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POV NATHAN

Como se não bastasse carregar todas aquelas caixas pela casa, ainda tive que ir até o apartamento de Waah com as meninas e o Paulo. Na verdade, fomos apenas eu, Paulo, Nathy, Lari e a minha Beatriz. Caíque foi até a vidraçaria mesmo depois de Lari argumentar um milhão de vezes. Caíque não quis  ir conosco já que Felipe morava no apartamento ao lado do de Waah. Johnny também morava lá e eu não me importei em ir, mas também não gostei da ideia. Só para garantir. Não que eu não confie nela, é que não seria legal.

Paulo e eu subimos com as meninas, meus dedos e os de Beatriz estavam entrelaçados, já estava se tornando nossa marca ficar assim. A porta do elevador se abriu e Nathy saiu na frente sendo seguida por nós. Caminhamos até a porta do apartamento e logo ela tocou a campainha. Não demorou muito para que Waah abrisse com uma cara nada boa.

- Vim buscar minhas coisas. - Nathy disse firme olhando para ele.

- Nathy vamos conversar, eu sei que...

- ...Wallyson eu vim buscar minhas coisas. Não temos nada para conversar, se lembra disso? Então para e me deixa entrar. - ela interrompeu e cruzou os braços.

- Ta. - ele suspirou derrotado e abriu passagem. - Davi encaixotou tudo e deixou lá no quarto de hóspedes.

- Eu pedi pra ele. - ela disse e saiu entrando. - Gente, vem me ajudar.

- Eu posso te ajudar, Nathy. - Waah se ofereceu.

- Não precisa, meus amigos vão me ajudar. Vem.

. . .

No final do dia, estava tudo praticamente pronto. O guarda-roupas e a cama de Nathy já estavam montados e agora eu estava descansando na cama da minha Beatriz enquanto ela tomava banho. Eu já havia tomado o meu então estava mexendo no celular.

O barulho da porta do banheiro do quarto se abrindo soou e eu levantei o olhar encontrando Bea caminhando em minha direção. Ela fazia um coque nos cabelos e a cada vez que seus olhos piscavam ela ficava mais linda. O jeito sexy como ela balançava os quadris ritmicamente fez com que meus olhos se fixassem em seus movimentos sutis. De repente ela parou em frente a cama e cruzou os braços me olhando.

- Que foi? - ela sorriu de lado.

Joguei o celular na cama e me levantei indo em sua direção. A puxei pela cintura e a beijei, um beijo repleto de desejos sujos e amor. Ela levou suas mãos até minha nuca e eu colei nossos corpos.

- Nathan... - ela tentava falar entre os beijos.

- Por favor, não me pede pra parar. - segurei em sua nuca e aprofundei o beijo.

- Não é... Não é isso. - ela se virou e eu a abracei por trás.

- E é o que? Você é virgem por acaso? - ri fraco e beijei seu pescoço.

- Não. Só quero que seja especial. - ela se afastou ainda de costas pra mim. - Se importa de esperar?

- Até quando? - suspirei.

- Você vai saber quando chegar a hora. - ela se virou para mim e sorriu.

- Bom, eu acho que é agora. - arqueei uma sobrancelha e ela revirou os olhos. - Ok meu amor, eu espero. Mas enquanto isso, eu posso pelo menos beijar minha namorada?

- Claro que pode, idiota. - ela riu.

Caminhou até a mim e me empurrou na cama. A mesma subiu em cima de mim e logo minhas mãos foram para a sua cintura.  Eu não sabia se ia me segurar, mas sabia que não podia estragar tudo. Então retribui ao beijo e cedi aos seus encantos.

POV  BEATRIZ

Não era que eu não queria transar com Nathan, apenas queria que fosse diferente. Não no meu quarto, sem nenhuma preparação ou algo assim. Sei que eu não tenho mais idades para essas coisas e que o sexo deveria ser algo comum para mim. Mas, eu quero que seja diferente com Nathan. Eu sinto que ele é especial e uma pessoa especial, merece uma primeira vez especial.

E ali naquela cama, enquanto nos beijavamos eu só confirmei minhas certezas. Nathan é o cara certo pra mim e eu não o trocaria por ninguém.

POV LARISSA

Algo de errado estava acontecendo comigo. Eu me sentia diferente e tenho certeza que não era apenas impressão minha. Sabia disso pela forma como Caíque me olhava sentado em minha cama, uma sobrancelha arqueada e uma expressão séria. Aquilo era estranho. Tudo me parecia estranho.

- Larissa, pelo amor de Deus, para de andar de um lado pro outro e senta. Eu estou ficando tonto. - revirei os olhos e sentei no tapete do quarto. - Não no chão, né!

- Um, eu estou no tapete. Dois, você está querendo mandar em mim agora? - arqueei uma sobrancelha e ele suspirou.

- Amor, só estou tentando entender o que está acontecendo com você. Está estranha, impaciente, inquieta. Eu fiz alguma coisa? - neguei com a cabeça. - O que foi então?

- Sabe o que a gente fez depois da balada naquele dia? - ele sorriu de lado e assentou. - Desde então eu não mestruei e eu sei lá, me sinto diferente.

- Talvez seja só um atraso. Isso aconteceu algumas vezes com a Vany enquanto a gente namorava. - ele deu de ombros.

- Será que dá para não falar palavrão no meu quarto? - ele riu fraco e ficou me encarando. - O que foi?

- Você fica linda quando está com ciúme.

- Bom saber que eu sou feia no resto do tempo. - me levantei e sentei na ponta da cama.

- Eu não disse isso.

- Mas quis dizer. - cruzei os braços.

- Princesa, vê se entende, você é linda. Não importa como, quando ou onde. - ele se aproximou e me deu um selinho. - E relaxa, é coisa de mulher. Já já passa e tudo volta ao normal.

- E se não voltar? Ou pior: se o meu normal se tornar parir ou amamentar? - perguntei preocupada.

- Você está querendo dizer que...

- ...acho que eu estou grávida. - confessei e ele paralisou.

Seus Detalhes (1)Onde histórias criam vida. Descubra agora