0.20 (Especial, parte 1)

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POV LARISSA (ESPECIAL)

     — Lari, vai lá no bar buscar mais. Eu já fui uma vez. — Nathy pediu e eu revirei os olhos.

     — Skol Beats? — perguntei me aproximando delas e todas assintiram.

              Eu sabia que Bea não iria beber. Conheço aquela vaca desde que me conheço por gente e sei que ela vai enrolar naquela garrafinha até o fim da noite. Então, vou misturar um pouquinho de Vodka na garrafinha dela, assim ela se anima um pouquinho. Pode falar, eu sou uma ótima amiga.

     — O que você manda hoje, gatinha? — Patrick apoiou os cotovelos sobre o balcão e sorriu.

              Digamos que nos conhecemos a muito tempo e muito bem.

     — Três Skol's Beats Spirit e três doses de Vodka, garanhão. — rimos e ele piscou, logo seguiu até o freezer.

              Adoro esse lugar, tenho muitos amigos aqui. O único problema é a idiota da Luíza. Uma loira oxigenada, burra e idiotamente gostosa que estudou comigo. Ela sempre, sempre, sempre, pegou os melhores garotos e os poucos que se interessavam por mim ela fazia questão de pegar também. E se o problema fosse esse, eu seria uma invejosa. Mas o problema é que ela sempre implicou comigo. No início, tinha medo dela. Mas depois, eu percebi que ela não pode  fazer nada além de implicar. E que se ela tentar algo, eu acabo com a raça dela.

     — Oi... — ela parou um pouco distante de mim do outro lado do balcão. EXIBIDA!

     — Oi... — olhei para o lado e vi Caíque morder o lábio inferior.

              O quê? Ele não está dando mole para ela. Tudo bem, ela é uma oferecida. Mas ele não. Ele não pode estar afim dela.

     — O que você vai querer hoje, "benzinho"? — ELA CHAMOU ELE DE QUE?

     — O que você tiver de melhor. — ele respondeu com uma voz sedutora e ambos riram — Brincadeira, me dá três Redbull e uma garrafa vodka.

     — Já volto, bebê. — ela mordeu o lábio inferior e se retirou.

              Me sentei na banquenta enquanto esperava Patrick me trazer os pedidos. Tentei me virar um pouco de lado para que ele não me visse. Ok, meu ídolo. Mas eu não suportava mais aquele garoto idiota.

     — Eu já vi você. — ele colocou a mão sobre meu ombro e eu automaticamente me virei.

     — Não encosta em mim. — tirei sua mão de meu ombro.

     — Achei que todo fã gostasse de ser tocado por seu ídolo.

     — Eu não sou mais sua fã. Agora para de me irritar. — praticamente gritei.

     — Ei? Fica mansinha! — ele disse rindo.

     — "Mansinha"? Você tá me chamando de cachorra? — estava pronta para dar um tapa na cara dele.

     — Não, de gatinha gostosa mesmo. — epaaaaaaa! Ele sorriu mordendo seu lábio inferior — Já disse o quanto você tá linda nesse vestidinho?

     — Quantas você bebeu, Caíque Patti Da Gama?! — Vamos fingir que eu não gostei da cantada.

     — Ainda nenhuma. — sorriu safado e piscou — Quer beber comigo?

     — Aqui, delícia. — Patrick colocou as bebidas sobre o balcão e Caíque o olhou sério.

     — Obrigada, gostoso. — me levantei e me estiquei até Patrick lhe dando um selinho e tomando as bebidas nas mãos.

     — Que porra é essa? — Caíque me puxou pelo braço e colocou as bebidas que estavam na minha mão em cima do balcão.

              Eita, ele tá com ciúme. Huuuuuuuum, gostei.

     — Que isso garoto? Pega minhas bebidas agora! — disse puxando meu braço.

     — Só se você me der um beijo. — ele disse me puxando contra seu corpo.

              Nós estávamos perto demais. Aquilo não era uma boa coisa. Meu corpo inteiro se arrepiou, aquilo era como estar em meio ao fogo cruzado. Era perigoso, gostoso e ao mesmo tempo irritante. Quem ele pensa que eu sou?

POV CAÍQUE (ESPECIAL)

              Assim que cheguei ao bar, pude ouvir aquela garota chamar ele de garanhão. Aquilo me subiu as veias tornando parte de mim uma bola demolidora. Minha vontade era de socar a cara dele.

              Ok, vou contar um segredo. Mas que fique só entre nós!

              Eu estou muito na dela.

              Tão na dela que esqueci toda a minha política de não pegar mulheres que moram perto demais para que elas não me encham o saco.

              E, porra, ver ela naquele vestido me deixou tão louco... Por dois motivos;

1) Por não querer que ninguém mais notasse o quando ela estava gostosa e;

2) Por querer tirar aquele vestido dela o mais rápido possível;

              Posso ser o que eu for, mas sou homem. Respeitem.

              Quando tive a oportunidade de provoca-lá, também o fiz. Aquela loirinha balconista realmente é uma mulher muito bonita, mas não chega aos pés da minha morena. Minha, ok?

              E quando aquele degraçado lhe trouxe as bebidas e então ela lhe deu um selinho, eu senti um arrepio e queria quebrar a cara dele. Mas foi tarde demais quando ele se virou para atender outro cliente e ela já foi se levantando.

              Antes que ela se afastasse, segurei suas bebidas e coloquei de volta sobre o balcão. A prendi pelos braços e a encarei firme.

     — Que porra é essa? — perguntei já sem paciência.

              Droga, eu estou com ciúme agora.

     — Que isso garoto? Pega minhas bebidas agora! — disse ela tento retirar seus braços de minhas mãos.

     — Só se você me der um beijo. — disse a puxando contra meu corpo.

              Nós estávamos perto demais. Aquilo não era uma boa coisa. Meu corpo inteiro se arrepiou, aquilo era como estar em meio ao fogo cruzado. Era perigoso, gostoso e ao mesmo tempo irritante. Ela deveria estar pensando que eu a achava uma puta, mas por algum motivo, eu só queria fazê-la minha. Então a beijei ferozmente como alguém beija em cima de uma cama.

              Estávamos grudados, nossas línguas trocavam carícias furiosas e ela nem mesmo tentou resistir. Pelo contrário, correspondeu aprofundando ainda mais nosso beijo. Minhas mãos, bobas como sempre, já estavam em sua bunda as apertando levemente enquanto ela massageava minha nunca e puxava meus cabelos.

              Se ela já conhece me deixar assim aqui, imagina dentro do quarto.

              Quando a consciência nos tomou por inteiros e o ar já nos começava a faltar, mordi levemente seu lábio o trazendo para mim e ela olhou em meus olhos um tanto confusa. Eu senti um frio na barriga naquele momento, mal sabia o porquê.

     — Você ficou maluco é? — ela disse me empurrando.

     — Fiquei sim! — ri enquanto ela passava a mão pela boca — E você também.

     — Cala a sua boca! — ela disse apontando o dedo indicador para mim — Isso não aconteceu, ouviu?

     — Como quiser. — ri e dei de ombros.

              Ela passou por mim e pegou suas bebidas, virei para olha-la e encontrei a loirinha com as minhas sobre o balcão. Junto havia um papel com o seu número, ela fez um sinal com a mão dizendo para que eu a ligasse eu apenas afirmei com a cabeça. Peguei as bebidas e quando me dei conta, ela já não estava mais lá.

              Porra, que beijo, que mulher. Ela tá me deixando louco.

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