Light In The Dark (l.s. AU dark!Harry)

Capitulo Dezesseis - Remembering

Eu amo muito vocês e por isso estou postando mais um <3 Não que eu não poste sempre que posso, mas muito obrigada por tudo.

Boa leitura, meus Darks.

~o~

FLASH BACK

Eu me formei na escola no meio desse ano e agora, perto de fazer meus dezoito anos na Véspera de Natal, já estou em Londres.

Junto com meu melhor amigo Stanley. Sempre sonhamos com isso. Vir para uma cidade maior, viver aventuras, conhecer pessoas novas... Uma vida agitada e legal, onde seremos grandes amigos para sempre. Contando nossas historias para os amigos e família. Não queremos fazer Universidade, só trabalhar logo e pronto.

Faz uma semana desde nossa mudança e tudo está perfeito até agora.

Eu havia acabado de voltar de um local pedindo emprego. É o que estamos fazendo primeiro para sustentar o aluguel dos apartamentos. Eu estou com uma mochila nas costas, carregando meus formulários, aparelhos, livros e acessórios. Gosto de andar preparado.

Mentira, mas para uma primeira semana numa cidade grande e praticamente nova para mim, é uma boa ideia.

Estava andando alegremente pela calçada, indo para o ponto de ônibus ali perto, quando escuto vozes e risinhos dentro de um beco. Olho só por olhar, em reflexo.

Tem um garoto contra a parede e três outros na frente dele. Estão passando as mãos por seu corpo, um deles tentando tirar sua calça. Eu aperto os olhos, parando o passo. O menino está claramente desconfortável, mas não grita. Ele está começando a chorar e eu odiei ver isso. Sinto uma raiva enorme.

Por que existe gente assim? Por que molestar e traumatizar a vida de alguém dessa forma?

Eu não posso ficar parado, ou apenas ir embora depois de presenciar. Vou me sentir culpado sabendo que passei na hora e poderia ter feito algo, mas não fiz. Se estou aqui agora é porque é para eu estar e ajudar. Apesar de que não sei como. Nunca lidei com uma situação dessas. Eu não sei se esses caras estão armados, ou do que são capazes... Mas tenho que tentar.

— Hey! Deixem ele em paz! Se afastem!

O menino está chorando, amedrontado. Ele olha para mim por meio das lágrimas, surpreso. Os caras que parecem ter minha idade, me olham de baixo a cima, me desprezando. Percebem que eu não sou ameaça e continuam mexendo com ele na minha frente. Como se fosse um telespectador da nojeira deles. Idiotice tem limite e a deles chegou ao meu.

— Eu mandei deixar o garoto em paz — vou para cima.

Eu nunca lutei, mas ajo por impulso. É assim que olho as pessoas fazendo em filmes. Achei que seria fácil, mas eles se viram, zangados. Começamos a gritar e arriscar passos para cima do outro. O menino chora mais. Os caras começam a me bater e eu fico em choque de primeira. Se não fosse por uns adultos curiosos que aparecem ali, eu estaria ferrado.

Eles saem correndo. Eu esfrego a mão pelos locais doloridos, tentando recuperar o ar de um soco no estomago. Não queira levar um. É horrível. É a mesma coisa que um balão cheio de ar que amarram uma corda ao meio bem apertada, sem estourar. Fica ar de ambos os lados, mas no meio nada passa. Eu tenho ar nos pulmões, mas não consigo soltar, ou puxar mais.

Está voltando ao normal. A primeira coisa que faça quando meus sentidos se recuperam, é andar na direção do menino que tinha se arrastado para o chão. Pergunto se ele está bem e se o machucaram também. Escuto alguns dos adultos fazendo perguntas, mas eu quero escutá-lo.