0.22

395 38 5
                                    

POV BEATRIZ

              Nos braços dele, eu percebi o quanto ele era especial para mim. Eu nem mesmo havia me dado conta de tudo o que ele tentou fazer por mim nesses últimos dias.

              Eu só queria que ele me perdoasse por tudo.

     — Quer dormir aqui? — ele questionou dando-me um beijo nos cabelos.

              Dormir com Nathan. Ok, eu realmente queria. Mas, eu não podia fazer isso. Com certeza, não iríamos apenas dormir. Eu ainda namoro o Johnny, isso seria traição. E eu não sou esse tipo de mulher.

     — Eu acho melhor não. A gente pode se ver depois. — estiquei a cabeça olhando para ele que assentia.

     — Tudo bem, mas nem tente fugir de mim. — sorriu abertamente.

     — Não vou.

              Foi quando então eu me assustei com nossa proximidade. Ele olhava firme em meus olhos enquanto aproximava cada vez mais seus lábios dos meus. E quando pressenti que ele iria me beijar, virei o rosto sentindo seu beijo atingir meu pescoço e arrepiar todo o meu corpo.

     — Nathan, e-eu...

     — Tá tudo bem. Fica tranquila. — deu outro beijo em meu pescoço.

     — Preciso ir. — sorri.

     — Tá. — me soltou e caminhou até a porta do apartamento abrindo a mesma para mim.

     — Até depois. — sorri atravessando a porta.

     — Até...

POV NATHAN

              Tive sonhos incríveis. Nunca tive sonhos tão bons. Sonhar com ela, com aquele rostinho lindo, foi incrível.

              Acordei tarde, mas ainda assim não me importei. Tomei um banho rápido e vesti a primeira roupa que achei no guarda-roupas. Fui direto para a cozinha e encontrei Paulo sentado na mesa com olheiras extremamente profundas.

     — Que cara é essa? — passei a mão por seus cabelos bagunçando os mesmo e abri a geladeira pegando um iogurte de morango.

     — A de quem não dormiu mais de duas horas. — resmungou e eu me sentei na mesa.

     — Depois eu que sou o baladeiro, safado...

     — ...tá bom, Nathan, chega. — Paulo interrompeu.

     — Cadê o Caíque? — peguei uma rosquinha e coloquei a boca.

     — Não dormiu aqui, deve ter saído com alguma garota. — pegou um pão de queijo e partiu no mesmo colocando uma metade na boca depois.

     — Hm...

     — Ele tem que voltar cedo, temos um show mais tarde. — bebi um gole do iogurte.

     — Ah... Aqui mesmo ne?

     — É. Graças à Deus. — rimos fraco.

              Caíque realmente não tem jeito.

POV BEATRIZ

     — John, tira o pé do sofá. — disse saindo da cozinha.

             O humor de Johanna não estava nada bom. Então resolvi trazer John para cá, já que ela estava implicando até com a nossa respiração.

              Resolvi fazer um misto quente com bastante queijo para ele ao invés da sala de frutas e vitaminas que a mãe dele costuma mandar ele comer. O menino também precisa de carboidratos. Fora que eu estava doida para comer e não queria deixar o pequeno com água na boca.

              Me sentei ao seu lado no sofá enquanto ele assistia seu desenho animado. Coloquei os copos com achocolatado morno sobre a mesinha de centro e peguei meu misto quente já comendo.

     — Bea? — olhei para John — Podemos chamar a Layla para brincar?

              Layla é uma garotinha do terceiro andar. Ruiva, com o rosto repleto de sardinhas fofas. John é encantado por ela. Sempre me pede para brincar com ela. Eu acho muito fofo.

     — Podemos sim. A gente vai para o playground depois que digerir um pouco o café, combinado? — sorri.

     — Combinado. — ele sorriu e nós voltamos a prestar atenção na televisão.

. . .

     — Lari? — chamei abrindo a porta de seu quarto.

              E logo dei de cara com Lari e Caíque dormindo de conchinha. Ambos sem camisa, Lari apenas com um sutiã preto. O quarto completamente bagunçado. Puxei John para trás de mim quando ela começou a se mexer. Esfregou os olhos e se sentou na cama olhando para mim. Apontei com a cabeça na direção de Caíque e ela olhou para ele. Ficando instaneamente boquiaberta.

     — Ai. Meu. Deus. — sussurrou com os olhos arregalados, levantou o edredom e abaixou rapidamente revelando sua expressão assustada — Ele tá pelado! — fez cara de nojo enquanto eu tampava a boca segurando a risada.

     — Eu vou levar o John no playground. Divirta-se. — fechei a porta ouvindo ela sussurrar: "Beaaaa volta aqui!"

              Larissa realmente não tem jeito.

Seus Detalhes (1)Onde histórias criam vida. Descubra agora