Light In The Dark (l.s. AU dark!Harry)

Epilogo

           

Liam e Harry batiam os braços e pernas, alternativamente. Um, dois. um, dois. Colocavam o rosto na água e tiravam, pegando ar. Quando Harry molha o cabelo, fica mais claro que é cacheado. Os fios ficam ondulados, grudados na testa e nuca. Às vezes, passa a mão e coloca a franja para trás. Fica engraçado.

Eu e Niall corríamos na pista em volta da piscina. Já estávamos dando a quarta volta com a regata grudando nas costas, o cabelo molhado de suor, mas ainda estávamos a todo vapor. Fazendo bem a respiração, se alongando antes de começar e correndo direito, você aguenta por bastante tempo. Preparo físico.

Zayn não gosta de água, nem de correr muito por ser quem fuma mais. Prefere fazer exercícios nos aparelhos lá de cima. Era o que estava fazendo quando descemos, mas depois desceu também e abriu as janelas, deixando iluminado e arejado. Acendeu o cigarro, se apoiando na parede perto de uma das janelas, nos observando. Está de óculos escuros, não tem como saber com certeza.

— Hey! — Zayn olhou para o relógio de seu pulso. — Tá na hora, vamos para o terreiro.

Amanhã vai faltar exatamente três meses para completar 3 anos que conheço os meninos e namoro o Harry e uns dias antes, que o conheci. Nem posso acreditar que já se passou tudo isso.

Harry e eu fomos convidados para o Ano Novo na casa de Gemma. Comemoramos com ela, David e a família de David. Gemma também não estava mais feliz com o pai. Só continua em contato com a mãe, faz um ano. Ela disse que a família de David a trata como filha e a fazem se sentir em casa. Anne estava lá.

Se separou de Des, mas parece que teve muito drama até conseguir porque ele enlouqueceu. Chegou a tranca-la num quarto. Medo de ficar sozinho, de ser deixado por todos... Como eu falei que aconteceria.

Harry não falou com ela nenhuma vez, mas sorriu como cumprimento e quando os fogos estouraram, deu feliz Ano Novo, sem abraço. Não é que não a tenha perdoado, mas não pode esquecer tudo como se fosse tão simples. Porque não foi. Tudo poderia ser diferente se não fosse por Niall e o outros. Poderia nem estar aqui.

Ele só estava sem palavras assim como ela ficou sem palavras por todos esses anos.

Zayn está namorando sério com Natalie, faz uns sete meses. Ele disse que talvez, esteja começando a entender o amor. Ao menos, melhor que antes. Liam namorou com Arya mais cedo. Dois meses depois de ficar, já estavam namorando. Arya quis se afastar quando descobriu as coisas que ele faz e a reputação que tinha, mas não aguentou. Ela realmente gostou de Liam e ele dela. Nenhum deles mete as namoradas no meio dos nossos assuntos, como já disseram uma vez, "Elas são a parte da nossa vida normal e calma que achamos não ser possível ter até chegarmos aos 50 anos".

Niall e Alice também estão namorando, mas são um casal bem... Complicado. Um dia estão se amando e no outro, brigando. Os dois se parecem, mas tem a personalidade forte, então é normal isso acontecer. O importante é que continua durando e acho que vai continuar por muito tempo, porque no fim das contas, não conseguem ficar sem o outro nem que seja só para brigar. Niall diz que isso animou mais sua vida.

Eu até entendo, afinal eu e Harry também temos personalidades fortes, mas somos opostos. Completamos o que o outro não tem, mas isso não evita que brigas aconteçam. É mais irritação do que briga. Somos um casal de dois melhores amigos. Sabemos tudo um do outro, estamos sempre lá pelo outro, mas também adoramos irritar. Porque é o jeito de mostrar que nos amamos. Quando brigamos sério, normalmente é por causa de ciúmes.

Eu fico com ciúmes dele e o ignoro o dia inteiro, ou fico mais quieto que o normal. Tento meu máximo para não demonstrar, só que não funciona. Tem dias que ele me deixa realmente com raiva e sai para beber, mas depois chega falando enrolado e pedindo desculpas, quase chorando. Eu suspiro, desculpo e a noite termina em sexo de reconciliação, ou em apenas se aconchegar nos braços do outro. Quando é ele quem sente ciúmes, simplesmente diz que sou dele e me leva para cama para provar em casos extremos.