso é mágico.

Disse me ajoelhando na sua frente, sente os movimentos do nosso garoto, ela afagou meus cabelos.

_eu te amo kyle, por tudo que você e por tudo que você fez, por não ter desistido de mim em nenhum momento.

_eu não desistiria de você nunca, você me trouxe a vida, me mostrou o quanto posso ser feliz, o quanto o animal dentro de mim não significa nada diante do que temos.

Beijei seus lábios, eram meu abrigo meu sonho real, nunca pensei que amaria alguém como eu a amava, que morreria por ela, mais joan me mudou, mudou meu jeito de pensar, e minha forma também.

_vamos entrar você não pode ficar no frio.

A peguei no colo e fechei a porta. Subi e entrei em nosso quarto, logo teriamos que fazer algumas mudanças pra chegada do bebê.

A deitei na cama e a cobre, joan já estava dormindo quando sai do quarto e fui olhar nossa menina.

Hope estava deitada no chão ao redor dos brinquedos, a peguei com cuidado e a deitei na cama, minha esperança brincou que dormiu.

Fiquei velando seu sono por alguns minutos ate me levantar e me sentar na bancada da cozinha.

Olhei pela janela da cozinha, a noite já havia chegado. Sai pra fora e o vento balançava as arvores trazendo as folhas secas pro jardim.

Comecei a imaginar quando chegasse o inverno a neve cobrindo tudo, hope brincando fazendo bonecos de neve.

E nosso pequeno já teria chegado talvez. Nunca imaginei ter uma familia, mais a vida me deu uma.

Voltei pra dentro e me deitei ao lado de minha amada, a embalando me perdendo em seu cheiro. Meu vício eterno.

New SpeciesOnde histórias criam vida. Descubra agora