Entre mundos

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Depois de um tempo flutuando sem destino Trinna se sente puxada até a beira de uma lago,o lago mais límpido e transparente que ela já havia visto,e como ela não tinha nada para fazer resolveu ficar ali por um tempo apenas aproveitando a vista.

Enquanto isso na Torre de Justiça...

Ninguém ali acreditava,não podia ser verdade,Trinna não poderia estar morta,mas depois que todos os Renegados,a Liga,todos foram correndo para o quarto dela e o médico confirmou a morte. Agora estavam todos na sala de reunião,as lágrimas corriam no rosto de todos,até mesmo Lanterna Verde que não ia muito com a cara de Trinna tinha o rosto molhado pelas lágrimas silenciosas que deixou rolar.

Ninguém ali sabia ao certo como proceder a partir de agora,ainda não havia caído a ficha de que ela não passava de um corpo sem vida prestes a ser levado para o necrotério. O único que não estava ali na sala era Oliver,uma vez que se negava a sair de perto do corpo de Trinna.

Nesse meio tempo Trinna observava a vista,até que sentiu uma presença atrás de si,se virou e...

-MÃE? O que faz aqui? Disse ela enquanto abraçava a mãe e era correspondida.

-Meu amor,que saudade suas minha filha. Disse a mãe com voz calma e tranquila.

-Mas como? Eu estou morta?

-Não sei,você se sente morta meu amor?

-Não sei mãe,não entendo muito disso,mas não,não me sinto morta,ainda me sinto presa a meu corpo.

-Então você não esta morta,meu amor. Mas tem que voltar.

-Não sei se quero voltar mãe. Você não esta lá pra me receber.

-Sim não estou em corpo,mas estou em seu coração filha. Você tem feito coisas incríveis,esta realmente pronta para abrir mão de tudo aquilo apenas para fiar comigo?

-Mas eu sinto sua falta mãe.

-E eu sinto a sua amor,mas eles precisam de você lá,e você também precisa deles.

-Tenho que ir agora né? Pergunta Trinna vendo a mãe se afastar.

-Sim,te amo filha.

A mãe já estava desaparecendo quando Trina gritou:

-MÃE ESPERA. Logo ela chegou até a mãe que estava sorrindo - Desculpe por não ter te contado sobre a Trinity,sobre as saídas a noite,mas juro que foi só para te proteger.

A mãe sorriu e tocou a face da filha.

-Eu sempre soube o que você fazia. Acha mesmo que você iria modificar todo o porão e eu não iria notar? Além disso quem você acha que lavava seu uniforme? Nunca percebeu que ele sempre estava limpo?

-Mas como?

-Sou sua mãe meu amor,sempre notei toda e qualquer coisa diferente em você. Por várias vezes vi seu corpo coberto por ferimentos,muitas vezes eu voltava para casa a tarde buscar algum documento que esquecia e encontrava você dormindo na sala,pois tinha trabalho mais tarde. Quantas manhãs fui levar roupa para lavar e não encontrava a máquina de lavar pois você estava no porão ainda vestida com o uniforme dormindo sobre algum equipamento. E sabe porque nunca disse nada? Sabia que me contaria quando estivesse pronta. Agora vai,meu amor,seus amigos precisam de você.

Qunado ela disse isso eu senti um puxão leve e logo em seguida outro,só que muito forte,eu estava caíndo,e quando dei por mim,eu estava outra vez dentro de meu corpo.

Já não sentia aqueles milhares de aparelhos presos em mim,na realidade eu nunca havia me sentido tão bem,mas não conseguia abrir os olhos,eles estavam muito pesados e eu estava meio grogue.

Senti uma mão acariciar de leve meu rosto e pegar minha mão a apertando contar seu peito.

-Ah,meu amor,porque você não disse nada que estava ferida? Porque ficou sofrendo calada? Sei que é durona,mas e o que vai ser de mim agora? Não posso viver sem você Trinna. Tem noção do quanto me doeu ver você com outro? Mas ainda sim fiquei calado,pois mesmo com ele você estava perto,mas e agora? Não sei o que fazer.

Realmente eu queria me mover,queria mostrar a Oliver que eu estava viva,mas não conseguia,eu devia estar sobre o efeito dos sedativos ou de algum outro medicamento.

Uma voz foi ouvida.

-Desculpe,temos que levar o corpo.

-NÃO É UM CORPO,ela é uma pessoa. Gritou Oliver e pude perceber que sua voz estava embargada pelo choro.

-Desculpe,mas tenho que levar para preparar.

Era agora,se não me movesse eu iria realmente morrer,pois a autópsia seria realizada e isso não seria nada bom para mim.

Senti mãos geladas tocando minha pele,eram frias e impessoais. Eu não queria ser levada para o necrotério,isso seria meu fim,então assumi de salto o controle do meu corpo,e com um esforço hercúleo eu me sentei na cama.

A expressão de Oliver não pode ser descrita de tão espantado que ele ficou,já a moça do necrotério apenas desmaiou na minha frente.

A filha do Batman     Nova AliançaOnde histórias criam vida. Descubra agora