Capítulo 40.

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POV'S ISABELLE

- Isabelle, acho que você não tem que ir vê-lo - mamãe está falando isso desde que acordei.

Ontem, quando contei que aceitei me encontrar com meu pai, ela teve um pequeno surto, coisa pequena, mas bati o pé e disse que iria de qualquer forma, apesar de uma parte de mim não estar a vontade com isso.

- Vai perder um dia de aula filha - mamãe não me deixa faltar aula, mas hoje é necessário, ela despachou Martin e Ben para poder ficar comigo e esperar pelo meu pai.

- Eu sei, não se preocupa, amanhã pego as matérias e falo com os professores - enfio meu celular na bolsa.

- Você não quer eu vá com você? - olho para ela, vejo a preocupação estampada em seu rosto.

- Não, eu quero ir sozinha mamãe, preciso ir sozinha, você e ele já conversaram, agora é minha vez - meu celular toca dentro da bolsa, olho o número e respiro fundo - ele chegou, você vai descer comigo?

- Sim - ela e eu saímos do meu quarto, na sala, ela pega a bolsa - eu ainda vou trabalhar, tentar pelo menos, mas qualquer coisa me liga.

- Pode deixar - abro a porta e vejo dois carros pretos, do lado de fora, os seguranças e ele, meu pai, ao me ver, vem na minha direção.

- Oi Deborah - ele para nos degraus da entrada de casa.

- Oi Antony - mamãe coloca as mãos nos meus ombros - tudo bem?

- Tudo bem - ele esfrega as mãos - nós podemos ir? - ele me olha.

- Posso saber onde você vai levar a minha filha?

- Claro, vou levá-la no café em Londres - ele diz - não se preocupa, vou trazê-la em casa.

- É claro que me preocupo, ela é minha filha - a voz da minha mãe falha.

- Vamos? - pergunto, para evitar uma discussão.

- Vamos.

- Tchau mãe - abraço e beijo a minha mãe, ela sussurra um " Eu Te Amo " seus olhos estão marejados e ela parece tensa, desço os degraus e caminho ao lado do homem que anos atrás me rejeitou, muito antes do meu nascimento. Dou mais uma olhada na minha mãe antes de entrar no carro e meu coração se aperta quando a vejo colocar as mãos nos olhos.

- Podemos ir senhor? - o motorista pergunta, assim que nos sentamos no banco de trás.

- Sim, podemos - e então o carro começa a andar.

[...]

O caminho até o café foi bem torturante, eu senti que ele, meu pai, me olhou vez ou outra. Ele bem que tentou puxar assunto, mas o ignorei, não fui mal educada, só fiquei na minha até chegarmos no café, que eu nem sabia da existência, tem lugares em Londres que ainda não conheço, esse café por exemplo, a placa preta chama atenção, Sanders Café, as letras douradas combinam com a placa preta, vidros escuros e algumas mesas do lado de fora, todas com pequenos vasinhos de flores no centro, por dentro é ainda mais bonita, nada que seja luxuoso, é bem decorado, as mesas e as cadeiras são todas escuras, nas paredes alguns quadros em preto e branco, o lugar é bem interessante. Nos sentamos em uma mesa quase perto da janela, o silêncio quase domina o ambiente, poucas pessoas estão no café.

- Olá senhor Sanders - um garçom para em nossa mesa - posso anotar o pedido?

- Claro, eu quero só um café, bem forte - ele olha para mim - você quer alguma coisa?

- Hmm - corro os olhos pelo cardápio - um chá de hortelã, só isso.

- Logo trago o pedido - diz o garçom e logo se afasta da mesa.

Friends (Harry Styles Fanfiction ) EDITANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora