Capítulo 39

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  Já estávamos no penúltimo filme e na terceira baldada de pipoca de chocolate, nem ingerimos sal ainda. 

  Quando eu cheguei com essa ideia de maratona de Jogos Vorazes, achei que ele ia dizer não e ir para a casa da Raquel, mas não. Ele aceitou, e agora nós estamos aqui, vidrados em " A Esperança - parte 1" , minhas pernas em cima da sua, e o balde de pipoca no meu colo. 

Dallas: Black curls vai fazer mais pipoca. - engasguei com a pipoca  que eu tava na boca mastigando, meu deus, esse homem é movido por pipoca? Olhei para a vasilha em cima de mim, e realmente tava  vazia.

Jasmim: Tá doido? Já é a terceira baldada de pipoca, você não enjoa não? - perguntei, porque óbvio que eu tava enjoada de pipoca de doce. 

      Ele balançou a cabeça negativamente e sorriu, pegou o balde e foi pra cozinha, o que ele vai fazer? Das duas a uma: ou ele vai fazer mais pipoca ( o que eu acho difícil) ou ele vai só levar mesmo. A última esta sendo mais  fácil de engolir se tratando do Dallas, mas ele esta demorando demais para ter levado. Mas como eu não só uma pessoa curiosa, decidi ficar assistindo o meu filminho. 

     Já se passou 10 minutos que o Dallas estava enfiado na cozinha, e como eu coloquei uma palavra desnecessária antes da minha afirmativa, agora eu digo "  eu sou uma pessoa curiosa. " E estou lutando para mim não ir  lá ver o que ele está fazendo, mas não vai ser preciso, pois a pessoa acaba de pular para se sentar no sofá.

      Olho pro mesmo, e em seu rosto está um sorriso sapeca estampado, em seu colo tem uma almofada que em cima ta uma panela com duas colheres, ergo minha sobrancelha mostrando minha dúvida. O que há lá dentro? Me sento virada para ele, ergo meu pescoço para ver alguma coisa mas o tapado tira do meu campo de visão.

  Dallas: Não senhora, quero que você feche os seus olhos e advinha o que á aqui dentro. - eu hesito.

Jasmim: Como eu vou saber que você não colocou veneno nesse troço? - eu pergunto mas o mesmo ri.

Dallas: Do mesmo modo de que fosse para mim te matar já tinha feito isso. - bom argumento, ele levanta as sobrancelhas. - Anda, feche os olhos. - eu hesito de novo, mas depois acabo cedendo e fecho. - Abre a boca. - eu obedeço e abro, ele coloca uma coisa doce na minha boca, mas depois eu reconheço, é brigadeiro, não sabia que ele sabia fazer, se não já tinha o mandado a horas a fazer. - Gostou? - assenti, e abri os olhos, e me surpreendo com o seu rosto próximo ao meu. 

           Nós estávamos presos um no olhar do outro, mesmo tendo uma boa distância, eu sentia sua respiração, ele olhou pro os meus lábios e eu os entre abri, seus olhos voltaram para os meus , e  ambos quebrou a distância á deixando mais curta, seus olhos voltaram para meus lábios e os meus também foi para os seus, não sei que tomou a iniciativa, mas nossos lábios estavam colados um no outro, dançando num ritmo feroz. 

      Ele me deitou no sofá anda me beijando, suas mãos  viajando entre minha cintura e minha costas, já as minhas estavam agarrando os seus cabelos, nosso beijo não tinha nem um previsto de acabar, pois cada vez que paramos para respirar, é questão de segundos para voltarmos. 

        Então de uma hora para outra Dallas me pegou no colo com minhas pernas em sua volta, e me levou ao quarto, fecho a porta com seu pé, e me levou à cama e me colocou sobre ela delicadamente, mas os beijos continuou ferozes, começou beijar meu pescoço, mas depois ele arrancou a minha blusa, e começou a beijar a minha barriga devagar fez uma trilha de beijos lentos.

    

       (...)


     " Solo vengo, a decirte que mi mundo está

incompleto
Porque llevo solo a bordo un pasajero
En este viaje me acompaña tu dolor"

      Ouvi uma música bem lá no fundo, baixa, não sei se era o volume da música ou meu sono atrapalhando, só sei que senti um corpo se mexendo do meu lado, o que me fez força abrir os olhos, assim que os abri me deparei com o rosto sereno do Dallas, parecia um anjo.

   "Solo vengo a enseñarte un corazón que está muriendo

Y me han dicho que ya no tiene remedio
Pero yo se que el remedio esta en tu voz

Solo vengo a pedirte perdón por el mal que le hice a tu amor"

     O resto da música soava no quarto num tom razoável, e dessa vez escutei claramente o que me fez alarma, não só o fato de que pode acorda o Dallas mas também que àquela música só era personalizada para uma pessoa.

       Babi.

  Me levantei devagar para não acorda o anjo disfarçado, peguei a camisa do Dallas e vesti, fui em direção a minha calça jogada perto da comada e tirei meu celular do bolso, atendi o mais rápido possível.

  Ligação on.

-Alô. - falei num sussurro favorável para ela me escutar.

-Oi mana, olha o que eu tenho que te falar é urgente. - ela também estava falando num sussurro, isso que dizer que é super importante, que provavelmente esteja escondendo do meu pai. - Papai e a vaca da Letícia vão se casar daqui quatro dias. Eu preciso de você aqui. Tem como vir? - àquela pergunta me pegou desprevenida, eu não sabia o que falar, eu quero ficar aqui, não quero voltar e me depará com meu pai e com àquela songamonga no lugar da minha mãe, mas também não quero que meu pai fique com uma mulher assim. Então minha resposta é indefinida, infelizmente.

-Bah, eu não sei, eu sei que isso é importante para você . - eu a ouvi suspirar, àquilo me deu um nó no meu coração, sabia que ela o amava, e que isso é importante, para mim também, eu também o amo, apesar de tudo, mas eu tinha mas prós para ficar do que ir. Olhei para o Dallas e suspirei, eu sei que eu sinto alguma coisa por ele, mas não sei definir o que ainda. - Eu acho que não.  

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